Falando sobre comunicação, nós temos que tirar o chapéu para a oligarquia Sarney. Se seus veículos concorressem ao Oscar de efeitos especiais, ganhariam todos os anos a estatueta dourada distribuída pela Academia de Cinema de Hollywood.
Com muita competência, criatividade e ousadia eles usam e abusam de todos seus veículos de comunicação (jornal impresso, rádio, TV e internet) para venderem a idéia de que o Maranhão é o paraíso na terra e que a Governadora Sarney é a mais preparada técnica de administração pública do planeta.
Esta facilidade de fabricar factóides não é qualidade exclusiva do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, do DEM.
Nos quase oito anos de governo de Roseana Sarney, de 1995 a 2002, o trabalho extremamente profissional de seus marqueteiros e comunicadores liderados por Antônio Carlos Lima passaram para a opinião pública maranhense e brasileira, a imagem de uma grande administradora pública.
Na mídia sarneysista, Roseana era sinônimo de agilidade e modernidade e aparentava realizar uma administração revolucionária, descentralizando o poder e democratizando-o.
Tudo não passou de um engodo muito bem engendrado por Pipoca e Antônio Lavareda. O governo de Roseana era uma espécie de uma grande caixa de papelão vazia e oca por dentro, sem qualquer tipo de conteúdo, mas ricamente adornada por fora com papel salofone prateado e amarrado com fitas brilhantes de várias cores.
Alguns exemplos extraídos de meus arquivos pessoais relembram a verdade sobre a administração de fachada do casal Roseana Sarney & Jorge Murad.
Foi um rosário de fracassos, mentiras e empulhações criadas no primeiro período democrático da Governadora Sarney, entre os anos de 1995 e 2002:
1) 1996 - O presidente FHC "inaugura" o pólo têxtil de rosário acompanhado da governadora sarney e do empresário chinês "171" Chhai Kwo Chheng.
* Cópia da matéria do jornal “O Imparcial” sobre a inauguração do Pólo Têxtil em Rosário em 13 de dezembro de 1996. O presidente Fernando Henrique Cardoso veio ao Maranhão inaugurar uma fábrica de confecção que nunca funcionou de fato;
2) Dezembro de 1996, a Secom dirigida por Antônio Carlos Lima, gastou muito dinheiro em propaganda enganosa.
* Foto do outdoor com propaganda enganosa do Pólo Têxtil de Rosário, veiculada em dezembro de 1996 em vários locais do Maranhão. Esta foto é de um outdoor localizado, na estrada de acesso ao Pólo Têxtil, nas proximidades de Rosário. Até hoje a população da região espera a chegada dos 4.500 empregos prometidos no natal de 1996 pela “mamãe Noel Roseana”;
3) Em 1995 e 1996 a governadora Sarney e seu marido, o supersecretário de Planejamento, Jorge Murad, mandaram pagar a estrondosa e absurda quantia de U$ 33 milhões, cerca de R$ 65 milhões, nos valores atuais, a duas empreiteiras pela construção (sic) da estrada fantasma, que deveria ligar a cidade de Paulo Ramos à cidade de Arame, numa extensão de 120 km.
* Foto de um trecho da estrada fantasma Paulo Ramos/Arame tirada em 2001;.
Uma das empresas construtotas beneficiadas foi a Planor, que tinha como sócios laranja os engenheiros Gianfranco Perasso e Flávio Lima (através de sua esposa Marianne Regina T. Lima), ambos colegas de Fernando José Macieira Sarney na turma de 1978 da Escola Politécnica da USP. O buraco retratado na foto abaixo é tão grande que um meninocom 14 anos na época da foto (2001)sai de dentro dele e mostra que só mulas e cavalos podem trafegar em certos trechos da estrada que nunca foi construída:
4) Em 1999 o Condel (Conselho Deliberativo) da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) reunido em São Luís e presidido pela então governadora Sarney, aprova o projeto melagomaníaco de criação da Udimar, uma indústria de auto-peças orçada em R$ 1,38 bilhão.
* Fotos da capa de uma edição da revista Veja, da Editôra Abril, que conta a história da Usimar e do terreno no Distrito Industrial de São Luís que sediava a “arapuca” Usimar, projeto que desviou R$ 44 milhões da Sudam, relativos à liberação da primeira parcela do projeto.
O projeto era de autoria do empresário paranaense Teodoro Hubner Filho, ligado a Jorge Murad. O projeto foi aprovado pela Sudam em reunião realizada em São Luís e presidida por Roseana Sarney em 1999. Seu canteiro de obras - atualmente um grande “fantasma” de concreto no Distrito Industrial - é um dos maiores símbolos da corrupção que campeou no Estado sob o domínio do clã Sarney.
Agora no governo biônico de Roseana o mesmo enredo está sendo contado novamente. Mudaram apenas alguns atores principais e coadjuvantes do elenco da oligarquia.
1) Jorge Murad, ator principal nos dois primeros mandatos de governadora Roseana, saiu de cena e hoje é o diretor da tragicomédia que assola o Maranhão, atuando como diretor geral atrás das cortinas, escondido nos bastidores do poder;
2) Seu amigo do peito, João Abreu, que era apenas líder empresarial e seu sócio e de Roseana na Lunnus, agora comanda o setor administrativo do governo na Casa Civil;
3) O cunhado Ricardo Murad, que no primeiro mandato de Roseana fazia de conta que era da oposição e transitava pelo PSDB, PDT e PSB, está agora no comando político real do governo, desde a Secretaria de Saúde;
4) João Alberto de Sousa foi deputado federal e senador nos dois primeiros mandatos de Roseana e agora é o vice-governador do Estado. Ele está na expectativa de ser governasdor por nove meses pela segunda vez em sua vida, caso Roseana se descmpatibilize do poder em março de 2010 para permitir o lançamento da candidatura de seu irmão Fernando José a deputado estadual;
5) Édison Lobão foi senador durante os dois primeiros mandatos de Roseana e agora é ministro de Minas e Energia do governo Lula. Está em exposição total na mídia nacional devido ao início da exploração das reservas brasileiras de petróleo no pré-sal; e na mídia estadual devido à polêmica em torno do início real das obras de construção da rfefinaria "Premiun" da Petriobras em Bacabeira;
6) Édison Lobão Filho era apenas um executivo do grupo de comunicação Difusora nos dois primeiro mandatos de Roseana e agora assumiu o mandato de senador, no lugar do pai ministro. Muito provavelmente continuará desempenhando um papel de menor expressão e, no máximo, será candidato novamente a primeiro suplente de senador na chapa do pai, porque aindá é muito verde na política e não possui vôo próprio;
7) Gastão Vieira foi secretário de Educação no primeiro mandato da governadora Sarney e deputado federal no segundo mandato. Agora é o secretário de Planejamento do Maranhão, substituindo Jorge Murad, que foi deliberadamente afastado do governo da esposa, atendendo à orientação dos novos marqueteiros do grupo Sarney. Gastão deve se candidatar a deputado federal novamente;
8) Epitácio Cafeteira foi o primweiro prefeito eleito de São Luís (1966 a 970), governador do Maranhão (1987 a 1990), três vezes deputado federal pelo velho MDB (1975 a 1986) e duas vezes senador, de 1991 a 1998 pela oposição ao grupo Sarney e agora desde 2007, pelo .B e pela segunda vez com o apoio de José Sarney. É um fiel escudeiro do presidente do Senado Federal teve um papel de destaque na defesa do mandato do outrora adversário político no Conselho de ètica do Senado..
pela segunda vez com o apoio de José Sarney, eleitoem 2006.
Um dos estratagemas utilizados por Roseana & Ricardo é dispensar a realização de licitações para a aquisição de variados serviços para o Estado (obras, compra de combustíveis, vigilçância do patrimônio público, etc), atraves da decretação de estado de emerg~encia.
Foi assim na secretaria de educação que dispensou licitação para gastar mais de R$ 22 milhões na contratação de serviços de vigilância nas escolas estaduais.
Está sendo assim na CAEMA, inclusive com a decretação de estado de emergência para resolver o colapso no fornecimento de água potável em São Luís Dessa forma Ricardo Murad poderá gastar à vontade a bagatela de R$ 255 milhões conveniados com o Ministério das Cidades na recuperação do projeto Italuís. Palavras como transparência, licitação ou concorrência, não existem no vocabulário utilizado pelo governador de fato do Maranhão, Ricardo Murad.
Nunca é demais relembrar que o Ministério Público do Maranhã está processando Murad e auxiliares devido às irregulatidades cometidas por ele na época em que foi Gerente Metropolitano de São Luís, nos primeiros 14 meses do governo de José Reinaldo Tavares.
Ricardo é acusado de cometer atos de improbidade administrativa e por formação de quadrilha para desviar recursos públicos.
E é assim que está sendo feito na Secretaria da Saúde até para comprar combustíveis para os veículos do Hospital Regional de Itapecuru.
Neste último caso o interessante é que o fornecedor de combustível tem o mesmo sobrenome do secretário de saúde e seu posto de combustíveis está localizado no bairro do São Francisco, nas proximidades da TV Mirante em São Luís e o Hospital Regional de Itapecuru fica bem longe, no interior do Estado.
Este blog assume o compromisso público com seus leitores e a opinião pública de pesquisar e investigar o governo biônico de Roseana. Aos poucos publicarei matérias sobre as ações de Roseana, Ricardo, Jorge, João Alberto, Edison Pai e Filho e demais atores e atrizes coadjuvantes da oligarquia.
Gostaria de contar com o apoio dos leitores do blog que tiverem informações. Como sempre fiz, manterei o anonimato da origem das informações sobre irregularidades cometidas neste governo biônico de Roseana.
Quem quiser entrar em contato com o blog é só enviar uma mensagem para o meu e-mail; marnogueira1@ig.com.br.
sábado, 10 de outubro de 2009
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Até quando nós maranhenses iremos ficar submissos a esta oligarquia desumana, cruel e perversa, principalmente os miseráveis e indefesos? Ótima matéria. Parabéns!
ResponderExcluirManuel L. Parreão Filho.- Imperatriz/Ma.
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A exemplo dos baianos, eu quero morar na propaganda da Roseana.
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