sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hotel Luzeiros, Ricardo Murad e o caos na saúde pública do Maranhão

O Maranhão está assistindo a preparação e implantação da maior fraude eleitoral de sua história.

Comandada pessoalmente pelo ex-secretário estadual de Saúde e atual deputado estadual do PMDB, Ricardo Murad. O cunhado da biônica Roseana Sarney ocupa um andar do luxuoso Hotel Luzeiros, na Ponta do Farol, o mais novo cinco estrelas de São Luís, próximo à casa de veraneio do governo do Maranhão, como “escritório” de negócios escusos.

Murad usa da forma mais inescrupulosa possível recursos públicos do SUS como moeda circulante de troca e escambo para comprar literalmente a adesão de prefeitos, lideranças municipais e deputados à candidatura de Roseana, aquela que não assina Sarney.

A tática foi iniciada logo que Roseana ganhou seu brinquedo preferido de volta em abril de 2009. Primeiro ela seqüestrou todos os recursos oriundos de convênios feitos entre o governador Jackson Lago e prefeituras municipais.

Depois, numa segunda fase do maquiavélico plano, Roseana e Ricardo cortaram a verba de custeio da área de saúde de todos os municípios dirigidos por aliados de Jackson como Caxias, Imperatriz, Tuntun, Açailandia e Estreito, só para citar cinco exemplos.

Com a segunda medida, os prefeitos tiveram que reduzir a qualidade e a quantidade de serviços públicos de saúde oferecidos em suas cidades, que, em sua maioria, atuava como pólo regional de referência.

Essa medida causou, entre outros malefícios para a população, a não ativação de novos leitos de UTI para crianças em Imperatriz e o êxodo de pacientes da região Leste do Maranhão para o Piauí, que antes iam para Caxias.

Em Imperatriz crianças morreram à espera de vagas na UTI do Socorrão da cidade e o Piauí recusou o atendimento a pacientes maranhenses simplesmente por que o doutor (sic) Ricardo Murad dificultou ao máximo o repasse de verbas compensatórias para que o Estado vizinho pudesse atender os maranhenses sem acesso á saúde publica em nossa terra.

E Roseana e Ricardo ainda têm a cara de pau de afirmarem que esse governo está fazendo uma verdadeira revolução na saúde pública estadual.

Com o dinheiro “recuperado” por Roseana com o seqüestro dos fundos de convênios e dos cortes no custeio, o governo “economizou” cerca de R$ 350 milhões que foram aplicados em um projeto batizado como “Viva Saúde”.

Murad escolheu alguns empreiteiros a dedo e sem edital de concorrência e nem licitação resolveu construir 72 hospitais pelo interior afora, como se o problema da saúde pública do Maranhão fosse prédios e não equipamentos, pessoal qualificado e verbas de custeio.

Garantindo serviços (reformas e novas construções) e dinheiro para empreiteiras, todos ficam no aguardo do retorno dessas empresas através de doações legais de campanha e comissões pagas naturalmente sem recibo, como aconteceu, por exemplo, nas obras de construção de trechos da Ferrovia Norte-Sul, beneficiando a OCRIM (Organização Criminosa), segundo denominação utilizada pela Polícia Federal para definir a rede de empresas comandada por Fernando Sarney.

Quando prontos esses hospitais deverão ser entregues aos municípios que deverão se virar para equipar, contratar pessoal qualificado (médicos e enfermeiros) e arranjar recursos para seu funcionamento.

Os prefeitos que se lixem!

Para piorar ainda a situação da saúde pública na capital maranhense o governo estadual desativou de forma intempestiva, sem qualquer planejamento, o PAM Diamante, o PAM da Cidade Operária, diminuiu o atendimento prestado no Hospital do IPEM com o início das obras da reforma daquela unidade, praticamente desativou o Hospital da Vila Luizão e diminuiu o número de especialidades atendidas no Hospital Geral.

E mais uma vez, num vergonhoso repeteco das duas primeiras administrações da governadora Roseana Sarney (de janeiro de 1995 a abril de 2002) o caos se intalou na saúde pública maranhense, sobrecarregando a já precária rede emergencial pública de São Luís.

E o mais interessante é que a Secretaria Estadual de Saúde comprou dezenas e dezenas de ambulâncias que ainda não foram entregues aos municípios. Estão esperando a Copa do Mundo passar e as eleições se aproximarem para entregarem os veículos.

Mais uma vez, como bem disse o governador cassado Jackson Lago, veremos uma verdadeira carreata de ambulâncias pelas estradas maranhenses transportando doentes para São Luís, Presidente Dutra ou para o Piauí.

Ainda bem que deu tempo do doutor Jackson inaugurar o Socorrão de Presidente Dutra, que é uma opção emergencial segura na região central do Estado.

E o glorioso Ministério Público Estadual que deveria estar investigando os verdadeiros motivos do por quê a saúde pública vai muito mal no Maranhão, está mais preocupado em fechar o Socorrão 1, pelas conhecidas precariedades em seu funcionamento.

Cadê o MPE que não investiga a contratação de empresa privadas para administrar hospitais públicos estaduais e a terceirização dos serviços laboratoriais nos hospitais públicos em favor de laboratórios particulares, inclusive um de propriedade de um secretário adjunto de Murad que é eu amigo e padrinho de sua filha!

Isso sem falar na construção de 72 hospitais sem concorrência e licitação! Isso pode não é MPE?

E o mais engraçado, para não dizer trágico, de toda esta história é que a corrupção campeia na saúde do Maranhão.

Segundo denúncia do médico e vereador do PSDB da capital, Chico Viana, o Data SUS, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, registra a existência e paga regularmente 207 hospitais de emergência no Maranhão.

Existem no papel 13.837 leitos em hospitais do Maranhão: 6.726 em hospitais municipais, 837 em hospitais estaduais, 435 em hospitais federais e 5.123 leitos em hospitais privados conveniados com o SUS.

Enquanto o Data SUS registra e paga pela existência real e virtual de 207 hospitais de emergência no Estado, apenas os dois Socorrões de São Luís, os hospitais Materno Infantil e o Amaral de Matos, também na capital e o Socorrão de Presidente Dutra e o Hospital Municipal de Imperatriz, no interior do estado, realmente funcionam no sistema de emergência.

Tudo isso para garrotear o atendimento público de emergência e tentar responsabilizar o município do São Luís, dirigido pelo PSDB aliado de Jackson Lago, pelo verdadeiro caos que se instalou na saúde pública do Maranhão.

Enquanto isso no Luzeiros cinco estrelas, no maior conforto e mordomia, Ricardo Murad continua negociando a reeleição da cunhada ao custo do sacrifício de vidas humanas de maranhenses que não têm acesso aos serviços básicos de saúde pública.

Quem adere á reeleição de Roseana Sarney assina convênios com o Estado, recebe recursos do SUS para prevenção, promoção e recuperação da saúde; além do nebuloso Plano de Atenção Básica, repassado obrigatoriamente para todos os municípios e de recursos para abastecimento e controle de agravos em municípios de até 30 mil habitantes, incentivo fiscal aos municípios certificados para Vigilância Sanitária, incentivos fiscais para execução de ações de Vigilância Sanitária, programa Saúde da Família e programa Farmácia Básica.

Mas o castigo virá a cavalo em outubro!

Por mais verbas e repasses financeiros que sejam distribuídos e mais competente que Duda Mendonça seja com seus doze milhões de reais, ele não conseguirá transformar vinagre em vinho e nem água do mar em água potável!

Podem embrulhar Roseana com o papel mais colorido que existir e enrolá-la com a fita mais brilhante que houver, que ela sempre será apenas uma caixa lindamente ornamentada, porém vazia de conteúdo.

O povo vai dar o troco em outubro próximo elegendo Jackson Lago ou Flávio Dino o próximo governador do Maranhão.

E na posse do novo governo democrático do Maranhão em janeiro de 2011, três medidas de impacto devem ser imediatamente tomadas: uma rigorosa auditoria nas contas de Roseana Sarney de 17 de abril de 2009 a 31 de dezembro de 2010; a responsabilização criminal de Ricardo Murad por crime de lesa humanidade; e o corte de recursos públicos em prol do Sistema Mirante de Comunicação, para deter essa sangria desatada que só enriquece a família Sarney.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Onde está a direita?

Este texto foi escrito hoje de madrugada pelo historiador Marco Antonio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos em São Paulo. Ele tem um blog em que analisa as eleições para Presidente da República em 2010 (www.marcovilla.com.br).

"A última eleição presidencial que teve um candidato de direita foi em 1989 (Fernando Collor). Desde então (evidentemente estou me referindo aos principais, não a um Eneas da vida), só concorrentes de centro ou de centro-esquerda. Ou seja, não tivemos mais candidatos nem de direita, nem de esquerda (em 1989 a candidatura Lula, através da Frente Brasil Popular - basta ler o programa - era de esquerda). Mas neste post a conversa é sobre a direita.

Em 94 e 98 tivemos FHC e Lula (as duas eleições foram resolvidas no primeiro turno), em 2002 Lula, Serra, Ciro e Garotinho, nenhum podendo ser considerado de direita. Idem em 2006. O pesquisador vive de perguntas. Uma delas é: por que a direita, desde 1989, não consegue emplacar um candidato com viabilidade eleitoral?

Se perguntamos, também devemos especular respostas (faz parte da profissão):

1. O impeachment do Collor foi tão traumático, que, desde então, as lideranças mais à direita não conseguiram construir um capital político para poder chegar em condições de disputar a presidência; ou

2. As presidências FHC e Lula fecharam o espaço para a direita com a política de alianças que sustentaram seus governos; ou

3. A direita optou por pegar carona em chapas de centro-esquerda, escolhendo ser sócia menor do governo ao invés de amargar 4 (ou 8) anos na oposição; ou ainda

4. A direita não tem mais um discurso próprio. É identificada com o passado, especialmente com o regime militar."

domingo, 25 de abril de 2010

Entrevista com o autor de Honoráveis Bandidos

No final de semana em que o senador José Sarney completa 80 anos de vida (24/04/1930), o blog publica uma entrevista exclusiva com o jornalista paraense Palmério Dória, autor do best-seller "Honoráveis Bandidos", livro que frequenta as listas das publicações mais vendidas do Brasil das revistas Veja e Época e dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo há sete meses.

Palmério compara Sarney a Hitler,lamenta que ainda não foi feita uma enquete nacional para se descobrir o homem mais odiado do Brasil e relembra uma frase lapidar de Vitorino Freire: "Sarney é um homem podre de rico. Mais podre do que rico...".

Blog Marcos Nogueira (BMN): Sarney faz ontem 80 anos. Essa longevidade toda significa o quê para o Brasil, o Maranhão e a nossa história política?

Palmério Dória (PD): Em 1939, durante a crise que levou à Guerra na Polônia, Adolf Hitler disse a sir Nevile Henderson, embaixador britânico, que sua única ambição era aposentar-se nas colinas de Berchtesgaden e pintar. Toda vez que ouço José Sarney falar que pretende se retirar da vida pública para cuidar da literatura -- o que não deixa de ser uma ameaça -- , me vem à memória este fato relatado pelo repórter americano John Gunter. É um retrato primoroso de Hitler, descrito pelo repórter como vulgar, sonso, tacanho e mentiroso compulsivo, o que também faz lembrar o coronel Sarney. Para John Gunter, o "intelecto" de Hitler é o de um camaleão que sabe mudar de cor; a lógica, a da pantera faminta que busca comida. E se alguém acha que exagero buscando semelhanças entre um e outro, veja a disposição com que agora se lança para dobrar a vontade do PT maranhense com suas conexões nacionais. O que mantém Sarney vivo e atuante é essa disposição. Mesmo quando alcança seus intentos, não se dá por satisfeito. Insaciável, ninguém quer mais poder que Sarney. Ninguém quer assaltar mais que Sarney. E assim ele chega aos 80, passando todo mundo na cara. Podre de rico. Mais podre do que rico, como dizia o Vitorino Freire.

BMN: Depois do seguidos escândalos no Senado Federal e, principalmente, depois que seu livro se tornou campeão de vendas no Brasil, como está a imagem de José Sarney no país e na região Sudeste em particular?

PD: Espantoso que nenhum instituto tenho feito até agora uma pesquisa sobre quem é o homem mais odiado do Brasil. Não tenho a menor dúvida de que daria Sarney na cabeça. Talvez seja o indicador mais trágico do Estado. A ligação indissoluvel do Maranhão com essa famiglia.O responsável pelo sucesso de Honoráveis Bandidos é José Sarney, que vem mantendo a chama acesa nesses sete meses em que o livro está na lista dos mais vendidos, com pelo menos um escândalo por dia para a sua garantia. Desculpe, não tem como dissociar a imagem do Maranhão dessa Herodes de tailleur chamada Roseana Sarney.

BMN: Depois das descobertas recentes de remessas ilegais de milhões de dólares para a Suíça e para a China; das irregularidades detectadas na licitação de trechos de construção da ferrovia Norte Sul; e das demissões de Ulisses Assad da Valec e Astrogildo Quental da Eletrobrás, o que falta mais acontecer para Fernando Sarney ser
responsabilizado pelas diversas irregularidades que vem cometendo?

PD: Como diz o outro, o último a sair rouba a luz. Mas não tem problema não. No crime organizado sempre tem uma peça de reposição. Assim como tem um estoque regulador de escândalos, a famiglia deve ter seus trampolineiros de reserva. Problema vai ser quando pegarem o Fernando Sarney, o cérebro da gang, já que Sarney não tem mais idade para tarefas operacionais Perguntei prum amigo aí de São Luís se isso, a responsabilização do Fernando, poderia acontecer. Ele me respondeu com outra pergunta irônica: "Você conhece a família Trujillo?". Mas sonhar é livre.

BMN: Diante das peripécias de Sarney, Roseana, Fernando e Cia. ltda,quando você começa a escrever o Honoráveis Bandidos 2?

PD: De fato, não faltaria material. Fiquei boquiaberto, e ainda não boquifechei com as histórias que ouvi naquele jantar após o lançamento do livro no Sindicato dos Bancários, contadas por alguns dos melhores narradores que conheci. Lembra? De lá pra cá, as histórias se multiplicam. Mas não é o caso de chover no molhado.

BMN: Qual a sua avaliação, mesmo de longe, de mais uma eleição para governador do Maranhão entre Roseana Sarney, Jackson Lago e Flávio Dino?

PD: De longe, não passo de um torcedor. Torço para que a energia do Fora Sarney! seja posta agora num exemplar Fora Roseana!, um movimento que poderia contar com simpatia nacional. Afinal, o nome dela é Roseana, mas pode chamar de Sarney.

Deu no blog do Villa: Serra, Dilma e os vices

Se Dilma já fechou o seu parceiro de chapa (Michel Temer), Serra ainda não definiu (tem ainda tempo). Que o PMDB ocuparia a vice, isto já estava definido faz um bom tempo. Que Temer não era o candidato dos sonhos de Lula, todo mundo sabia. Preferia Henrique Meirelles ou qualquer outro, menos Temer. Deve ter lá suas razões.

Temer tem pouca expressão política em SP. Em 2006 o PMDB elegeu somente 4 deputados federais em SP. Temer foi o último colocado. Mas foi o candidato oferecido pela cúpula do PMDB. Era Temer ou nada. E nada significa perder minutos preciosos na TV.

Todo mundo sabe que o PMDB vai rachar na eleição. Os caciques regionais não estão nem aí com a aliança nacional. Estarão com ela se estiver liderando as pesquisas. Caso contrário, abandonarão o barco sem nenhum constrangimento.

Já Serra deve estar em um dilema. Chapa puro-sangue parece estar descartada. O balão de ensaio lançado pelo PPS de colocar Itamar Franco como vice ninguém levou à sério.

Nos últimos dias tem se falado em Francisco Dornelles que, supostamente, agradaria o eleitorado mineiro. Claro que é uma bobagem. Dornelles sempre fez política no Rio.

Uma aliança cedendo a vice para o PP pode pegar muito mal junto ao eleitorado mais politizado. PP, em SP, é Maluf. Logo vão espalhar cartazes e vídeos com Serra ao lado de Maluf. O argumento é o tempo na TV (que se aplica também para um acordo com o PTB, que tem como presidente nacional Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão). Pode ser que o eleitorado serrista engula (sempre por causa do tempo na TV) uma aliança com o PP e PTB, contudo ceder a vice, aí já é demais.

Serra poderia inovar. Indicar alguém que não fosse "figurinha carimbada." Alguma pessoa de reconhecido talento, conhecido e respeitado pelos seus pares. Vice não tem função.

No Brasil temos esta coisa ridícula do vice substituir o presidente nas viagens internacionais. Com um mundo tão interligado como o nosso, isto é anacronismo puro. Mas um vice "de novo tipo" poderia sinalizar que um governo Serra seria de mudança, afastado da velha política, que cheira mofo. Mas, como a lei brasileira exige filiação a partido político, o vice teria de ter este vínculo.

Obs. o endereço do blog do Villa é www.marcovilla.com.br

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O twitter de Roseana

"Estou chateada com esse pessoal ingrato do PT. Zé Dirceu e o Genoíno me prometeram apoio, mas essa turma daqui não me engole mesmo!"

"Amanhã papi faz oitentinha. Ele disse que vou ficar nos Leões mais quatro anos, custe o que custar. Papi tem palavra."

"Estou doidinha para dar um pulinho em Las Vegas, mas o Duda não quer. Ganhar desta turma daqui não tem mais graça, é tudo pato."

"Parabéns pro papinho nesta data querida. Muitos anos de vida. Papi prometeu: vou voltar em 18 e eleger Rafinha em 30."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Twitter de Roseana Sarney

" Vou pedir pro Duda inventar umas fofocas para o jogar o Jackson contra o Flávio. Os dois vão cair como dois patinhos..."


"Papi vai viver mais de cem anos e eu ainda vou ver a minha Rafinha sentada no trono dos Leões"


"Esse pessoal do PT daqui me dá uma canseira! O que nunca se elegeu quer ser meu vice, mas tem vergonha de dizer que me apóia."

Jackson e Flávio têm que firmar um pacto

Se houver segundo turno nas eleições para governador do Maranhão neste ano e um dos candidatos for Roseana Sarney, muito provavelmente assistiremos novamente a vitória da oposição no Maranhão.

Mas para que isso aconteça de fato, tem que haver um pacto de apoio recíproco entre Jackson Lago e Flávio Dino para o segundo turno.

Tanto um como o outro analisam a conjuntura política maranhense de maneira diversa.

É muito justo e legítimo que Jackson Lago, o PDT e o PSDB aspirem o retorno do governador eleito democraticamente em 2006 e cassado através de um golpe judiciário engendrado pelo senador José Sarney.

Como é justo e legítimo também que o deputado Flávio Dino, o PC do B, a parte majoritária do PT/MA e o PSB avaliem que se faz urgente uma renovação na política maranhense através de uma proposta popular e democrática.

Mas o que não pode acontecer de maneira alguma é a destruição das pontes de dialogo entre os dois candidatos de oposição.

O deputado estadual Marcelo Tavares tem toda a razão quando afirmou que ”sem Jackson Lago não será possível derrotar o PMDB de Roseana Sarney”. Da mesma forma de que sem a participação de Flávio Dino na campanha do 2.° turno, caso ele não chegue lá, será impossível a vitória de Lago.

O ex-governador José Reinaldo Tavares foi um verdadeiro estrategista na eleição de 2006. Contra tudo e contra todos, bancou uma segunda (Edson Vidigal) e uma terceira (Aderson Lago) candidaturas de oposição. Só assim foi possível a realização de um segundo turno plebiscitário e Jackson conseguiu derrotar Roseana no voto.

Agora em 2010 a situação é mais ou menos parecida com o agravante de que Roseana está no poder com a faca e o queijo nas mãos.

O entendimento e os canais de diálogo entre o PDT e o PSDB com o PC do B, o PT e o PSB devem ficar abertos, custe o que custar! Cair na cizânia do grupo Sarney é retroceder na história recente do Maranhão.

Jackson e Flávio são maduros o suficiente para entender em claro e bom português que um depende do outro para ser governador do Estado.

A questão nacional envolvendo Serra e Dilma é secundária para o povo maranhense. Nós representamos menos de 4% do eleitorado brasileiro.

O povo maranhense não agüenta mais a dominação sarneysista. Os políticos com as cabeças mais arejadas dos dois grupos de oposição vão ter que atuar como bombeiros e conciliadores ao mesmo tempo.

Inicialmente para apagar os incêndios promovidos pelos radicais dos dois lados e depois para manter os canais de diálogo entre Jackson e Flávio escancarados para um entendimento indispensável para que qualquer um dos dois possa derrotar Roseana Sarney num hipotético segundo turno.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Twitter de Roseana

O amigo John Cutrin que me perdoe, mas vou pegar uma carona nesta sua série de matérias onde ele reproduz em seu blog, os textos escritos por Roseana Sarney no Twitter.


Lá vai o primeiro texto:

"Será que o povo vai acreditar em todas peças armadas pelo Duda? Que São José de Ribamar continue dando força pro papi. Sem ele, tô perdida!"

"Escolhi o tio de meu genro mesmo. E daí? Ricardo é muito folgado, precisa dar a vez para outros. Quem gosta dele mesmo é o Augusto Nunes!"

"Minha história com o PT é antiga. Governei 7 anos e 3 meses, agora é mais 1 ano e 9 meses. Com mais 4 anos que vou governar, a soma dá 13."

Aí tem mutreta!

Estava assistindo a TV Mirante hoje depois do almoço, quando fui surpreendido por um VT de um sindicato de trabalhadores do serviço público maranhense.

O VT foi uma espécie de “foguete” de 15 segundos convocando a categoria para uma passeata a ser realizada amanhã. O trajeto é no centro da cidade e terminará em frente ao Palácio dos Leões.

Achei o fato de o anúncio ter sido veiculado na TV Mirante, de propriedade dos três irmãos Sarney, muito estranho, bem diferente da prática dos dois primeiros governos de Roseana Sarney, de 1995 a 2002.

Depois lembrei que o marqueteiro de Roseana é o genial Duda Mendonça e que mais da metade dos sindicalistas da CUT filiados ao PT/MA defende a coligação do partido de Lula com o PMDB de Roseana Sarney.

Aí matei a charada. Policiais civis, funcionários públicos estaduais e professores estão ensaiando detonar uma greve por melhorias salariais, adaptação do estatuto do magistério e outras reivindicações.

Uma das principais críticas de Ricardo Murad durante o governo Jackson, foi a lei do cão e a falta de habilidade de assessores de Jackson no trato das mobilizações de policiais, funcionários públicos e, principalmente, professores.

E que Roseana fez? Entregou a Secretaria de Educação para um petista, o professor Anselmo Raposo, apostando alto na sua capacidade de negociação; e têm mantido conversações quase diárias com os petistas que apóiam sua candidatura, inclusive muitos sindicalistas.

Se Roseana conseguir dialogar com as categorias mobilizadas e aceitar parte de suas reivindicações, em um jogo armado antecipadamente com os “companheiros” petistas, sua imagem em plena campanha eleitoral após a copa seria altamente positiva e Duda Mendonça exploraria a diferença de Jackson e Roseana no trato com funcionários.

A família Sarney aposta alto que a memória popular é vaga e o fato de Jackson em toda sua trajetória de homem público sempre ter se posicionado a favor dos trabalhadores, quem apareceria bem na foto de 2010 seria Roseana, que sempre foi uma conservadora do PFL e depois Democrata e nunca se importou de fato com o direito e luta dos trabalhadores.

Passeata e greve sendo convocada pela TV Mirante em pleno governo biônico de Roseana Sarney é para boi dormir, não é?

terça-feira, 20 de abril de 2010

PT pressiona e Globo tira do ar propagande de seu 45.° aniversário

Pressionada pel direção nacional do Partidos dos Trabalhadores a Rede Globo de Televisão resolveu tirar do ar uma propaganda institucional em que comemora seus 45 anos de vida.

Com a participação de dezenas de artistas, apresentadores e jornalistas da Globo, o vídeo foi produzido em novembro de 2009. A emissora carioca já tinha realizado e veiculado vídeos comemorativos de seus aniversários de 25 (em 1990), 30 (em 1995), 35 (em 2000) e 40 anos de atividade (em 2005).

Mas como estamos em ano eleitoral e o candidato da oposição tem o mesmo número 45 (PSDB de José Serra)do aniversário da Globo, o PT pressionou a Venus Platinada para tirar o vídeo do ar e, estranhamente e sem estribuchar, a Globo cedeu à chantagem da patrulha ideológica petista e consumou mais um atentado à liberdade de imprensa no Brasil.

A Rede Globo divulgou uma nota à imprensa que o blg reproduz a seguir:

"O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado - comprovadamente - em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação da campanha."

Veja agora o vídeo de 30 segundos comemorativo de seu aniversário de 45 anos, produzido pela TV Globo em novembro passado, que chegou a ser veiculado por alguns dias:


Deu na Veja on line

O blog transcreve a seguir matéria publicada no blog do jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja On line, postada hoje de manhã.


O SENSUS TRANSFERIU UBERLÂNDIA PARA SÃO PAULO
terça-feira, 20 de abril de 2010 | 5:53

Entendo que as coisas estão se complicando bastante para o Sensus. Seu questionário, como já mostrei aqui, parece talhado para induzir o eleitor a votar na “candidata de Lula”.

Aí ficamos sabendo que o contratante inicialmente apontado pelo instituto não era aquele, mas outro — o que só foi admitido depois de reportagem. Vocês se lembram disso tudo. Mas as impropriedades não param por aí, não.

O acesso aos dados técnicos da pesquisa revelou um erro na codificação de cidades, por exemplo. A mineira UBERLÂNDIA foi parar no… ESTADO DE SÃO PAULO!!! Segundo os dados fornecidos pelo próprio Sensus, fizeram-se, então, 15 entrevistas na capital paulista e 120 na cidade mineira!!! Simples erro de codificação??? Se for, indago: não está na hora de o Sensus começar a acertar a fonte pagadora, o código da cidade, o questionário?…

Há mais desvios técnicos. Na amostra entregue ao TSE, o Sensus prometeu entrevistar 6% de pessoas que ganham até um mínimo: entrevistou 17,7%; na faixa de 5 a 10 mínimos, informou ao tribunal que seriam 23,1%; entrevistou só 15,3%; de 10 a 20, disse que seriam 8,9%, mas entrevistou 5,2%; acima de 20, seriam 2,6%, mas ficou em 1,2%.

Contrariando um procedimento padrão, as respostas dos entrevistados não estavam no próprio questionário, mas numa outra folha, em código. Até aí, vá lá… Ocorre que boa parte dos questionários não trazia a tal folha anexada.

O PSDB não pode saber o nome de quem responde a pesquisa porque esse é um sigilo garantido por lei, mas a informação do local em que ela foi realizada não é sigilosa. O Sensus se negou a fornecê-la. Também foi preciso negociar muito para saber o horário das entrevistas. Constatou-se que, contrariando o procedimento técnico mais comezinho, muitos questionários não traziam esse dado.

Ricardo Guedes, um dos sócios do Sensus, não informou os nomes dos entrevistadores — segundo disse, só com nova determinação judicial. Como se nota, a fonte pagadora do levantamento e aquele questionário já tendente a induzir o entrevistado parecem ser os menores problemas da pesquisa Sensus.

Cuidado

Sou contra qualquer restrição à divulgação de pesquisas. Mas sou absolutamente favorável à transparência. Se todos os institutos passarem a ser mais rigorosos, o eleitor só tem a ganhar!

domingo, 18 de abril de 2010

Neymar brilha na Vila Belmiro e Adriano falha no Maracanã

Dois clássicos do futebol brasileiro e duas realidades bem distintas.

No Rio o Botafogo é campeão e o centroavante Adriano perdeu bisonhamente um pênalti no Maracanã.

Mas como Dunga e Ricardo Teixeira não podem desprezar o Flamengo, o “Imperador”, sem nenhuma majestade, continua tendo uma vaga cativa na seleção.

Já em Santos, os meninos da Vila Belmiro atropelaram a crítica de que o peixe não jogava bem contra times grandes e detonaram o São Paulo por 3 a 0, com dois gols do jovem Neymar e um de Ganso, justamente dos jogadores que merecem vaga na seleção.

Mas o Dunga disse que o grupo que vai à África do Sul já está fechado e a convocação do dia 11 de maio não terá surpresas.

Disse ainda que todo mundo teve sua chance. Fica a pergunta que nenhum repórter fez até agora: quando Neymar e Ganso foram testados por Dunga? Nunca!

Até agora o Santos fez quase 70 gols em 21 jogos pelo Paulistão 2010. Neymar marcou 12 gols e Ganso 11. Na Copa do Brasil em quatro jogos o Santos fez 23 gols e tomou apenas dois. Neymar é o artilheiro isolado da copa com nove gols em quatro jogos.

Neymar precisa marcar mais gols contra o Guarani na próxima quarta-feira; depois contra o Santo André ou Barueri nos dois jogos finais do Paulistão 2010; e torcer para o Atlético MG passar pelo Sport para fazer mais um quatro ou cinco gols nas quartas de final na Copa do Brasil.

Quem sabe se o Neymar fizer mais uns dez gols nos próximos quatro jogos do peixe, ele teria uma remota chance de ser convocado por Dunga.

Afinal de contas Adriano não está jogando nada, não é?

E o Ganso? Com o Kaká encostado no Real Madrid sem jogar há mais de 40 dias, não seria caso de se levar mais um meia de armação e atacante ao mesmo tempo, para suprir a seleção caso Kaká não se recupere a tempo?

Dunga não pode deixar sua teimosia se caracterizar como burrice! São apenas sete jogos em 25 dias. Torneio rápido e sem direito a mudanças na lista dos 23, salvo se ocorrerem contusões graves.

Será que teremos de engolir Gilberto Silva, Felipe Melo, Josué, Kleberson, Júlio Batista, Elano, Ramiro e Adriano.

Dunga não pode esquecer que Neymar está jogando tanto no Santos que hoje em dia o Robinho é considerado um mero coadjuvante do camisa sete do peixe.

Acorda Dunga.

E o Pelé! Que papelão ele dizer que o Neymar ainda não está maduro para a seleção. Pelé não tem jeito mesmo. Só ele pode jogar novo na seleção. Deixa o menino desabrochar na canarinho Pelé!

sábado, 17 de abril de 2010

Saudades de Sampa

Depois que eu comecei a fazer sessões de hemodiálise três vezes por semana em julho de 2008, passei a dormir de maneira irregular.

Às vezes fico a madrugada toda acordada e o sono só aparece pelas cinco ou seis da manhã. Em outras noites durmo cedo e só vou acordar as sete ou oito da manhã seguinte.

É raro o dia que durmo à tarde. Hoje foi um desses dias. Acordei no final da tarde. E sonhei a tarde toda com a cidade de São Paulo, minha terra natal.

Parecia um filme. Sonhei com o Externato Meira onde estudei o curso primário. Ele ficava na Rua Padre João Manoel, uma rua paralela à Rua Augusta, nos Jardins.

Sonhei com as tardes de domingo, quando acompanhava meu pai ao Jóquei Clube de São Paulo Ele e um irmão de minha mãe tinham um stud chamado Satélite e tiveram três cavalos de corrida. Lunik, Explorer e Redstone. Todos tinham nomes de foguetes e os dois primeiros perderam todas as corridas que disputaram. Já Redstone era um cavalo alazão e rápido em distâncias de até 1.300 metros. Ele ganhou seis corridas e depois foi vendido.

Depois aos onze anos fui estudar no colégio São Luís, na Avenida Paulista. Era o colégio Marista de São Paulo. Aos doze mudei para o bairro do Campo Belo, próximo ao Aeroporto de Congonhas. Fui estudar no ginásio no Colégio Friburgo, no mesmo bairro onde morava.

Nesta época comecei a descobrir o mundo. Ia todos os finais de semana ao Parque Ibirapuera jogar futebol e cabulava muita aula para ir ao Morumbi assistir aos treinos do São Paulo.

Já adolescente fui trabalhar de office-boy na imobiliária de meu irmão Roberto. Conheci o centro de São Paulo, os bairros de Pinheiros, Lapa, Mooca e o Largo 13 de Maio, no coração de Santo Amaro.

No final do colegial sofri um baque: meu pai faleceu e no ano seguinte entrei no curso de Economia na PUC de São Paulo, no bairro das Perdizes.

Na universidade me identifiquei logo com a luta democrática contra a ditadura militar. Era a transição do general Médici para o general Geisel.

Daí para o movimento estudantil e a militância no PC do B foi um pulo. Lembro como se fosse hoje das assembléias no salão Beta, na PUC, que ficava no subsolo do teatro TUCA.

Depois das reuniões noturnas nos diretórios acadêmicos (1975 e 1976) e do DCE Livre (em 1977) íamos para a noite paulistana para jantar.

Como o dinheiro era pouco, um grupo grande rachava um arroz com feijão gordo no restaurante Um, Dois, Feijão com Arroz, na Avenida São João, embaixo do viaduto do Minhocão. Às vezes comíamos um filé no bar das Putas, perto da Avenida da Consolação ou até mesmo um bauru no Ponto Chic. Lembro que a maior extravagância que fizemos foi rachar um filé, no Filé do Morais, perto da Rua Barão de Limeira.

No início de 1976 e depois nas férias de janeiro e fevereiro de 1977 pela manhã eu e um colega da PUC, o hoje historiador Marcon Antonio Villa , da Universidade Federal de São Carlos/SP, coneguimos um trabalho provisório de entregador de avisos de IPTU, da Prefeitura de São Paulo, contratados pela Prodan, companhia de processamento de dados do município.

Pra dois estudantes lisos e duros, qualquer dinheiro honesto era muito bem vindo.

Em 1976 foi um verdadeiro suplício, pois entregamos avisos na periferia de Santo Amaro. Nunca tínhamos corrido tanto de cachorro como naquele distante 1976. Já em 1977 foi uma festa, pois entregamos o IPTU nos prédios próximos a famosa "boca de luxo" de São Paulo, nas imediações do início da Avenida da Consolação e Praça Rooselvet.

Nos primeiros dias entregávamos os avisos de IPTU para os zeladores e porteiros dos prédios. Depois que descobrimos que a maioria das moradoras destes prédios ficavam quase o dia todo em casa porque trabalhavam toda a madrugada nas boates do centro de Sampa, passamos a subir até o último andar da cada edifício e batíamos de porta em porta, andar por andar, para entregar o IPTU em mãos.

Imaginem a farra que fazíamos!

Quando estava no final do 1.° ano da faculdade, consegui um estágio de seis meses no Badesp, Banco de Desenvolvimento de São Paulo, que funcionava em um prédio na Avenida Paulista. Entrava ás 13h00 e saia às 18h00. Depois pegava o ônibus Perdizes na Paulista e ia para PUC, pois as aulas começavam às 19h00 em ponto.

O estágio acabou numa sexta-feira e na segunda eu fui para o BADESP. Quando lembrei que o estágio tinha terminado já estava dentro do ônibus, subindo a Avenida Brigadeiro Luis Antônio. Não parei no ponto do banco e continuei até a Praça Roosevelt. Lá entrei no Cine Bijou e assisti dois filmes de arte: um de Antonioni e outro de Luis Bunuel.

Deste dia de 1975 até dezembro de 1979, quando saí de São Paulo, eu não deixava de ir pelo menos uma vez por semana ao Cine Bijou, que, infelizmente já não existe mais.

Eu gosto muito do Maranhão e de São Luís, onde provavelmente viverei até o último dia de minha vida.

Mas eu acordei hoje à tarde, depois de um sono de duas horas e meia com muitas saudades de Sampa. Foi um verdadeiro turbilhão de recordações da cidade em que cresci e virei homem

Para reviver um pouco da história da minha cidade e o meu estranho saudosismo, o blog exibe a seguir o baiano Caetano Veloso cantando “Sampa”. O vídeo foi gravado em 10 de outubro de 2008, no quadro Arquivo, do programa Radiola, da TV Cultura de São Paulo.


Camaradagem entre o PMDB e o PT

Eu estou muito preocupado com seguidas manifestações direitistas, muitas vezes fascistas, de setores que apóiam a candidatura de José Serra a presidente da República.

Comparar a trajetória de Serra e Dilma é louvável e mostra quem tem e, sobretudo, quem não tem competência para administrar o país.

Mas tentar desqualificar a petista apresentando-a como guerrilheira, assassina e bandida é uma demonstração evidente de um sentimento antipetista primário, que não difere em nada de conhecidos direitistas, conservadores e até mesmo fascistas brasileiros.

Sou contra este tipo de apelação e acho que Serra tem uma história de vida impar.

Do presidente da UNE, simpatizante da igreja católica progressista brasileira e militante da antiga Ação Popular dos anos 60; do professor universitário e integrante do PMDB de Ulisses Guimarães, Franco Montoro e Mário Covas, dos anos 70 e 80; do senador mais votado de São Paulo e ministro da Saúde mais capacitado, nacionalista, que enfrentou os grandes laboratórios estrangeiros criando os medicamentos genéricos e quebrando patentes de remédios contra a AIDS e independente que o Brasil já teve dos anos 90; ao prefeito de São Paulo e depois governador de estado.

Acho que a campanha tem que ir nesta direção, realizando uma comparação sadia e democrática entre Serra e Dilma.

Para aqueles que ainda torcem o nariz para a presença dos Democratas no palanque do tucano eu faço uma pergunta direta:

Qual a diferença entre os Demos e o PMDB que apóia Dilma. Muitos deles são areia do mesmo saco. Ex-integrantes do PFL, do PDS e da ARENA povoam hoje os quadros do PMDB e dos Demos.

Quem é pior: Sarney ou ACM Neto? Lobão ou Agripino Maia? Renan ou Kassab? Jáder ou o Arruda de Brasília?

Posso até afirmar com tranqüilidade que atualmente os aliados de Lula no governo, capitaneados pelo PMDB fazem muito mais mal ao país que os Democratas.

Mesmo a aliança entre o PT e o PMDB anda mal das pernas. É uma toma lá da cá interminável. Um verdadeiro jogo onde a chantagem política não é nem disfarçada. O PMDB tem um apetite de poder insaciável e o PT segue o mesmíssimo caminho.

Só para ter uma idéia de como esta relação é viciada, o blog exibe a seguir uma fala do deputado federal Reinhold Stephanes Junior, filho do Ministro da Agricultura de Lula, no Congresso Nacional no último dia 01.° de março deste ano.


Roseana Sarney faz escola

Muita gente achava que a convivência iniciada há alguns anos entre o presidente Lula e o grupo Sarney poderia influenciar positivamente na mudança das práticas políticas utilizadas por Roseana e Cia. no Maranhão.

Ledo engano!

Aconteceu exatamente o inverso. O PT e Lula estão utilizando as mesmas armas e táticas eleitorais de baixo nível que o grupo Sarney sempre utilizou no Maranhão para continuar detendo o poder político no Estado.

Vocês lembram a campanha eleitoral de 2006? No início daquele ano os meios de comunicação da família imperial maranhense veicularam com o máximo estardalhaço possível pesquisas de intenção de votos aonde Roseana chegou a ter inacreditáveis 72% de intenção de voto.

Ela praticamente estava sendo nomeada governadora sem a necessidade de eleições com participação popular. Quando saiu o resultado das urnas no final da 1.° turno a realidade era bem outra: Roseana 47%, Jackson 34%, Vidigal 14% e Aderson 3%, forçando o indesejável 2.° turno plebiscitário para a oligarquia Sarney.

Passados quatro anos a história se repete em âmbito nacional. Pesquisa publicada pelo Instituto Sensus no começo desta semana apontou empate técnico entre José Serra e Dilma Roussef. Ele com 32,7% das intenções de voto e ela com 32,4%.

Os dois se descompatibilizaram dos cargos que ocupavam no início deste mês e o tucano sempre esteve em 1.° lugar em todas as pesquisas feitas por diversos institutos de opinião.

E que aconteceu no país desde as últimas pesquisas que justificasse esse avanço espetacular de Dilma?

Nada, absolutamente nada. Dilma esteve em Minas Gerais para tentar pegar uma carona nas comemorações do centenário do nascimento de Tancredo Neves e se deu mal, muito mal!

Fora isso, José Serra inaugurou o maior trecho da principal obra dos tucanos dos últimos anos em São Paulo, o Rodoanel, tirando milhares de caminhões das avenidas da capital paulista; e o ex-governador mineiro, Aécio Neves, compareceu ao lançamento oficial da candidatura de Serra a presidente em Brasília e prometeu se empenhar na eleição presidencial.

Como se vê nada aconteceu que justificasse um aumento real de Dilma nas pesquisas de opinião e nem um aumento na vantagem de Serra sobre a petista.

E a credibilidade da pesquisa Sensus fica mais abalada ainda quando sabemos que a entidade que supostamente teria contratado o Instituto, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada de São Paulo, não registrou a pesquisa em tempo hábil e seu nome apareceu como contratante da pesquisa só depois que ela já tinha sido divulgada.

E hoje foi divulgada nova pesquisa do Instituto Datafolha. Nela Serra continua em 1.° lugar com 38%, seguido de Dilma com 28%, Marina Silva com 10% e Ciro Gomes com 9%. Votos brancos, nulos e não sabe somam 7% e 8% ainda estariam indecisos conforme os números do Datafolha.

A pesquisa Datafolha pode até não estar correta, mas aparenta ter maior credibilidade que a pesquisa da Sensus, ao auferir a vontade popular em um momento que a campanha eleitoral ainda está morna.

Sem grandes novidades na conjuntura política brasileira não existe justificativa para alterações substanciais nos números da cada candidato a presidente da República.

E no Maranhão?

Falando em pesquisas, até agora o Sistema Mirante/Mentira está calado e não divulgou uma pesquisa sequer de opinião sobre os números da eleição para governador do Maranhão.

Esconder os números atuais seria uma tática de Duda Mendonça? Ou será que logo depois do término da série de VT’s institucionais da biônica em sua versão 2010: a “Roseana paz e amor”, será publicada pesquisa onde ela ressurgirá das cinzas, renascida tal qual fênix, com uma substancial vantagem sobre Jackson Lago e Flávio Dino.

É bom todos ficarem de olhos bem abertos.

Jackson é mais candidato do que nunca

Um ato público realizado ontem de manhã, na sede da Assembléia Legislativa do Maranhão, em São Luís, marcou o 1.° aniversário do golpe judiciário coordenado pelo senador José Sarney que cassou o mandato legitimamente conferido por quase 1,4 muilhão de eleitores ao médico Jackson Lago, do PDT.

Em 17 de abril de 2009, a segunda colocada nas eleições de 2006, a senadora Roseana Sarney, assumiu o mandato biônico de governadora do Maranhão pelos votos solitários e autocráticos de quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral.

Durante o ato público de ontem na AL/MA, o governador deposto Jackson Lago fez um discurso duro que o blog reproduz a seguir:

"16 de abril: o dia da infâmia

Estamos hoje, aqui reunidos, para um ato de celebração. Não para celebrarmos uma data, que entrará para a história pela sua infâmia. Mas para exaltar a perseverança de nossa união em torno dos caminhos retos e justos da democracia e da legitimidade do voto popular.

Quando tomei posse, legitimamente eleito e investido no cargo pela vontade firme e irrenunciável do povo maranhense, destaquei que assumia o Governo com a alma engrandecida pela confiança do povo da minha terra.

Mal sabia que já naquele momento tramava-se o golpe judiciário que culminou com a minha deposição. Golpe de jagunço, de gente baixa e mesquinha, de pigmeus morais, como disse um bravo jornalista que honra sua profissão.

Há um ano enxovalharam milhões de votos dos maranhenses com o propósito de devolver o poder à mais nefasta oligarquia familiar do país. Quatro votos confiscaram os votos de milhões de eleitores que escreveram a mais bela página de nossa história, ao dizer um basta! a 40 anos de domínio espúrio.

Quatro votos me depuseram do cargo, mas não depuseram minha disposição para a luta. Não depuseram nossa união. Não depuseram nossa fome de liberdade e nosso clamor de justiça.

Aqui estamos nós, novamente juntos, porque nenhuma violência é capaz de calar quem combate em nome da verdade e da justiça.

Aqui estou eu, me permitam uma reflexão pessoal, marcado pelas rugas do tempo, açoitado no enfrentamento de doença, graças a Deus em franca recuperação. Mas eu dizia, aqui estou eu, e sou o mesmo que há décadas percorre os caminhos do Maranhão, de casa em casa, escutando, participando, lutando por ideais que marcaram a minha vida. Alguns chamam de ideologia, eu chamo de sonhos.

O sonho de uma sociedade fraterna, igualitária, onde o poder de fato emane do povo e seja exercido em seu nome.

Aqui estou eu e posso olhar frente a frente, olho no olho dos meus semelhantes. Porque não perdi a noção de honra que herdei de meus pais. Aqueles que se dizem vencedores, os golpistas, os usurpadores, o próprio mentor do golpe, esse não tem a coragem de botar o rosto na rua. A sua obra, que ficará para a História, é a obra da intriga, da manipulação, da trapaça sôfrega em nome do poder a qualquer custo. A honra que lhe restava tornou-se honorável. Honorável bandido.

Vejo ali uma frase na parede, que diz que “Não há democracia sem parlamento livre”. Cabe-nos acrescentar, à luz das lições da história, que não há democracia sem judiciário livre.

E a infame decisão que usurpou o poder há um ano, a cada dia que passa cresce na consciência do país como um momento de indignidade. Uma decisão que envergonha a ordem jurídica ao rasgar a Constituição e empossar os derrotados contra os quais se manifestou a vontade popular.

O sentido de estarmos aqui reunidos é fazer lembrar essa data, para que não se apague jamais e permaneça luzindo na memória das gerações.

Por mais que nos doa na alma, com certeza dói muito mais na consciência daqueles que a perpetraram. E esta cerimônia haverá de se repetir porque jamais nos envergonharão nossas derrotas. A vergonha aflige os derrotados morais, não os combatentes da verdade.

Viva o Maranhão, Viva o povo maranhense."

Jackson Lago – Governador cassado por um golpe judiciário em abril/2009.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Jackson construiu e Roseana fez a festa

Leiam agora um comentário que recebi ontem de um desportista de Imperatriz.


Anônimo disse...

O FIASCO.

IMPERATRIZ,ABENÇOADA POR DEUS, MAS NUNCA INGÊNUA POR NATUREZA.

Presenciou-se o maior golpe de mestre numa coletividade com a inauguração do nosso estádio municipal concebido por obra e graça do governador cassado Jackson Lago. Diria o homem simples da roça: “passarinho faz o ninho e pardal bota o ovo”.

Tomado de vontade política, Doutor Jackson , planejou, preparou e a governadora vem e faz a festa. É de se indagar: como no caso da ponte. Será que a atual governadora teria a mesma vontade política e arrancar do zero para doar a municipalidade um estádio da magnitude do agora reinaugurado Frei Epifânio D’Abadia?

Desconsidere que de quebra já surrupiaram a origem do nosso querido frei. De Frei Epifânio D’Abadia, agora o religioso consta no estádio sem sua origem. Somente Estádio Frei Epifãnio. Mas isto não é nada. Chega ser hilariante se não fosse constrangedor a festa de inauguração realizada com um amistoso entre um combinado local contra uma equipe da categoria inferior ou sub-reservas do tradicional time Uruguaio, Penarol.

O ato festivo expôs a desorganização de um governo loteado entre falanges de interesses. Os responsáveis pela festa determinaram que o ingresso para o jogo inaugural fosse trocado por alimentos o que deixou margem à atuação de especuladores.

E não é que os cambistas fizeram a festa? O que era para ser um evento de grande repercussão positiva resultou numa mega atrapalhada dignas dos grandes pastelões. Depois de muitas idas e vindas, de muitas improvisações, a multidão compareceu para assistir o que seria o espetáculo da década.

E o que assistimos?

Um jogo medíocre do nosso combinado local contra uma equipe improvisada representada pelos reservas e jogadores das categorias inferiores do tradicional time da República Oriental do Uruguaio tendo em vista que a equipe principal está disputando arrenhidamente o campeonato nacional daquele país platino.

Sinceramente, é brincar com a nossa santa ingenuidade. Por que não brindaram nossos torcedores pelo menos com um time misto do Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense ou uma equipe média do ranking nacional? Por que o Penarol? Qual afinidade tem o nosso desportista com um clube tão desconhecido?

Há que se indagar ainda: Quem o contratou? Por quanto? Considere-se que sendo uma transação internacional há implicações de ordem cambial que perpassam pelo Banco Central. Sabemos que o pagamento de produtos e serviços internacionais não se faz com uma mera transferência bancária. É algo muito burocrático. É de deixar a pulga atrás da orelha.

Decisões tocadas à porta fechadas, com pouca ou nenhuma luminosidade, por uma meia dúzia de pessoas só poderia gerar uma grande atrapalhada desta. Tudo leva crer que pelo histórico dos organizadores há muito mais a esclarecer.

Para reflexão: Penarol. Uruguai – Paraíso fiscal - Pode ter muita maracutaia embutida neste balaio de boas intenções. Se enfiar a mão dá chabu. Com a palavra o MPE .

PS. Peço-lhe, se tiver coragem, publicar meu comentário no próprio blog, sem ser apenas no local destinado aos comentários.

Grato,

“IMPERATRIZENSE REBELDE”.
14 de abril de 2010 12:31

Comentário de Marcos Nogueira:

1) Concordo com o leitor. Um jogo com Flamengo ou Vasco ou até mesmo com a sensação do momento: o Santos de Robinho, Neymar e Ganso seria muito melhor;

2) Trazer um time estrangeiro envolve negociação e dinheiro. Não podemos esquecer que o Maranhão tem um Vice-Presidente da CBF: o megaempresário Fernando Sarney que entende muito dessas negociações feitas no exterior, principalmente de remessa ilegal de dividas para paraísos fiscais; e

3) Caro leitor você esqueceu de registrar a solene vaia que o Vice-Governador João Alberto levou no estádio quando usou a palavra na inauguração em nome da biônica Roseana Sarney.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Notas da madrugada

28 anos da guerrilha

Ontem, dia 12 de abril, há exatos 28 anos o exercito brasileiro realizou o primeiro ataque contra guerrilheiros do PC do B que moravam nas proximidades do rio Araguaia, região na época pertencente ao Estado de Goiás, hoje Tocantins.

A guerrilha tinha grande apoio do povo pobre do Araguaia e estava organizada em três destacamentos. Quando o exército invadiu uma área próxima a um dos destacamentos, o líder guerrilheiro mandou um de seus homens entrar na mata e avisar os outros dois destacamentos.

A tarefa coube ao ex-líder estudantil de Fortaleza, José Genoíno, que foi preso no meio do caminho. Foi o primeiro guerrilheiro do Araguaia preso. No final de 1974 a guerrilha foi exterminada e alguns líderes do PC do B conseguiram escapar.


Loba na pele de cordeiro

Quem viu algumas inserções na TV estreladas pela biônica Roseana Sarney na semana passada teve uma péssima impressão da performance da moça.

Ele teve a cara de pau de afirmar que a política no Maranhão é feita com muito rancor e que isso precisa acabar. Ainda segundo ela, seu governo está dialogando com líderes do PDT, PSDB e PSB.

E falou mais: “nós, que somos eleitos (sic) pelo povo precisamos parar com esse clima acirrado...”

1) O que ela está fazendo é pressionar os prefeitos a aderirem a seu governo, fazendo todo o tipo de chantagem e pressão; e
2) Desde quando Roseana foi eleita para governar o Maranhão?


Indicação técnica

Essa informação é da alcova dos Leões. Todo mundo sabe que o candidato escolhido por Ricardo Murad para lhe substituir na saúde era o médico José Márcio Leite. Ricardo engoliu goela abaixo a escolha do médico Luiz Alfredo.

Médico tarimbado e experiente, Alfredo dirigia o Hospital Geral e sempre atuou na administração pública de saúde, sempre participando das equipes chefiadas pelo ex-diretor do Ipem e do Socorrão, o médico Manoel Francisco.

Mas dizem que o que pesou mesmo na escolha de Luiz Alfredo foi o fato de um parente muito chegado a ele ser o atual namorado de Rafaela Sarney Murad, filha única da governadora biônica do Maranhão.

sábado, 10 de abril de 2010

Notas matutinas

Lula não é besta!

Os eleitores de Lula que votarão em Dilma, os eleitores de Lula que não votarão mais no PT (como eu) e os eleitores que nunca votaram em Lula e não vão votar em Dilma têm uma opinião comum; Lula pode ser o que for, só não é besta.

A notícia de que o Vice-Presidente da República, José de Alencar, desistiu da candidatura ao Senado por Minas Gerais, depois de uma longa conversa com o presidente na noite da última quinta-feira, só tem uma única e lógica explicação: impedir Jose Sarney de assumir a presidência da República nas viagens que Lula ainda vai fazer em 2010.

Amanhã Lula viaja para a Europa e José de Alencar já assume em seu lugar.

Lula é esperto, tem muito faro político e senso de oportunidade. Sabe que a volta do presidente dos 80% de inflação ao Palácio do Planalto no exato momento em que o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, luta contra aqueles que querem afrouxar a luta contra a volta da inflação seria uma temeridade.

Mas não é só isso. Colocar no Planalto um político marcado pelas denúncias de irregularidades no Senado e ao mesmo tempo genitor de um empresário apontado como chefe de uma organização criminosa pela Polícia Federal e responsável pela remessa ilegal de divisas para bancos estrangeiros na China, Suíça e em paraísos fiscais não seria de bom alvitre.

Tudo não passou de um sonho lindo de uma noite de verão dos blogueiros e treiteiros, ou melhor, twiteiros do portal Imirante.



Será que Anselmo vai resolver?

A nomeação do professor Anselmo Raposo para a Secretaria de Educação do Estado é talvez a única boa notícia advinda do governo da biônica Roseana Sarney nos últimos meses.

Intelectual de sólida formação, Raposo é respeitado como professor da UEMA e pelo comportamento digno que sempre mostrou em sua vida pública.

Militante do PT e democrata, em outra situação Raposo teria tudo para fazer uma boa administração na Educação estadual.

Mas acho que a escolha de seu nome aconteceu no tempo errado. Para Roseana a nomeação de Raposo é uma espécie de tábua de salvação para dar um pouco de credibilidade ao seu falido e desmoralizado governo e, ao mesmo tempo, para tentar impedir uma greve de professores que poderá refletir muito mal em pleno ano eleitoral.

O X da questão é que a biônica Roseana Sarney estraçalhou o Estatuto do Magistério, conquista histórica dos professores maranhenses.

O que é preciso fazer agora é adaptar o estatuto aos novos tempos, repor as perdas salariais ocorridas, oficializar o piso nacional dos professores e avançar nas conquistas da categoria.

Se Roseana pensou que o professor Anselmo Raposo vai ser secretário para tapar o sol com uma peneira, ela caiu do cavalo. Por mais que os professores maranhenses respeitem Raposo, o movimento não será estancado só com promessas e falatórios. Quem viver verá!



Mudança de tática?

Será que o ex-presidente José Sarney já jogou a toalha na questão da decisão do encontro do PT/MA que optou pelo apoio à candidatura do deputado Flávio Dino (PC do B) ao governo estadual?

Esta história da biônica Roseana Sarney ter nomeado petistas para s secretarias de Educação e Desenvolvimento Social pode ser a contrapartida dela se a banda sarneysista conseguir anular o encontro de 26 e 27 de março.

Ou então ela está acomodando petistas simpáticos a sua candidatura no governo com a intenção de tentar atrair a minoria do PT para sua campanha eleitoral.

Seja qual for a resposta a esta indagação é bom que o deputado Flávio Dino e a maioria do PT maranhense fiquem de olhos bens abertos para o possibilidade, cada vez mais remota, da mudança abrupta da decisão tomada pelo encontro do PT/MA pró Flávio Dino.

sábado, 3 de abril de 2010

Trocar Flávio Dino por José Sarney?

Texto publicado pelo blog do jornalista Augusto Nunes, da revista Veja

A tirania dos coroneis e a ditadura dos stalinistas
1 de abril de 2010


Inconformado com o que Lula decidiu, o PT maranhense negou apoio à reeleição da governadora Roseana Sarney. Gol do Maranhão ─ e gol do Brasil que presta. Na contramão da vontade do chefe, resolveu apoiar o deputado federal Flávio Dino, candidato do PCdoB. Gol contra o Maranhão ─ e contra o Brasil que pensa.

No palanque da herdeira de Madre Superiora, a enganosa face feminina da gangue que reduziu o Convento das Mercês a templo do pecado e esconderijo da bandidagem condenada à impunidade. No palanque do jovem-velho que sonha amordaçar a internet, outra prova ambulante de que primitivismo não tem idade.

“Tem coisas que só acontecem com o Botafogo”, ouvem desde a infância torcedores de todos os times do Rio. Tem coisas que só acontecem com o Maranhão, desconfiam brasileiros de todas as paragens, perplexos com a contemplação do duelo entre a tirania dos coroneis e a ditadura dos stalinistas ─ duas velharias de outros séculos.

Os espantos que só se manifestaram no clube carioca não se associam necessariamente ao drama. Também Garrincha e Nilton Santos foram coisas que só aconteceram com o Botafogo. Aplicada ao Maranhão, a frase é o resumo da ópera ópera trágica, feia, frequentemente obscena ─ e interminável.

Trocar uma Sarney por um Flávio Dino é escapar do pântano para enfurnar-se na mata fechada. A faxina que os maranhenses não podem mais adiar exige a imediata remoção de todos os entulhos. Os maranhenses e os demais brasileiros confrontados com encruzilhadas reprimidas pelo maniqueísmo. Ninguém merece essa escolha entre o reacionarismo troglodita que mata crianças de descaso e o stalinismo farofeiro que se nomeia porta-voz do povo para, sempre em seu nome, assassinar a liberdade.

"Sarney é um escárnio de bigode tingido"

O blog do jornalista Augusto Nunes, da revista Veja, publicou este interessante artigo do jornalista Celso Arnaldo, que trata de Sarney e as crianças ue morrem desassistidas nos hospitais públicos do Maranhão.

Por CELSO ARNALDO

José Sarney é um escárnio de bigode tingido ─ bigode este que nem um carcinoma recorrente no lábio é capaz de sacrificar. Um lábio maligno, de onde até hoje não saiu nada decente. O “literato” Sarney também é escarnioso, de uma petulância criminosa. Justo na semana em que o Brasil que presta se enche de vergonha com a mortandade das crianças Sem-UTI no Maranhão, o patriarca dessa família serial richer tem o desplante de eleger a criança como tema de sua coluna de Sexta-Feira Santa na Folha.

Mas, é claro, nenhuma palavra, nem como defesa cínica, sobre o infanticídio maranhense. O cronista lírico José Sarney, aproveitando os bons eflúvios do dia, vai falar sobre o menino-Jesus que há em cada um de nós. Em nós, não ─ nele. Porque a criança santa que será o fio condutor de sua coluna de hoje é…José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Sim, o sarneyzinho ─ rebatizado pela corruptela colonialista de Sir Ney.

“Para mim, a palavra felicidade está associada à infância”, começa essa aula de deboche.

Difícil acreditar. Sarney é feliz hoje ─ bilionário, impune, a família comandando os ministérios mais pródigos e mais gastões da República.

Enquanto os bebês de seu estado agonizam em casa ou na porta de pronto-socorros imundos por falta de leitos, um jatinho o traz ao melhor hospital do país, o Sírio-Libanês, onde uma lesão labial recebe o desvelo de uma junta médica composta, entre outros, por uma dermatologista, dois cirurgiões plásticos e com a supervisão cardiológica de ninguém menos do que o Dr. Roberto Kalil Filho, médico do Lula.

Depois da introdução lambuzada, entra em campo o poeta Sarney:
“É quando descobrimos o mundo e a beleza explode na descoberta das cores, da luz, do céu, das nuvens que caminham, das árvores, das águas e das flores. Tudo são formas que nascem a nossos olhos e conhecemos, pela primeira vez, o sentimento de amor que pousa no carinho de nossas mães. Vem o canto dos pássaros, o voo das andorinhas, o descobrir os bichos e tudo é revelação”.

Os bichos que Mayara conheceu antes de morrer no Socorrinho foram as moscas e baratas que circulam por aquele “nosocômio” fatal. E Mayara não pôde descobrir esse mundo de beleza descrito por Sarney ─ o pouco que viu, em seus oito anos, foram miséria e descaso.

“Depois, a infância é o tempo da estreita amizade com Deus, o menino Jesus é nosso companheiro, colega e cúmplice em nossas travessuras.”
Aí José Sarney tem razão: Deus deve ter perdoado as travessuras infantis que ele cometeu ao lado de seu amigo Jesus. Mas as de hoje ─ sacrificando outras crianças ─ certamente não.

“Não chegaram as preocupações e dúvidas que nos darão o saibo da amargura de viver, que fica sempre com uma parte dos nossos anos, embora Aristóteles tenha afirmado que “o homem é o que de mais excelente existe no cosmo.”

Trecho riquíssimo da crônica de Sarney, mereceria um longo estudo. Por falta de espaço, registre-se apenas: essas preocupações e dúvidas que dão o saibo (seja lá o que isso for) da amargura de viver ainda não chegaram a Sarney, riquíssimo e com três aposentadorias acumuladas mensalmente. Ninguém ficou com uma parte desses anos dele. E Aristóteles, quando se referiu ao homem excelente, não deve ter sequer cogitado de Sarney.

E Sarney, homem bom, piedoso e solidário, sempre foi amiguinho do Homem:
“Meu Jesus Cristinho morava na minha cidade de São Bento, onde despertei para a vida. Ele estava na igreja entre as colunas pintadas imitando mármore. Nos tempos da paixão, eu chorava com a revelação de que homens maus o tinham crucificado, pregado na cruz, trespassado por lança e Judas o traíra.”

Que nome teriam os homens maus que crucificam as crianças do Maranhão e as trespassam com a lança da omissão, do descaso e da corrupção?

E, na última estação dessa via crúcis que é ler um texto de Sarney, ele desfere a derradeira chicotada nas Isabellas de Imperatriz:
“Toda Sexta-Feira Santa é para mim plena da restauração da infância. E, como diz são João, ‘Jesus amou os homens até o fim’. Aleluia.”

Sexta-Feira Santa seria um bom momento para Sarney e sua família começarem a restaurar a infância das crianças do Maranhão. Mas isso não vai acontecer, porque os Sarneys não as amam.

No fim desse império mau, somos nós que gritaremos Aleluia.

Deu na seção de cartas da Folha de São Paulo

Meu amigo Marco Antõnio Villa, de São Paulo, enviou uma carta para a seção de cartas do jornal Folha de São Paulo, que foi publicada na edição de hoje. Ela trata da vergonhosa atitude dos craques do Santos (Robinho, Ganso e Neymar) que se recusram a descer do ônibus do clube enquanto os outros jogadores visitavam uma entidade espírita que cuida de mais de 600 crianças e adolescentes com paralisia celebral.

leiam a carta de Villa:

Santos?
"Quando li a notícia de que jogadores do Santos recusaram visitar crianças e adolescentes com paralisia cerebral porque a entidade é espírita, fiquei enojado ("Meninos da Vila se recusam a participar de ação beneficente", Esporte, ontem). Foi uma atitude indigna, de jogadores que não têm caráter nem qualquer sentimento humano. Emolduraram a atitude vil com um fundamentalismo religioso barato. Foi uma vergonha. Espero que revejam a ação abjeta. Sinceramente, o meu encanto com o belo futebol do time acabou. Não é possível aplaudir seres tão medíocres."
MARCO ANTONIO VILLA, professor de história da Universidade Federal de São Carlos (São Paulo, SP)

Resposta de Augusto Nunes ao chilique de um crápula

O chilique do crápula
3 de abril de 2010

Augusto Nunes

“Publique se for homem e jornalista”, começa o comentário enviado às 6:25 desta sexta-feira. Outro miliciano patrulhando a internet a serviço do stalinismo farofeiro, imaginei. Já ia ordenando que caísse fora quando bati os olhos no nome do remetente: Ricardo Murad, secretário da Saúde do Maranhão por ser cunhado da governadora Roseana Sarney. Ele mesmo, o campeão do descaso e da inépcia envolvido na matança de crianças desvalidas.

Em paragens civilizadas, qualquer suspeito com a folha corrida de Ricardo Murad estaria agora em desabalada carreira, ou sentado no meio-fio chorando lágrimas de esguicho, ou homiziado em lugar incerto e não sabido. Mas estamos no Brasil ─ pior ainda, o estafeta da famiglia Sarney está no Maranhão. É compreensível que esteja em liberdade, esbravejando em mau português.

A forma e o conteúdo avisam aos gritos que o texto foi redigido depois de um almoço de matar a sede de presidente. Não há nenhuma acusação substantiva, só berreiro de cortiço. Mas é claro que publico. Não para reafirmar o gênero a que pertenço ─ Ricardo Murad tem informações suficientes para dispensar-se de dúvidas ─ e sim para oferecer ao Brasil que presta a contemplação do chilique de um crápula. Não perca:

Vermes como você, que escreve financiado pelo dinheiro sujo dos políticos a quem serve, deveria se envergonhar do que faz. Mas você é um desavergonhado. Faz isso por ofício. Você é um jornalista que aluga a pena. Escreve de mal ou de bem, para quem lhe paga, de mais ou de menos. Você é um covarde, venal, financiado e sem nenhuma credibilidade. O que lhe move é o dinheiro dos seus patrões. Se você tivesse um pouco de vergonha e senso jornalístico deveria ter me ouvido a respeito das sandices que publicou de forma criminosa a meu respeito. Pelos menos iria ter um trabalho a menos de tê-lo de fazer na Justiça. Não posso lhe pedir para ter ética e vergonha, isso vem do berço.

O doutor em infanticídio cobra vergonha de gente honrada. O noviço nascido e acanalhado no Convento das Mercês se fantasia de carmelita descalça. A cria de Madre Superiora reinventa a santa inquisição a favor dos cafajestes. O colecionador de capitulações lucrativas acusa o vencedor de covarde. O tenente da tropa de censores do Estadão exige respeito à ética. Sem formular qualquer denúncia objetiva, sem ir além do insulto barato, o prontuário ameaça recorrer à Justiça. É assim no Maranhão. Murad acha que é assim no país inteiro.

A certeza da impunidade o induz a acreditar que todas as ações judiciais movidas pela famiglia serão endossadas por algum daciovieira. Por ter escapado de licitações irregulares, crimes ambientais, delinquências variadas e, até agora, da morte das isabellas maranhenses, decidiu que não há juízes no Brasil. Por ouvir apenas as louvações dos áulicos, não ouviu o choro e os gemidos das isabellas maranhenses. Por acreditar que está condenado à impunidade, não admite virar assunto da revista VEJA e entrar na alça de mira da coluna.

O irmão menos esperto de Jorge Murad sobressaltou-se ao ouvir a indignação do Brasil decente. Logo saberá que é só o começo. O fim do sono chegará com a sirene que anuncia a chegada do camburão.

Gente Humilde com ângela Maria e Altemar Dutra

Voltando com a postagens de grandes sucessos musicais, o blog veicula hoje vídeo com a música Gente Humilde nas vozes de Ângela Maria, Altemar Dutra e Gemarinho.

É um show à parte, escutar Altemar e ângela, duas das mais belas vozes do cancioneiro popular brasileiro. Pena que os dois nunca escolheram bem seus repertórios.

O engraçado do vídeo é que não passa de uma grosseira e mal feita montagem. Parecem que pegaram o áudio dos três cantando e juntaram as imagens dos três. Para tentar dar credibilidade, as cabeças dos três fazem movimentos de robõs nos vídeos e tem um braço direito no ombro direito de Gemarinho que ninguém sabe de quem é. Não é de Angela e nem de Altemar.


A gafe de Robinho, Ganso e Neymar

Os garotos do Santos Futebol Clube continuam dando show nos gramados brasileiros, mas fora deles seguem a mesma toada do craque Pelé: só fazem besteira.

Ontem o presidente do Santos levou a molecada para visitar uma entidade espírita em Santos que cuida de mais de 600 crianças que sofrem de paralisia cerebral. A visita era para entregar ovos de páscoa.

Quando o ônibus do clube chegou à entidade, os três principais astros do time; Robinho, Ganso e Neymar se recusaram a descer do ônibus e não participaram da visita de solidariedade às crianças doentes, alegando problemas religiosos.

Na realidade os três tentam mobilizar o elenco santista por atraso no pagamento de bichos e verbas referentes aos direitos de imagens.

Nota zero seu Robinho! Você é o mais experiente do time e deveria dar dando bom exemplo para os meninos.

Ainda mais que Robinho só voltou agora para o Santos depois de não estar jogando nada no Real Madri e mais recentemente na Inglaterra, ao ponto de amargar o banco de reservas do Manchester City. Na realidade, Robinho deveria era agradecer o peixe por realizar um grande sacrifício financeiro para lhe trazer de volta ao Brasil.

No Santos Robinho está recuperando seu futebol e sua imagem, jogando ao lado de jovens craques. Se não fosse o time da Vila Belmiro, Robinho ainda estaria no ostracismo na Europa e correndo grande perigo de não ir à copa do mundo na África do Sul.

Isto tudo sem falar na insensibilidade aguda destes mascarados que desdenharam a dor de centenas de crianças carentes e doentes.

Agora para aliviar um pouco a minha imagem de jornalista amante do futebol junto aos torcedores do Santos, principalmente junto ao meu dileto amigo Marco Antônio Villa, veiculo dois vídeos; um com os gols de Santos 9 X Itauno 1, jogo de campeonato paulista deste ano e o outro com os gols de Santos 4 X 0 Remo 0 pela Copa do Brasil.





O chilique de Ricardo Murad

Uma das minhas primeiras postagens neste blog foi a reprodução de uma fala de Ricardo Murad, feita na época em que ele passava uma chuva na oposição ao grupo Sarney.

Há poucos dias o excepcional jornalista Augusto Nunes, da revista Veja, reproduziu em seu blog dois vídeos com Ricardo Murad: uma falando mal de sua cunhada Roseana Sarney na campanha eleitoral de 2002 e o outro falando mal de Jackson Lago em setembro de 2007.

Nunes arrematou afirmando que Murad se reconciliou com José Sarney na campanha eleitoral de 2002 e até pouco tempo era Secretário Estadual de Saúde.

Segundo Nunes, Ricardo virou secretário para ajudar Roseana a aumentar a mortalidade infantil no Maranhão.

Murad não reagiu bem à postagem de Nunes. Irado e reivoso chamou o jornalista da revista Veja "de verme, desavergonhado, vendável, covarde, venal, financiado, sem credibilidade, sem-vergonha, sem senso jornalístico, sem berço, falta de ética" e disse ainda que processará o jornalista da revista Veja.

Tem razão o meu amigo Felipe Klamt, que afirmou em seu blog, que o rescaldo desta confusão vai sobrar para o governo de Roseana Sarney.

Leia agora o texto de Augusto Nunes em seu blog:

Por Augusto Nunes (Revista Veja)

"Candidato ao governo do Maranhão em 2002, Ricardo Murad atravessou a temporada de caça ao voto fantasiado de inimigo n° 1 da famiglia Sarney em geral e, em particular, da governadora abatida pelo caso Lunus e pelo fim iminente do mandato. Irmão de Jorge Murad e, portanto, cunhado de Roseana Sarney, desertara do clã anos antes, inconformado com o veto do patriarca ao desejo de governar o Estado. Definitivamente, sugere o vídeo em que o parente rancoroso acusa os Sarney de só pensarem em dinheiro e qualifica Roseana de 'uma farsa'.

Nada que uma conversa com o patriarca não pudesse resolver, corrige o segundo vídeo, gravado cinco anos mais tarde. Em 2007, o deputado Ricardo Murad continuava em estado de beligerância, mas o alvo era outro. De volta à seita, o antigo devoto de José Sarney recuperou inteiramente a fé no sumo sacerdote e declarou guerra ao governador Jackson Lago. A reconversão funcionou. O maranhense volúvel ganhou de presente a Secretaria da Saúde, onde hoje ajuda a aumentar a taxa de mortalidade infantil."

Veja agora o que Ricardo Murad falava de sua cunhada Roseana Sarney Murad na campnha eleitoral de 2002, época em que ainda tentava enganar a oposição. Murad rompeu com Sarney, que preteriu seu nome em favor de Roseana como candidata oficial ao governo maranhense nas eleições de 1994:





Acompanhe agora a entrevista de Ricardo Murad à TV Cidade, de Coroatá, de propriedade do próprio Murad, em setembro de 2007:




Agora caro leitor responda você mesmo: quem não é ético, é desavergonhado e não possui credibilidade? Augusto Nunes ou Ricardo Murad?

Postem um comentário e enviem suas conclusões para o blog.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sarney agora quer intervir no PT/MA

Depois da maioria dos delegados do encontro do PT/MA decidir apoiar a candidatura do deputado federal Flávio Dino (PC do B) a governador do Estado, o grupo Sarney exigiu de Lula que a direção nacional do PT decretasse uma intervenção no PT maranhense.

Como a iniciativa do ex-presidente José Sarney não sensibilizou dirigentes nacionais da legenda com José Genoíno, Cândido Vacareza e até o presidente José Eduardo Dutra, Sarney mudou de tática e tenta agora anular o encontro da semana passada sob a alegação que três delegados que votariam na coligação de Roseana foram impedidos de votar.

Um dos três é a mulher do prefeito de Buriticupu, Antônio Primo, que foi de PDT e hoje apóia a governadora biônica.

Primo sempre foi um político oportunista que atua e apóia quem está no poder. Sua mulher, tão oportunista quanto ele, é o retrato mais preciso da transformação radical pelo que o PT passou.

Partido que nasceu das lutas dos trabalhadores rurais e urbanos, da intelectualidade, de estudantes e sindicalistas, a legenda da estrela vermelha se transformou num partido burguês como qualquer outro e recebeu a filiação de políticos tradicionais, conservadores e picaretas de todos os naipes.

Para se manter no poder a qualquer custo e manter acesa a chama do projeto de ocupar o poder no Brasil por 30 anos, o PT faz qualquer negócio, inclusive entregar a seção regional numa bandeja de ouro para Roseana e José Sarney.

Que o deputado Flávio Dino, a banda decente do PT/MA e o PSB de José Reinaldo fiquem de olhos bem abertos e esbugalhados. Até meados de 2008, ninguém do governo Jackson Lago acreditava na vitória de Roseana no tapetão do TSE! Deu no que deu!

A maioria dos petistas do Maranhão não quer coligar com o PMDB sarneysista e Roseana e Sarney foram clamorosamente derrotados no sábado passado.

Tentaram a intervenção e ela não colou. Agora a oligarquia vai tentar anular o encontro para realizar outro.

Olho vivo, Flávio!