Promessas de José Sarney e de Roseana Sarney nunca podem ser levadas a sério.
A história política recente do Maranhão comprova a afirmação.
Dois exemplos sobre a definição do candidato a vice-governador de chapa majoritária do grupo Sarney no Maranhão:
1) Em 1994 o então deputado federal Francisco Coelho estava em dúvida se apoiava Roseana ou Cafeteira para governador do Estado. Pressentido o perigo real de perder dezenas de milhares de votos na região de Balsas, Sarney não pensou duas vezes e ofereceu a vaga de candidato a a vice-governador para Coelho, que prontamente aceitou. Passado o perigo Sarney esqueceu a promessa feita e incentivou a candidatura de João Alberto de Sousa a vice de Roseana. Quando as divergências entre Coelho e Carcará pareciam insanáveis, Sarney tirou da manga da camisa o nome de José Reinaldo Tavares, que era, na verdade o nome de sua preferência. Chico Coelho confiou na palavra de Sarney e foi enganado. Acabou se reelegendo deputado federal. No intervalo entre o 1.° e o 2.° turno Coelho ensaiou um acordo com Cafeteira, mas duas horas depois de conversar pelo telefone com Cafifa, o senador Alexandre Costa chegou a Balsas e, em nome de Sarney, tratou de acalmar a ira e matar a sede de Coelho. Mas esta é uma outra história;
2) Em 2006 o grupo político dos irmãos Manoel Ribeiro e Pedro Fernandes ainda estava meio ressabiado com a rasteira imposta por Roseana em Manoel em 2003, na eleição para a presidência da Assembléia Legislativa. Sarney percebendo a situação acenou para Pedro Fernandes com a proposta de este ser candidato a vice-governador na chapa de Roseana. O acordo estava praticamente selado, quando Sarney resolveu que o candidato seria João Alberto, um nome de sua inteira confiança. Pedro confiou na palavra de Sarney e se deu mal.
Contei essa duas histórias reais para reafirmar que Washington Oliveira dificilmente será o candidato a vice na chapa de Roseana.
Depois que Sarney pai e a filha conseguiram o apoio oficial do PT/MA para sua candidatura, obtendo os valiosos minutos do horário gratuito na TV e no rádio; a privatização do palanque de Dilma no Maranhão e o monopólio do maior cabo eleitoral brasileiro, Lula, para sua campanha de reeleição, o que foi dito e prometido não vale mais!
Washington tem agora duas opções: ou sai para o Senado ou é candidato a deputado federal do chapão de Roseana com a promessa de uma eleição garantida pela estrutura do governo estadual.
Ele confiou na palavra de um Sarney e levou um solene chapéu. Se acreditar a segunda vez, pode ficar a ver navios, sem mandato, desacreditado e desmoralizado.
Da próxima vez eu só fecharia um acordo com a promessa colocada no papel timbrado do Senado Federal, com assinatura reconhecida em cartório, com um fio do bigode de Sarney usado como selo e com Lula e Dilma abonando o documento como testemunhas.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário