O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), organizado pelo ministério da Educação, sofreu um duro golpe ontem com o anúncio de que as principais universidades públicas e São Paulo, a USP e a UNICAMP, não mais levarão em conta o resultado do ENEM 2009 para selecionar seus estudantes para 2010.
Em média o peso do ENEM no processo de seleção dos novos estudantes da USP e da UNICAMP seria de 20%. Com a decisão das duas principais universidades brasileiras, o número de estudantes de ensino médio que participarão do ENEM 2009 deverá cair bastante.
O vazamento do conteúdo das provas do ENEM 2009, denunciado pelo jornal O Estado de São Paulo, há alguns dias, fez com que o ministro Fernando Haddad suspendesse o exame que estava marcado para acontecer no final de semana que passou.
A marcação da nova data do exame do ENEM 2009 para o primeiro final de semana de dezembro atrasará o processo seletivo de muitas universidades pelo país. A USP, UNICAMP, UNESP, a PUC/SP e a PUC de Belo Horizonte resolveram não alterar a data de seus vestibulares e não mais levarão em conta o resultado do ENEM 2009 para a seleção de seus novos estudantes para 2010.
Além do atraso no cronograma de seus vestibulares, as universidades públicas paulistas poderiam estar participando de uma espécie de boicote branco ao primeiro ENEM organizado nacionalmente pelo governo petista do presidente Lula.
O certo é que a escolha da empresa para confeccionar as provas do ENEN não foi bem sucedida, porque o “jeitinho brasileiro” se manifestou mais uma vez, quebrando o sigilo da prova.
Na Inglaterra e nos Estados Unidos essas provas de avaliação do conhecimento dos estudantes de 2.° grau existem há décadas e o sigilo delas nunca foi quebrado.
Com o adiamento da data de realização da prova do ENEM 2009, os estudantes das escolas públicas brasileiras foram os mais prejudicados, pois os estudantes das escolas privadas têm mais condições de arcar com novas despesas como cursinhos intensivos e aulas particulares de reforço.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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