Um dos melhores textos publicados até hoje que analisa corretamente a cassação do governador Jackson Lago, sem dúvida nenhuma, foi escrito pelo sociólogo Léo Costa e publicado no último domingo pelo Jornal Pequeno.
Ele parte do pressuposto que Jackson foi apeado do poder pela família Sarney pelos acertos de seu governo e não, como algumas pessoas até do campo popular afirmam de forma equivocada, pelos erros de sua administração.
O governo democrático e realizador de Jackson Lago estava desmitificando a mentira repetida à exaustão de que só Roseana Sarney tem “competência” e sabe governar.
Jackson desmascarou na prática a falácia de que Roseana tinha e tem um projeto de desenvolvimento para o Maranhão.
O projeto de Roseana e de seu grupo é o projeto de poder para utilizar todas as potencialidades do Estado unicamente para o enriquecimento da própria família Sarney.
O texto de Léo Costa é cristalino quando afirma que Jackson foi derrubado por Sarney por causa dos acertos de seu governo e não pelos erros como que o Sistema Mirante/Mentira propagou em todo o Estado.
Lógico que existiram erros e equívocos no governo de Jackson, mas eles foram absolutamente secundários diante dos avanços registrados nos dois anos, três meses e dezessete dias de seu mandato interrompido por um golpe judiciário.
Para citar apenas duas obras: o Socorrão de Presidente Dutra, que foi o primeiro dos cinco que Jackson iria construir, e a ponte que liga o Maranhão ao Tocantins, trazendo uma nova perspectiva de desenvolvimento econômico, social e de integração regional ao Sul do Maranhão.
Essas duas obras evidenciaram de forma precisa o compromisso de Jackson Lago com o futuro do Estado e com a promoção da melhoria de qualidade de vida de seus milhões de habitantes.
Em Presidente Dutra, Jackson construiu um moderno hospital público de urgência e emergência para salvar vidas e evitar que moradores da região central do Estado, doentes e ou acidentados, fossem levados de ambulância para São Luís, Teresina ou Belém.
Jackson não construiu apenas um prédio como Ricardo e Roseana estão fazendo agora, mas sim um hospital completo com equipamentos de última geração e pessoal altamente qualificado.
A ponte da Liberdade em Imperatriz, rebatizada como ponte Dom Afonso Gregori, atendeu a uma velha aspiração dos maranhenses do Sul. A oligarquia governa o Maranhão desde 1966, com uma interrupção de quase cinco anos, de maio de 2004 a abril de 2009, e nunca sequer ventilou a possibilidade de construir a ponte iniciada no governo de José Reinaldo Tavares e finalizada por Jackson Lago.
Mas mais do que as obras, uma prática da administração Jackson incomodou muito a oligarquia: a participação popular, mesmo incipiente, através dos movimentos sociais em seminários regionais que começavam a definir as prioridades a serem adotadas pelo governo popular e democrático da Frente de Libertação do Maranhão com participação do PDT, PSDB, PT, PSB, PTC, PPS e PC do B.
Além da questão principal da detenção do poder político e, sobretudo, financeiro, fundamentais para a perpetuação da oligarquia, Sarney e Roseana perceberam na democratização do governo e na participação popular, um perigo real e imediato.
Com o povo maranhense e suas entidades representativas, igrejas, sindicatos urbanos e rurais e associações decidindo e definindo prioridades de governo, a oligarquia nunca mais voltaria ao poder, figurando apenas nos livros da história contemporânea maranhense
A porteira da democracia seria arrombada pelo povo com o apoio do governador e nunca mais seria fechada.
Quando o governo democrático de Jackson Lago, eleito pela vontade de quase 1.400.000 maranhenses foi interrompido em 17 de abril de 2009, pela decisão autocrática de quatro juízes do Tribunal Superior Eleitoral, existia quase um bilhão de reais no caixa do Estado para serem investidos em saúde, educação, estradas, transportes, agricultura e outras prioridades.
Passado treze meses, esse superávit de caixa não existe mais e a governadora biônica já tomou mais um bilhão emprestado não se sabe para quê!
Na realidade, Roseana voltou foi ao baralho e cuida mesmo só de algumas poucas pessoas: dela mesmo, Jorge Francisco, Fernando José e José Filho, entre outros.
terça-feira, 18 de maio de 2010
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