O corregedor-geral do Senado Federal, Romeu Tuma (PTB/SP), quer acertar antigas desavenças com o Parido dos Trabalhadores ao ameaçar entrar com um processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar contra o senador Eduardo Suplicy (PT/SP).
O corregedor disse ter ficado chocado com as fotos de Suplicy com cueca vermelha andando pelo Congresso Nacional. Tuma, que foi diretor geral da Polícia Federal no governo do ex-presidente José Sarney, disse ainda que “..é chocante ver um senador andar de calcinha por um pedido de um programa de TV”.
O engraçado é que o mesmo Tuma não viu nada de mais na edição de centenas de atos secretos e no nepotismo explícito que foi cultivado por Sarney nos últimos anos no Senado.
Para o senador do PTB paulista que vai buscar sua reeleição em 2010 tudo que José Sarney fez nos últimos anos no Senado Federal é normal e corriqueiro:
1) Contratar um neto, filho de Fernando;
2) Contratar o namorado da neta, filha de Fernando;
3) Contratar o irmão Ivan;
4) Contratar uma cunhada, esposa de Ernane;
5) Contratar uma sobrinha da esposa Marli;
6) Contratar uma prima do genro Jorge;
7) Beneficiar outro neto, filho de Zequinha, facilitando negócios bancários com os funcionários do Senado;
8) Liberar passagens aéreas de ida e volta (São Luiz/Brasília/São Luís) e emprestar a casa oficial da presidência do Senado para um joguinho de pif-paf de amigos da mesa verde da senadora Roseana, sua filha;
9) Despachar policiais que trabalham no Senado Federal para vigiar bens da família Sarney no Maranhão;
10) Manter jornalistas contratados no Senado Federal que ao mesmo tempo, prestam serviços profissionais para as campanhas eleitorais de Roseana no Maranhão e do próprio Sarney no Amapá; e
11) Manter contratado como motorista noturno do Senado Federal, com salários de R$ 12 mil mensais, um funcionário conhecido pelo apelido de “Secreta”, mas que na realidade atua como mordomo na casa da Governadora em Brasília.
Todas essas imoralidades juntas ou separadas caracterizam-se como ação danosa aos interesses públicos e deveriam ser exemplarmente punidas.
Se Romeu Tuma insistir em cassar o mandato ou mesmo tentar advertir publicamente Suplicy, a opinião pública paulista que adora o senador petista, poderá dar o troco nas urnas em 2010.
Tuma não pode esquecer que a situação eleitoral dele e da do outro senador petista de São Paulo, Aluísio Mercadante, é bastante frágil e novos nomes que vão surgindo como Gabriel Chalita, do PSB e Paulo Renato, do PSDB, são fortes candidatos para ocupar as duas vagas em disputa por São Paulo.
Numa nessa Romeu, o eleitorado se vira contra você e acaba votando na esperança da renovação do quadro de parlamentares do Brasil.
Quem viver. Verá!!
sábado, 17 de outubro de 2009
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