sábado, 5 de dezembro de 2009

Nelma Sarney não pode presidir o TRE/MA nas eleições de 2010

Eu acho muito interessante esta verdadeira obsessão que a desembargadora Nelma Sarney tem em querer continuar presidindo o Tribunal Regional eleitoral do Maranhão por mai um mandato.

Todos sabem que a desembargadora, atual presidente do TRE do Maranhão, tem relação direta de parentesco com políticos que vão disputar a reeleição em 2010 e com candidatos que vão enfrentar as urnas pela primeira vez no ano que vem.

A desembargadora Nelma é tia da governadora Roseana Sarney, que só esta ocupando o Palácio dos Leões pela decisão autocrática de quatro ministros do TSE que cassaram o voto de quase um milhão e quatrocentos mil eleitores maranhenses. Ela também é tia do deputado federal Zequinha Sarney, do PV, que busca sua sexta reeleição.

A desembargadora presidente do TRE/MA ainda é tia do empresário Fernando Sarney, provável candidato a deputado estadual e tem um genro, casado com uma de suas filhas com o conselheiro aposentado do TCM, Ronald Sarney, de nome Edilásio, filiado ao PV, que está anunciando sua candidatura a deputado estadual.

Soube inclusive que Edilásio estaria utilizando a prerrogativa de genro da presidente do TRE/MA para atrair apoios de prefeitos do interior do Maranhão, numa clara demonstração de tráfico de influência. Um dos apoios que Edilásio recebeu foi do prefeito de São Bento.

E o mais grave é que Nelma Sarney pretender continuar na presidência do Tribunal Eleitoral Regional do nosso estado exatamente quando o Maranhão assiste atônito uma série de cassações de prefeitos eleitos por partidos que fazem oposição ao grupo Sarney.

Coincidência ou não, o leitor do blog é completamente livre para decidir se são estranhas ou não as cassações dos prefeitos Eduardo Dominici (PDT), de São João Batista; do doutor Miltinho (PT), de Barreirinhas; de Irene Soares, de Presidente Dutra; e de Iran (PDT) de Central do Maranhão, entre outros.

No caso de barreirinhas assumiu o segundo colocado, Albérico Filho, sobrinho do ex-presidente José Sarney.

Não podemos esquecer que enquanto o prefeito Emiliano, de João Lisboa, era do PDT, ele foi cassado. Depois ele aderiu ao grupo da governadora Sarney e conseguiu retornar ao cargo. Coincidência ou não?

Temos que citar também os casos de São Mateus e de Santa Luzia.

As eleições de São Mateus foram marcadas por todos os tipos de irregularidades e nem assim o prefeito, ligadíssimo ao grupo Sarney, foi afastado.

Já em Santa Luzia o PDT só retomou o mandato de prefeito tomado pela juíza local e ratificado pelo TRE/MA, depois de uma decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral.

Desde que Roseana Sarney assumiu seu mandato biônico em abril de 2009, vários prefeitos eleitos com o apoio de Jackson Lago e José Reinaldo Tavares foram obrigados a mudar de lado e passar a compor a base aliada do grupo Sarney por diversos motivos:

1)Ameaça de corte de qualquer tipo de convênio ou verba para obras municipais;

2)Ameaça de corte dos programas sociais do governo federal;

3)Ameaça de contas rejeitadas no Tribunal de Contas do estado;

4)Ameaça de processo eleitoral de perda de mandato de prefeito;

A pretensão da desembargadora Nelma Sarney em continuar no Tribunal regional Eleitoral do Maranhão por mais um mandato deveria ser questionada pela Comissão Nacional de Justiça para podermos ter a certeza da realização de uma eleição isenta de favoritismos políticos e familiares em 2010.

A própria desembargadora deveria ter uma atitude altruísta e se declarar impedida de conduzir o processo eleitoral do ano que vem.

Um comentário:

  1. Marcos, esse Edilázio é uma espécie de corretor,sai atrás de prefeitos enrolados com a (in)ju$tiça eleitoral,após a captura o dr. Edilázio entrega o ¨meliante¨ aos cuidados da Mamusca que trata de resolver o caso.
    Pronto, simples assim.

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