quarta-feira, 28 de julho de 2010

Arnaldo Jabor ironiza: o Maranhão e o Afeganistão são iguais

O comentarista Arnaldo Jabor ironizouu ontem a noite no Jornal da TV Globo, a decisão tomada na segunda=feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão que livrou os deputados federais Sarney Filho e Cléber Verde da aplicação da Lei da Ficha Suja.

Sarney Filho foi condenado por ter usado os veículos de comunicação de sua família para fazer propaganda antecipada de sua campanha eleitoral de 2006 e Verde foi demitido do INSS em 2003 a bem do serviço público, por introduzir dados falsos nos computadores do órgão para facilitar a aprovação de aposentadorias irregulares.

Veja agora o comentário de Jabor, que está disponível no Youtube:

Memória maranhense 2 : Lula e Sarney, amigos para sempre...

Para encerrar este curta série de exercício da memória popular, exibo mais um vídeo que trata da relação de Lula com Sarney, onde o atual presidente ao final afirma que Sarney não é um homem comum.

Veja o vídeo e responda a questão: Quem mudou foi Lula ou Sarney?


Memória maranhense: o que Lula dizia de Roseana

Para exercitar um pouco a memória dos leitores do blog, exibo a seguir o vídeo em que o presidente nacional do PT, Lula, quando ainda não era o presidente do Brasil, falava de Roseana Sarney;

Roseana Sarney faz cara feia ao receber ósculo de Rodrigo Comerciário

Eu conheço Roseana Sarney desde 1992 quando trabalhei como correspondente do jornal Folha de São Paulo no Maranhão.

Acompanhei a campanha dela ao governo do Maranhão em 1994 e cheguei a viajar para algumas cidades do interior do Estado onde ela fazia sua campanha.

Depois já escrevendo a coluna Tiro Certo no Jornal Pequeno, acompanhei de perto os cinco primeiros anos de sua administração, de 1995 a 1999.

Depois cobri como diretor da Folha do Maranhão seu último ano de mandato (2001/2002) e como correspondente do Estado de São Paulo, o caso Lunus em fevereiro/março de 2002.

Se eu conheço um pouco a personalidade da governadora biônica e as expressões de seu bonito rosto, tenho quase certeza de que ela não gostou muito do beijo que o sarno-petista Rodrigo Comerciário deu em seu rosto durante reunião de campanha em Lagoa Grande.

Confira a expressão fechada do rosto de Roseana ao receber o ósculo de Rodrigo em foto publicada a pouco no blog de Décio Sá e republicada a instantes no blog do Erionadson Castro:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Zé Reinaldo analisa a pesquisa da Escutec para senador do Maranhão

O candidato José Reinaldo Tavares, (PSB) classificou como previsível o resultado da pesquisa de intenções de votos realizada pelo Instituto Escutec para senador do estado. O ex-governador estaria empatado tecnicamente no segundo lugar com João Alberto de Souza (PMDB).

“É um resultado que já previa sem nem conhecer os dados. De forma que eles são previsíveis mesmo. Nós vamos disputar o primeiro lugar entre os concorrentes ao Senado. Vamos continuar do mesmo jeito, porque pesquisa, nós sabemos o histórico de manipulação feito pela oligarquia (Sarney) ao longo de diversas eleições. Pesquisa mesmo é do povo, nessa nós confiamos. E estou forte, porque não me colocaram em último lugar”, disse Zé Reinaldo.

Zé Reinaldo se lembrou de 2006, quando às vésperas das eleições para governo do estado, o Escutec divulgou uma pesquisa apontando Roseana Sarney vencedora do primeiro turno com 57%. Três dias depois, as urnas apontaram 47% da escolha do eleitorado para ela. Jackson que teria 27%, fechou com 35%. “Sabemos que os números reais são diferentes desse. Há um desejo de manter o João Alberto na minha frente, isso é expresso nessa pesquisa que temos todas as razões de desconfiar dela”, afirmou.

O ex-governador disse ainda que as pesquisas podem ser manipuladas, mas quem decidirá a eleição será o povo maranhense. “Quem decide não é a Escutec, não é pesquisa nenhuma, quem decide é o povo. Isso nós vamos ver no dia da eleição e estamos muito confiantes, acreditamos em uma grande votação”, afirmou.

A pesquisa publicada no jornal "O Estado do Maranhão", de propriedade da família Sarney, e feita pela Escutec atribuiu aos candidatos do PMDB, Edison Lobão e João Alberto de Souza,  a liderança nas intenções de votos se eleições fossem agora. Segundo os dados, Lobão teria 51,20% das intenções de voto e João Alberto, 29%, seguido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), com 26,5%.

Ainda de acordo com a Escutec, os concorrentes do PSDB, Roberto Rocha e Edson Vidigal, teriam, respectivamente, 18,6% e 15%. Os demais candidatos estão com média de 1%, são eles a Professora Socorro, do PSOL (3,8%); Adonilson Lima, do PCdoB (1,8%); Luis Noleto, do PSTU (1,7%); e Paulo Rios, do PSOL (1,3%). Josivaldo Corrêa (PCB), Charles Vieira (PCB) e Claudicéia Durans (PSTU) marcaram menos de 1% na pesquisa Escutec. Um total de 30,6% de eleitores indecisos e outros 18,4% que declararam votar nulo ou em branco.

Os índices da pesquisa Escutec refletem a soma da votação dos candidatos a senador como primeira e segunda opções do eleitor, por isso supera os 100%. O Escutec ouviu 1.050 eleitores em todas as regiões do estado, entre os dias 19 e 22 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Zé Reinaldo e Flávio Dino visitaram Governador Eugênio Barros, Barra do Corda e Presidente Dutra ontem

O candidato José Reinaldo Tavares (PSB) defendeu um Maranhão justo e digno para a população, durante grande reunião com lideranças políticas de Governador Eugênio Barros, realizada ontem na Associação dos Trabalhadores Rurais na cidade.

Durante discurso, Zé Reinaldo criticou a situação social do estado e defendeu políticas de igualdade. “Nós temos que mudar essa situação. O Maranhão, neste momento, é uma casa que está caindo e vemos isso na educação, que teve os piores índices no Enem, na Polícia Civil, que entrou em greve por falta de segurança e melhores condições de trabalho e, na saúde é um desrespeito, além dos professores estarem abandonados”, criticou o ex-governador do estado.



Centenas de moradores de Governador Eugênio Barros se reuniram ontem para prestigiar Zé Reinaldo e Flávio Dino


Para Zé Reinaldo chegou a hora de mudar a política no estado com um nome novo, com Flávio Dino (PCdoB) como governador e Miosótis Lúcio (PPS) na vice. “Não pode continuar o Maranhão como está hoje. É un estado rico e não pode ser de uma família só. O Maranhão é de todos nós e todos têm direito a uma vida decente e digna. Vamos eleger Flávio Dino”, convidou a população de Eugênio Barros. Durante a visita, lembrou também do acesso à cidade e asfaltamento realizado durante o período em que esteve a frente do executivo estadual.

Durante o evento, Zé Reinaldo recebeu apoio de Neto do Janjão, vereador de Governador Eugênio Barros e, também, auditor do Tribunal de Contas e professor do estado. “Apoio Zé Reinaldo porque ele teve coragem de romper com a turma que fazia o Maranhão ir para trás, que é a família Sarney. Espero que ele seja eleito para fazer com que o Maranhão volte a ser destaque nacional. Ele tem meu apoio e meu voto”, sentenciou.
 
Barra do Corda e Presidente Dutra

As cidades de Barra do Corda e Presidente Dutra receberam a caravana da mudança e renovação em clima de festa durante caminhada pelas ruas. Em Barra do Corda, o primeiro local visitado foi o mercado Manoel Mariano de Sousa, construído quando Zé Reinaldo estava a frente do governo, mas inaugurado pela atual gestão. No local, o nome do ex-governador foi citado por diversos feirantes por esta iniciativa que incrementou o espaço destinado a venda de frutas, verduras e carnes.

“Antes era muito ruim, agora ficou muito bonito. Zé Reinaldo fez um ótimo governo pelo estado, por isso merece nossa confiança”, destacou a feirante Luísa da Silva. Ela lembrou que trabalha apenas no mercado para sustentar a família há 30 anos e agradeceu pelas melhorias no espaço incentivadas pelo governo Zé Reinaldo.

Salustiano Sousa, o “Salu”, foi outra pessoa que lembrou os feitos do ex-governador do estado. “Zé Reinaldo abriu portas para novas oportunidades no Maranhão. Apoio ele para senador e Flávio Dino, governador, pois conheço a história deles”, disse em apoio aos candidatos da coligação “Muda Maranhão”.

Zé Reinaldo participou de mais uma grande atividade de campanha em Presidente Dutra onde também foi recebido com festa. O ex-governador percorreu as principais ruas da cidade e recebeu apoio da população: "Vou votar em você. Votei para governador e vou votar agora para senador” disse pessoalmente a Zé Reinaldo, Eloina Carvalho, 50, demonstrando o carinho da população ao candidato.

O povo maranhense cansou do quase meio século de dominação satneysista

Nos últimos 45 anos o Maranhão teve dez governadores, Três foram nomeados por um arremedo de colégio eleitoral regional e eram filiados à ARENA, partido de sustentação da ditadura militar (Pedro Neiva de Santana – 1971/1974; Osvaldo Nunes Freire – 1975/1978; e João Castelo – de 1979 a 1982).

Sete governadores foram eleitos pelo voto direto, sendo que Roseana Sarney foi eleita duas vezes e está em seu terceiro mandato de governadora graças a uma controvertida decisão judicial que cassou o pedetista Jackson Lago em 17 de abril de 2009.

Em 1965, com um discurso de cunho progressista e prometendo mudanças radicais, o então deputado federal da UDN, José Sarney foi eleito governador com o apoio do grupo de oposição ao senador Vitorino Freire,que mandava na política maranhense desde a década de 40, chamado de oposições coligadas. Sarney também foi o candidato oficial da ditadura militar e do presidente-marechal Humberto Castelo Branco.

Sarney teve 121.062 votos (53,63% dos votos válidos - vv), derrotando o candidato do PSD e do governador Newton Bello, Costa Rodrigues (68.560 votos ou 30,37% dos vv) e o candidato de Vitorino Freire, Renato Archer (36.103 votos ou 15,99% dos vv).

Com a suspensão das eleições diretas para presidente da República, governadores de estado e prefeitos das capitais, o povo maranhense ficou doze anos sem eleger seu governador.

Em 1982 o PDS/MA liderado pelo grupo Sarney, do então senador pelo Maranhão, indicou o nome de Luís Rocha para disputar o governo estadual. Rocha foi eleito com 676.916 votos ou 64% dos vv. Em 2.°lugar chegou Renato Archer do PMDB com 180.287 votos (17% dos vv), seguido de Reginaldo Telles, do PDT, com 12.738 votos (1,2% dos vv), de Osvaldo Alencar, do PT com 8.243 votos (0,8% dos vv) e de Cesário Coimbra (PTB) com apenas 632 votos (0,06% dos vv).

O resultado eleitoral de 1982 refletiu a conjuntura política que o país ainda vivia. Eram os últimos momentos da ditadura militar no governo do general João Figueiredo, o PDS era muito forte no Maranhão e o PDT, PT e o PTB tinham se organizado no Estado um ano antes.

Nas eleições de 1986 o país já tinha mudado. Sarney era o presidente, vivíamos na euforia do Plano Cruzado e a coligação política nacional que sustentava Sarney na presidência, formada pelo PMDB e PFL, chamada de Aliança Democrática, venceu a maioria esmagadora das eleições para governador.

No Maranhão foi lançado o nome de Epitácio Cafeteira (PMDB) para governador e João Alberto de Sousa (PFL) para vice. Cafeteira obteve 1.040.384 votos (81% dos vv), suplantando o então senador João Castelo, do PDS, que teve 212.133 votos (16,5% dos vv) e Delta Martins, do PT, que obteve 31.504 votos (2,5% dos vv).

Quatro anos depois as eleições para governador aconteceram com Fernando Collor em seu primeiro ano de presidente da República. O candidato apoiado por Collor, o ainda senador João Castelo, venceu o 1.° turno com 595.392 votos (36,6%), seguido do também senador Édison Lobão, do PFL, com 459.542 votos (28,3%7) e Conceição Andrade, do PSB, com o apoio do PDT e PT, que obteve 246.468 (16,2%).

No segundo turno de 1990, o grupo Sarney virou a eleição e Lobão venceu com 695.727 votos (48,5%) contra 594.620 votos para Castelo (41,5%).

Em 1994 Sarney escolheu sua filha Roseana, então deputada federal do PFL para disputar a sucessão de Lobão. A eleição foi disputadíssima e registrou graves denúncias de fraude. No 1.° turno Roseana teve 541.005 votos (47,18% dos vv), Cafeteira obteve 353.032 votos (30,79% dos vv), Jackson Lago teve 231.528 votos (20,19% dos vv) e Francisco Chagas, do PSTU, teve 21.061 votos (1,84% dos vv).

No 2.° turno de 1994 Roseana venceu Cafeteira por apenas 18.260 votos. A candidata do PFL teve 753.901 votos (50,61% dos vv) contra 735.641 votos (49,39% dos vv) de Cafeteira.

Quatro anos depois o grupo Sarney teve uma das vitórias eleitorais mais folgadas desde 1965; Roseana estava doente e se reelegeu já no 1.° turno com 1.005.755 votos (66,46% dos vv) contra 401.578 votos (26,54% dos vv) dados a Cafeteira, que tinha Clay Lago como candidata a vice. Em 3.° chegou o então vice-prefeito de São Luís, Domingos Dutra, do PT, com 97.536 votos (6,45% dos vv) e em 4.° lugar o candidato do PSTU que obteve 8.296 votos (0,55% dos vv).

Em 2002 o candidato do PFL, José Reinaldo Tavares venceu no primeiro turno com 1.076.893 votos (51,05% dos vv), seguido de Jackson Lago com 896.930 votos (42,52% dos vv), de Raimundo Monteiro, do PT, com 127.082 votos (6,03% dos vv) e Marcos Silva, do PSTU, com 8.391 votos (0,40% dos vv).

Nesta eleição o candidato do PSDB, Roberto Rocha, que chegou a ter 8% de intenção de votos, retirou a candidatura para apoiar Jackson 15 dias antes das eleições; e Ricardo Murad, do PSB, que pleiteava uma candidatura a governador pelo PSB, chegou a ter seu nome incluído na cédula eleitoral, tendo mais de 7% dos votos, mas o registro de sua candidatura foi impugnado pelo TSE pelos laços de parentesco com a ex-governadora Roseana Sarney, de quem Ricardo é cunhado.

Entre 2002 e 2006 aconteceu o mais grave rompimento dentro do grupo Sarney. O governador Zé Reinaldo Tavares e a então primeira-dama, Alexandra Tavares, não agüentando mais a intromissão da senadora Roseana no governo estadual, resolveram romper relações políticas com a família Sarney em Maio de 2004.

Dois anos depois Roseana se candidatou a governadora pelo PFL e foi a candidata que mais teve votos no 1.° turno daquelas eleições com 1.282.053 votos (47,21% dos vv), seguida de Jackson Lago, do PDT, com 933.089 votos (34,36% dos vv), do candidato do governador Zé Reinaldo, o ex-presidente do STJ, Edson Vidigal, do PSB, com o apoio do PT e do PC do B, que obteve 387.337 votos (14,26% dos vv), do tucano Aderson Lago com 93.351 votos (3,44% dos vv), de João Bentivi, do PRONA, com 11.987 votos (0,44% dos vv), de Saturnino Moreira, do PSOL, com 6.159 votos (0,23% dos vv) e de Antônio Aragão, do PSDC, com 1.534 votos (0,06% dos vv).

No segundo turno com o apoio público de Vidigal e de Aderson Lago, Jackson obteve 1.393.754 votos (51,82% dos vv) e venceu Roseana que obteve 1.295.754 votos (48,18% dos vv). Do 1.° para o 2.° turno Jackson agregou mais 460.665 votos, enquanto Roseana obteve apenas 13.701 votos a mais.

A tese da Frente de Libertação do Maranhão, união das oposições para derrotar o grupo Sarney, foi vitoriosa, pois Jackson no 2.° turno obteve 95,77% da soma de votos que Vidigal e Aderson obtiveram no 1.° turno daquelas eleições.

Eu fiz esta pesquisa histórica sobre o resultado das eleições diretas para governador do Maranhão desde 1965 para embasar a minha posição defendida anteontem no blog de que dificilmente Roseana Sarney será eleita no 1.° turno das eleições de 2010.

Nas últimas oito eleições diretas para governador foi registrada uma vitória acachapante, que foi a de Cafeteira em 1986 com 81% dos vv; duas vitórias folgadas: a de Luis Rocha em 1982, com 64% dos vv e a reeleição de Roseana em 1998, com 66% dos vv; duas vitórias apertadas: a de Sarney em 1965, com 53,63% dos vv e a de Zé Reinaldo Tavares em 2002 com 51,05% dos vv; duas vitórias com votação insuficiente para definir o vencedor no 1.°turno: a de Roseana em 1994 com 47,18% dos vv e outra vez de Roseana em 2006 com 47,21% dos vv; e uma derrota com Lobão em 1990 com 28,3% dos vv.

Levando-se em conta os números da Escutec publicados anteontem, tanto Jackson com 25,8%, como Flávio Dino com 16,8% das intenções de votos, têm muito espaço para crescerem.

Jackson teve 20,19% dos vv em 1994, quando não era conhecido no Estado; obteve 42,52% dos vv em 2002 com o apoio do PSDB; e teve 34,36% dos vv em 2006. Agora em 2010, depois de um governo de realizações e de ter sido vítima de um golpe judiciária engendrado por Sarney, não acredito que Jackson terá menos de 30 a 33% dos votos no primeiro turno das eleições 2010. Por maior que seja seu desgaste na capital, sua força eleitoral no interior, principalmente, na região tocantina e em Timon, Presidente Dutra e Pinheiro é muito grande.

A campanha eleitoral de Flávio Dino tem muitas possibilidades de crescer e suplantar a casa dos 20% de preferência popular. Não podemos esquecer que na disputa pela prefeitura da capital em 2008, Dino começou com apenas 4% das intenções de votos e deu uma canseira danada no experiente tucano João Castelo, que só venceu no 2.° turno graças ao trabalho de rua da militância jovem do PDT e do apoio do então governador Jackson Lago.

É lógico que a campanha de Roseana Sarney também pode crescer. Mas com a faca e o queijo na mão, a filha dileta de Sarney dá a nítida impressão que já bateu no teto. Afinal de contas ela pleiteia seu quarto mandato e o grupo liderado pelo pai domina o estado há 45 anos, com intervalo de apenas cinco anos, desde o rompimento de Zé Reinaldo em Maio de 2004 até a cassação de Jackson em Abril de 2009.

Será que seria radicalismo afirmar que o povo maranhense cansou do domínio de uma família que em quase meio século de poder trouxe muito pouco desenvolvimento para o Estado?

Somos campeões ou vice-campeões nacionais em quase todos os índices negativos que medem as péssimas condições de vida a que a maioria dos nossos seis milhões de habitantes está submetida!

Por isso acho que simplesmente o povo cansou da presença de um Sarney no comando do Maranhão.

Lobão envia carta ao Estadão e repudia matéria sobre Serra Pelada

Brasília, 26 de julho de 2010.

Senhor Diretor,

Repudio, por inverídicas e fantasiosas, as acusações e insinuações que contra mim são feitas nas reportagens que esse jornal publicou, de forma sensacionalista, em suas duas últimas edições (dias 25 e 26 de julho de 2010), a respeito do garimpo de Serra Pelada.

A partir da constatação de um fato óbvio – o meu apoio aos mais de 50 mil pobres garimpeiros (60% dos quais, maranhenses) abandonados à própria sorte desde o fechamento do garimpo de Serra Pelada – , o jornal faz ilações falsas e insinuações maldosas, com o objetivo claro de me atingir, justamente quando estou dedicado à campanha pela minha reeleição, na condição de candidato líder em todas as pesquisas.

Portanto, em nome da verdade, é preciso esclarecer que:

1 – No apoio à luta dos garimpeiros, assim como em toda a minha atividade de homem público, minha atuação foi sempre marcada pela legalidade, transparência e correção.

2 – É falso que eu tenha articulado operação para exercer qualquer tipo de controle sobre o garimpo ou, ainda, que tenha cabos eleitorais pagos por quem quer que seja. Também nada tenho a ver com empresas de fachada ou não, abertas no Brasil ou no exterior com esse objetivo.

3- A decisão de contratar a mineradora, com a qual não tenho a mínima relação, foi de inteira responsabilidade da Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), no exercício de sua autonomia, e ocorreu muito antes que eu fosse ministro. A portaria de concessão de lavra, emitida pelo Ministério de Minas e Energia, incluiu, por minha sugestão, um Termo de Compromisso para preservar os interesses dos garimpeiros frente à mineradora. O não cumprimento desse termo importará na cessação da eficácia da referida concessão. Em defesa dos direitos dos garimpeiros, e apenas deles, a esse ponto chegou-se.

4 – É igualmente falso que eu tenha atuado em bastidores. O que fiz foi às claras, para ajudar os garimpeiros que descobriram o ouro de Serra Pelada, na luta – antiga, e não recente – pelo direito de retomada da exploração do garimpo. A Vale, detentora dos direitos sobre a área, não precisou ser convencida por ninguém da importância da decisão de ceder a esses milhares de brasileiros uma área que não lhe fazia falta. A própria reportagem registra depoimento de dirigente da empresa demonstrando absoluto desinteresse pela exploração do ouro, atividade que, para ela, seria antieconômica.

5 – Foi a Justiça que determinou intervenção no garimpo, para apaziguar conflitos. Guilherme Ventura, mencionado na reportagem do dia 26, é coronel do Exército e cidadão de grande conceito por sua seriedade, e, por isso, foi nomeado pela própria Justiça, por um curto período, até a realização de eleições na cooperativa.

6 – Não tenho “grupo” nem “esquema” em Serra Pelada. O meu grupo são todos os garimpeiros que viveram o sonho da prosperidade com a descoberta do ouro e foram depois abandonados.

7 – Nesse processo, não defendo interesses de quem quer que seja, a não ser os dos próprios garimpeiros e suas famílias.

8 – Informo que, contra as inverdades das mencionadas reportagens, as quais foram largamente difundidas na Internet e em jornais a serviço de meus adversários políticos no Maranhão, estou analisando com minha assessoria as medidas a adotar em defesa da minha honra, de minha imagem política e do meu conceito de homem público e cidadão, violentamente agravados.

9 – Por fim, peço a publicação desses esclarecimentos.

Atenciosamente,

Senador Edison Lobão

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Jackson ironiza "cautela" do grupo Sarney na pesquisa Escutec divulgada ontem

Jackson Lago ironizou os números das pesquisas divulgados pelos veículos de comunicação da família Sarney, no domingo. Segundo a pesquisa, Jackson aparece em segundo lugar na disputa pelo comando do Estado, com 25,8% das intenções de voto nas eleições de outubro deste ano.

“Desta vez eles se excederam menos que há quatro anos, mas a população tá sentindo o que é a realidade. Pela pesquisa deles o quadro é muito melhor que há quatro anos, quando vencemos as eleições, mas as urnas vão mostrar o verdadeiro desejo do povo”, assinalou Lago.

 A pesquisa foi realizada pelo mesmo instituto que em 2006 apontava a então candidata do PFL, Roseana Sarney, como vencedora no primeiro turno.  Os números da Escutec da eleição anterior foram desmentidos nas urnas tanto no primeiro como no segundo turnos.

Para Jackson a situação de Roseana Sarney na corrida eleitoral deste ano não é de supremacia em relação aos outros candidatos. Principalmente a candidatura do pedetista é a que mais vem causando inquietação no comitê da filha do senador José Sarney (PMDB-AP).

“Eles têm mostrado o mesmo desespero da eleição anterior, quando a população manifestou seu repúdio à continuidade de uma oligarquia que tem massacrado o estado há décadas. Por onde tem passado a candidata tem dito que meus votos serão anulados. Não adianta você votarem no Jackson, tem dito ela”, citou o candidato ao governo pela coligação “O Povo é Maior”

Jackson mencionou como exemplo o município de Presidente Dutra, onde a candidata esteve na sexta-feira passada. Diante de uma platéia restrita, formada por cabos eleitorais remunerados, a governadora tentou incutir nas pessoas um pré-julgamento sobre a Lei da Ficha Limpa. A candidata do PMDB também responde a processo de impugnação junto à Justiça Eleitoral.

Se percebe que eles estão mais cautelosos que há quatros. A esta época eles diziam que eles tinham setenta e tantos por cento e eu tinha apenas dezoito. Agora eles baixaram para cinquenta e já me botam com mais de vinte”, comentou Jackson Lago após tomar conhecimento dos números.

Flávio Dino e Zé Reinaldo visitam Sítio Novo, Grajaú e Jenipapo dos Vieiras

Ao se reunir com lideranças políticas e empresariais de Sítio Novo, ontem de manhã, o candidato do PC do B, Flávio Dino reafirmou o seu compromisso com o desenvolvimento de todas as regiões do estado.

Durante o encontro, foi reivindicada a instalação de uma agência bancária na cidade – hoje os sítio-novenses contam apenas com o banco postal e por esta razão precisam se deslocar para municípios vizinhos onde realizam suas transações bancárias – e da melhoria das estradas que ligam Sítio Novo a outras cidades.

Flávio ouviu atentamente as reivindicações apresentadas e disse que sua candidatura tem compromisso com o desenvolvimento de todo o estado, sem distinção de região. “Quero transformar aquilo que é para muitos e está nas mãos de poucos para todos os maranhenses porque o Maranhão é de todos nós”, disse Dino.

Ele acrescentou, ainda, ser inadmissível que um estado tão rico tenha um povo tão pobre e conviva historicamente com problemas nas áreas da saúde educação, confirmados a partir de pesquisas que apontam o Maranhão com os piores indicadores sociais e econômicos da região.

O problema não é com o Maranhão, nem com seu povo, mas com o modelo político que aí está, que governa para poucos”, criticou. Flávio disse não ter dúvidas de que fará um grande governo, capaz de levar o Maranhão à condição de um estado grande e próspero para que todos possam ter orgulho de serem maranhenses.

As lideranças políticas locais foram unânimes em afirmar que a candidatura de Flávio representa, de fato, o novo para o estado. “Hoje é um dia feliz para o sítio-novense, que recebe o próximo governador do Maranhão”, disse Humberto, militante do PCdoB na cidade.

Durante a ida a Sítio Novo, Flávio e sua comitiva composta pelos candidatos ao Senado Zé Reinaldo e Adonilson e sua vice, Miosótis, fez questão de prestar uma última homenagem ao ex-prefeito da cidade, Mundico Nascimento, falecido na manhã deste domingo. Eles foram até o velório onde se solidarizaram com os familiares do ex-prefeito.

Flávio Dino participou também, em João Lisboa, do aniversário de 75 anos de Manoel da Conceição, um dos fundadores do PT no Maranhão. Na ocasião,fez questão de destacar a importância da luta política de Manoel da Conceição para o fortalecimento da classe trabalhadora no estado.





Zé Reinaldo e Flávio Dino conversam com um petista na abertura da Exposição Agropecuária de Grajaú


De João Lisboa, Flávio seguiu para Grajaú onde participou da abertura da Expoagra. O candidato da coligação Muda Maranhão percorreu todo o local da exposição, conversou com os participantes da festa e recebeu muitas manifestações de apoio. ‘“É um evento importante para o estado que gera emprego e renda”, disse.

Á tarde, a comitiva de Flávio fez caminhada em Jenipapo dos Vieiras.

domingo, 25 de julho de 2010

Escutec instala banheiros químicos quando não está fazendo pesquisas para Roseana

Recebi essa verdadeira preciosidade de um leitor do blog.

Além de fazer pesquisa de intenção de votos para o grupo Sarney, a Escutec faz uma hora extra instalando palcos e banheiros químicos pelo interior do Maranhão.

O contrato abaixo descrinibado foi feito entre a Prefeitura de Pinheiro e a Escutec no carnaval de 2010.

Como perguntou o leitor será que a Escutec também pesquisa bilaus pelo Maranhão afora?

Leia o comentário do leitor deste blog:

Olha a Escutec, que conheço...

EXTRATO DO CONTRATO DA CARTA CONVITE N º 001/2007 SEDEP

CONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Pinheiro CNPJ nº 06.200.745/000180

CONTRATADO: Escutec Comunicação AJF CNPJ Nº 03.878.821/000113

OBJETO:Locação de Palcos e Banheiros para o período de carnaval.

MODALIDADE DA LICITAÇÃO: Carta Convite nº 020/2007

VALOR: R$79.000,00 a ser pago em 3 parcelas de 40.000,00; 33.000,00; e 6.000,00.

DATA DA ASSINATURA: 24.01.2007.

VIGÊNCIA: 05 dias.


Acho que a Escutec estava pesquisando bilau, em Pinheiro

Ex-governador Zé Reinaldo avalia pesquisa da Escutec com cautela

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) pediu cautela quanto a análise sobre a pesquisa Escutec divulgada hoje pelo jornal "O Estado do Maranhão", de propriedade da família Sarney.

Zé Reinaldo lembra bem de 2006, quando os veículos de comunicação ligados à oligarquia Sarney anunciavam a eleição de Roseana no primeiro turno.

“Pesquisas encomendadas pela oligarquia devem ser vistas com atenção, porque, ao longo das eleições que eles fizeram parte, a manipulação de informações foi muito grande. Em 2006, essa mesma empresa que fez essa pesquisa colocou, a três ou quatro dias da eleição, Roseana ganhando no primeiro turno com 57% e ela terminou com 47% três dias depois. O Jackson ficou com 27% e ele terminou com 35% e o Vidigal com uma diferença de dois pontos a mais no resultado da eleição”, relembrou Zé Reinaldo.

Na pesquisa divulgada pelo jornal, elaborada pela Escutec, com consulta entre os últimos dias 19, 20,21 e 22, se as eleições fossem hoje, Roseana Sarney (PMDB) sairia com 50,4% dos votos. Em segundo lugar aparece Jackson Lago (PDT), com 25,8% e Flávio Dino (PCdoB) em terceiro, com 16,8%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TRE-MA e TSE, segundo o jornal.

Zé Reinaldo defendeu a necessidade de divulgação de informações isentas, sem manipulação, confrontando o real desejo do povo maranhense. “Essas pesquisas devem ser isentas para serem respeitadas. Nesse caso eu avalio o seguinte: jogaram a Roseana para cima, o Jackson, possivelmente, deixaram onde ele está, e botaram o Flávio para baixo, tentando induzir as pessoas de que ela ganharia no primeiro turno. Roseana nem ganha no primeiro turno e nem vence a eleição. Vai haver segundo turno e já vimos esse filme em 2006. Acredito que o Flávio está bem acima”, analisou o ex-governador.

O candidato frisou que essas pesquisas devem ser encaradas com cautela. Conforme disse, pela aceitação e experiência nesses dias de campanha, Dino está acima de 20% e o segundo turno é certo.

Estamos cansados de ver manipulação. Dessa vez eles foram mais modestos, porque diziam que venceriam no primeiro turno. Não dizem diretamente, querem induzir. O povo maranhense não quer continuar com esse tipo de governo que coloca o estado abaixo de todos os outros. O último exemplo agora foi o Enem [Exame nacional do ensino Médio], que o Maranhão perdeu cinco posições na classificação, saindo de 21º lugar para 27º neste último ano”, concluiu.

Mesmo sem ter sido ainda divulgada, Zé Reinaldo acredita que a pesquisa de intenção de votos para o Senado, prevista para ser divulgada nos próximos dias, também poderá vir com informações errôneas.

“Acredito que vão colocar Lobão na frente e eu de empate técnico com outro candidato, mas estamos confiantes e sabemos o que o povo quer”, afirmou

Jackson faz autocrítica pública em reunião com professores da capital

O candidato Jackson Lago (PDT) participou ontem de uma reunião de trabalhadores na educação com o candidato a deputado federal, Moacir Feitosa (PDT). A reunião aconteceu no auditório do Ícaro Recepções, no bairro Alemanha, em São Luís.

Durante seu discurso, Jackson reconheceu erros e falou de realizações e projetos de seu governo voltados para São Luís.  Disse que nos dois primeiros anos de seu governo se voltou para os graves problemas do interior do estado e se programou  para atuar mais fortemente  na ilha,  durante a segunda metade de seu mandato.

Iniciamos o PAC Rio Anil, o maior projeto social de São Luís, que vai beneficiar mais de 50 mil famílias, mais esse é um projeto que só vai aparecer quando estiver pronto”, observou.

Ele lembrou ainda que deixou dinheiro para construção dos viadutos da Forquilha e do Calhau;  construção de duas avenidas e recuperação de dezenas de bairros, mais o atual governo bloqueou o  dinheiro. O primeiro repasse foi de mais de R$ 70 milhões.




Jackson Lago fala em reunião com professores de São Luís



Numa autocrítica pública a seu governo, Jackson foi enfático: “Infelizmente não fomos  capazes de dizer a população aquilo que estávamos realizando”.

Jackson reiterou as críticas à decisão da justiça que resultou na cassação de seu mandato. Segundo ele, a cassação  foi  uma farsa arquitetada por seus adversários, diante do desespero de nunca mais voltarem ao poder.  
 
Ao se referir à educação, Jackson Lago lamentou  que o "massacre" promovido pela  mídia oposicionista e as disputas sindicais internas tenham impedido que os profissionais de educação conhecessem suas verdadeiras  intenções para com o setor.

Em 2 anos de governo entregamos 173 escolas, a gratificação do diretor de escola de nível médio passou de R$ 90,00  para  R$ 900,00 e a gratificação para o diretor de nível superior, passou de R$ 300,00 para R$ 1.300,00” , salientou.

No final de sua fala Jackson Lago externou seu sentimento com relação ao povo de São Luis e entregou sua eleição nas mãos do povo do Maranhão.

Quero me reencontrar com  minha gente da ilha rebelde; quero dedicar  todo tempo  que resta da minha vida a essa  à luta para diminuir o sofrimento do povo do nosso Estado e entrego o destino de  nossa eleição nas mãos de vocês”, finalizou sob aplausos de pé.

Jackson Lago estava acompanhado do candidato ao Senado, ex-ministro do STJ Edson Vidigal, que em seu discurso enalteceu o papel do professor como agente de transformação social e disse que a professora representa  uma segunda mãe ou mãe duas vezes.




Edson Vidigal também falou na reunião com professores de São Luís


O ex-ministro  aproveitou para  dizer que até agora os tribunais não julgaram os recursos que pedem a anulação da cassação do mandato de Jackson Lago mais que o grande julgamento popular está próximo, numa referencia à eleição do dia 3 de outubro.

Durante a reunião, vários professores manifestaram apoio à candidatura de Moacir Feitosa a deputado federal e Bebeto Teles, a deputado estadual.

Zé Reinaldo recebe apoio do sindicalista Aníbal Lins em Imperatriz

O presidente licenciado do Sindjus-MA, Aníbal Lins, candidato a deputado estadual pelo PC do B, declarou apoio à candudatura de José Reinaldo Tavares (PSB) ao Senado pelo Maranhão.

A adesão foi confirmada na noite de anteontem durante reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Imperatriz com servidores de Justiça de várias comarcas da região tocantina. Na ocasião, o ex-governador falou de suas propostas e compromissos como senador.





Zé Reinaldo sempre esteve com o Flávio e hoje, sem dúvida alguma, é uma opção extraordinária, benéfica para o nosso povo e para a política do nosso estado. Ele que tem como suplente uma companheira trabalhadora rural, a Socorro Nascimento, e o Sérgio Matos, do PPS”, disse Lins (foto acima) em apoio a Zé Reinaldo.

O ex-governador falou do caos vivido pela política no Maranhão, citando as propagandas do atual governo. “É uma propaganda que não acaba, fantástica, produzida pelo Duda Mendonça. A propaganda ficou tão bonita que todo mundo queria viver nela, porque fora dela não tem nada. Atualmente a educação, a saúde, a segurança, tudo está abandonado”, criticou.

Em relação à construção de hospitais, Tavares lembrou que até agora apenas um foi entregue, mas logo parou o atendimento por falta de estrutura material e pessoal.

Zé Reinaldo homenagea Mané da Conceição

O líder camponês Manoel da Conceição, uma das maiores expressões em defesa na reforma agrária do Brasil, completou ontem 75 anos e recebeu homenagens dos candidatos da coligação "Muda Maranhão".

As demonstrações de carinho ao homem que ajudou a construir PT aconteceram durante um almoço comemorativo no Centro de Estudos de Trabalhador Rural (Centru), na cidade de João Lisboa.

O ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares (PSB), esteve junto com Flávio Dino (PCdoB), visitando o aniversariante e disse ser admirador da segurança e determinação de Manoel.

Manoel Conceição Santos, o Mané, como prefere ser tratado, foi lembrado por ser fonte de inspiração da luta dos trabalhadores rurais do país, pelo seu empenho em ajudar a construir um dos maiores partidos de esquerda do Brasil e, também, por incentivar o movimento de resistência contra a ditadura.

Falar de Manoel da Conceição emociona. Ele começou essa luta gigantesca e só nos cabe homenageá-lo. Estive na greve de fome, que comoveu todos nós e vi sua segurança e determinação. Um homem entregue completamente a uma luta, uma ideologia. Ele luta e sabe que é difícil porque sofreu com ela. É esse homem incomparável, essa legenda que temos que homenagear”, disse Zé Reinaldo ao aniversariante.

O ex-governador do estado assumiu um compromisso com Manoel da Conceição se eleito Senador pelo Maranhão. “Se tiver recebido a vontade do povo do Maranhão, continuaremos esta luta para reduzir os níveis de pobreza do nosso estado. Todos que querem essa mudança temos o Manoel como símbolo, amigo, conselheiro e patrono”, disse Zé Reinaldo.

Emocionado, Manoel da Conceição citou a importância de manter-se engajado nos movimentos de melhorias sociais.

Quem entra em uma guerra tem que permanecer firme. Nós temos a missão de despertar quem ainda não despertou, disso depende a libertação de todos nós. É preciso que desde criança já se saiba que existe essa luta de libertação”, destacou Mané.

Apesar da idade e limitações físicas, Manoel disse que não pretende abandonar tão cedo seus ideais. “Quero continuar andando junto nessa guerra e luta que ainda existe. Já chega de ver tudo se destruir e não fazermos nada”, afirmou.

Atualmente Mané mora no oeste do Maranhão, em Imperatriz. Ele coordena a organização o Centru, fundada em 1985. O espaço é destinado a realização de encontros e seminários de trabalhadores rurais situado no município de João Lisboa.

Lobão e aliados montam esquema para ter domínio sobre Serra Pelada

Na postagem anterior por engano só publquei uma parte da matéria do Estadão de hoje que investiga a atuação do ex-ministro Édison Lobão na tentativa de reabrir o garimpo de Serra Pelada e entregar a exploração do ouro para uma empresa mineradora canadense, a Colossus.

Leia agpra a outra matéria de autoria dos jornalistas Leonêncio Nossa e Rodrigo Rangel, de o "Estado de S.Paulo":


"Projeto de retomada da exploração do garimpo ganhou força quando senador esteve no comando do Ministério de Minas e Energia, e envolve um emaranhado de empresas abertas no Brasil e no Canadá, além de pagamentos suspeitos a cabos eleitorais

Uma operação articulada pelo senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão está por trás do projeto de retomada da exploração de ouro no lendário garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará.

A operação envolve pagamentos suspeitos a cabos eleitorais de Lobão e um emaranhado de empresas - algumas de fachada - abertas no Brasil e no Canadá.

O projeto de retomada da exploração do garimpo ganhou força quando Lobão esteve no comando do ministério, de janeiro de 2008 a março deste ano.

Com aval do governo, a exploração será feita pela Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, empresa criada a partir de um contrato entre a desconhecida Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, no Canadá, e a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que reúne 40 mil garimpeiros e detém os direitos sobre a mina.

Este ano, por duas vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a programar visita a Serra Pelada para anunciar a reabertura do garimpo. Mas as duas viagens foram canceladas de última hora.

Nas palavras de um auxiliar do presidente, a desistência se deu porque o Planalto avaliou que o acordo com a Colossus é prejudicial aos garimpeiros. "Os leões querem ficar com todo o ouro", disse o assessor.

Por ordem da presidência, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o ministério tiveram de firmar um termo de compromisso com a Colossus em que a empresa canadense se compromete a ajustar cláusulas do contrato com potencial de prejuízo aos garimpeiros. Até o fechamento desta edição nada havia mudado.

Como senador e depois como ministro, Lobão atuou pessoalmente em várias frentes, dentro e fora do governo, para possibilitar o negócio. Primeiro, operou para formalizar a Coomigasp como proprietária do garimpo.

Nos bastidores, ainda em 2007, como senador, Lobão atuou para conseguir que o governo federal convencesse a Vale, até então detentora da mina, a transferir à cooperativa seus direitos de exploração de ouro e outros metais nobres em Serra Pelada.

A Vale submeteu a proposta a seu conselho de administração, que concordou em atender ao pedido de Brasília e, em fevereiro de 2007 assinou um "termo de anuência" repassando à cooperativa dos garimpeiros o direito de explorar a mina principal.

No ano passado, já com Lobão ministro, o governo fez nova gestão em favor do negócio e obteve da Vale os direitos sobre mais 700 hectares de Serra Pelada.

Ao Estado, o secretário de Geologia e Mineração, Claudio Scliar, que elogia o desempenho de Lobão na condução da reabertura de Serra Pelada, admitiu ser amigo de geólogos brasileiros que integram o comando da Colossus, como Pérsio Mandetta, Darci Lindenmeyer e Augusto Kishida. "O Darci chegou a ser meu chefe no passado", diz.

Controle

Garantido formalmente o direito da Coomigasp de operar no garimpo, Lobão lançou outra ofensiva. Desta vez, para tomar o controle da cooperativa. Num processo conturbado, marcado por ações judiciais e violência, garimpeiros do Maranhão ligados ao ex-ministro conseguiram assumir a Coomigasp.

É justamente nessa época que surge a Colossus. A proposta de contrato com a empresa foi aprovada a toque de caixa pelos associados da cooperativa. Pelo acerto, a Colossus entra com capital e tecnologia e a cooperativa cede seus direitos sobre a mina.

Pesquisas autorizadas pelo DNPM indicam haver pelo menos 20 toneladas de ouro no subsolo de Serra Pelada. Geólogos com acesso às sondagens mais recentes afirmam, porém, que a quantidade pode passar de 50 toneladas.

O potencial de sucesso da mina é a principal razão da trama. Um ex-funcionário do gabinete de Lobão no Senado encarregou-se de articular e defender o contrato com a Colossus. Antonio Duarte, que se apresenta como assessor do ex-ministro, chegou a criar uma entidade, a Associação Nacional dos Garimpeiros de Serra Pelada (Agasp-Brasil), para funcionar como linha auxiliar da Coomigasp na defesa do consórcio.

No escritório em Brasília que serve como sede da Agasp e sucursal da Coomigasp, fotos de Lobão na parede evidenciam a relação de proximidade entre o ex-ministro e os encarregados de tocar o negócio com a empresa canadense.

"Quem é contra esse projeto é contra os garimpeiros", diz Raimundo Nonato Ramalho, de 77 anos, vice-presidente da Agasp, apontando para um dos quadros de Lobão. "Esse aí é o nosso patrono, o melhor ministro de Minas e Energia que o Brasil já teve porque conseguiu reabrir Serra Pelada."

Antônio Duarte, o presidente da associação, não é o único egresso do Senado. Na joint venture surgida da associação da Colossus com a Coomigasp, há outro ex-funcionário da Casa, o advogado Jairo Oliveira Leite. Também ligado a Lobão, Leite representa a cooperativa de garimpeiros na direção da companhia.

Além de facilitar o negócio a partir do cargo, o ex-ministro e candidato à reeleição ao Senado chegou a participar pessoalmente das articulações em torno do negócio. O Estado teve acesso a um vídeo que mostra Lobão, no ministério, reunido com representantes da Colossus e da Coomigasp para tratar da parceria.

Lama

Apesar do discurso de que o consórcio com a Colossus traria bons resultados, o texto inicial do contrato firmado entre a cooperativa e a empresa canadense já indicava prejuízo para os garimpeiros: eles ficam, literalmente, com a lama da mina e com uma fatia menor do lucro.

A Colossus já entrou na sociedade com 51% de participação na nova empresa. A Coomigasp ficou com 49%. Pouco depois, sempre com a anuência dos diretores da cooperativa ligados a Lobão, a Colossus conseguiu ampliar sua participação para 75%."

Edison Lobão quer entregar a exploração de ouro em Serra Pelada para mineradora canadense

A manchete principal da capa do jornal "Estado de São Paulo", de hoje é: "Lobão montou esquema para reabrir e explorar Serra Pelada".

O ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, atual senador que postula a reeleição pelo PMDB do Maranhão, sempre foi defensor do capital estrangeiro no Brasil.

Sua postura política como jornalista, na Câmara Federal e no Senado sempre foi contra os interesses nacionais e na defesa da maior liberdade de ação do capital estrangeiro no país.

Agora Lobão se superou ao pretender entregar a exploração das 50 toneladas de ouro que ainda restam no garimpo de Serra Pelada para uma empresa multinacional canadense, de nome "Colossus".

Matéria assinada pelos jornalistas Leonencio Nossa e Rodrigo Rangel afirma que uma operação articulada por Lobão está por trás do projeto de retomada da exploração de ouro no lendário garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará.




A operação envolve pagamentos suspeitos a cabos eleitorais de Lobão (veja à esquerda cópia da capa da edição de hoje do jornal "O Estado de São Paulo", com a manchete principal com Lobão) e um emaranhado de empresas - algumas de fachada - abertas no Brasil e no Canadá.





Leiam a matéria do Estadão:

"O projeto de retomada da exploração do garimpo ganhou força quando Lobão esteve no comando do ministério, de janeiro de 2008 a março deste ano. Com aval do governo, a exploração será feita pela Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, empresa criada a partir de um contrato entre a desconhecida Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, no Canadá, e a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que reúne 40 mil garimpeiros e detém os direitos sobre a mina.

Este ano, por duas vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a programar visita a Serra Pelada para anunciar a reabertura do garimpo. Mas as duas viagens foram canceladas de última hora. Nas palavras de um auxiliar do presidente, a desistência se deu porque o Planalto avaliou que o acordo com a Colossus é prejudicial aos garimpeiros. "Os leões querem ficar com todo o ouro", disse o assessor.

Por ordem da Presidência, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o ministério tiveram de firmar um termo de compromisso com a Colossus em que a empresa canadense se compromete a ajustar cláusulas do contrato com potencial de prejuízo aos garimpeiros. Até o fechamento desta edição nada havia mudado.

Como senador e depois como ministro, Lobão atuou pessoalmente em várias frentes, dentro e fora do governo, para possibilitar o negócio. Primeiro, operou para formalizar a Coomigasp como proprietária do garimpo.

Nos bastidores, ainda em 2007, como senador, Lobão atuou para conseguir que o governo federal convencesse a Vale, até então detentora da mina, a transferir à cooperativa seus direitos de exploração de ouro e outros metais nobres em Serra Pelada. A Vale submeteu a proposta a seu conselho de administração, que concordou em atender ao pedido de Brasília e, em fevereiro de 2007 assinou um "termo de anuência" repassando à cooperativa dos garimpeiros o direito de explorar a mina principal.

No ano passado, já com Lobão ministro, o governo fez nova gestão em favor do negócio e obteve da Vale os direitos sobre mais 700 hectares de Serra Pelada.

Ao Estado, o secretário de Geologia e Mineração, Claudio Scliar, que elogia o desempenho de Lobão na condução da reabertura de Serra Pelada, admitiu ser amigo de geólogos brasileiros que integram o comando da Colossus, como Pérsio Mandetta, Darci Lindenmeyer e Augusto Kishida. "O Darci chegou a ser meu chefe no passado", diz.

Garantido formalmente o direito da Coomigasp de operar no garimpo, Lobão lançou outra ofensiva. Desta vez, para tomar o controle da cooperativa. Num processo conturbado, marcado por ações judiciais e violência, garimpeiros do Maranhão ligados ao ex-ministro conseguiram assumir a Coomigasp.

É justamente nessa época que surge a Colossus. A proposta de contrato com a empresa foi aprovada a toque de caixa pelos associados da cooperativa. Pelo acerto, a Colossus entra com capital e tecnologia e a cooperativa cede seus direitos sobre a mina. Pesquisas autorizadas pelo DNPM indicam haver pelo menos 20 toneladas de ouro no subsolo de Serra Pelada. Geólogos com acesso às sondagens mais recentes afirmam, porém, que a quantidade pode passar de 50 toneladas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."


sábado, 24 de julho de 2010

Jackson irá a Dom Pedro amanha e receberá lideranças políticas e comunitárias na segunda-feira

Conheça a agenda do candidatoa governdor do PDT para os próximos dois dias:

(DOMINGO 25/07)

16h - Participa da inauguração do comitê de campanha da candidata a Deputada Estadual Graça Paz (PDT) na cidade de Dom Pedro e se reúne com lideranças de 10 municípios da região.

(SEGUNDA 26/07)

16h - Atende lideranças dos municípios de Grajaú e Parnarama, na sede do comitê de campanha em São Luís.

17h - Recebe lideranças do município de Pedro do Rosário.

18h - Se reúne com lideranças da área Itaqui-Bacanga.

Zé Reinaldo recebe apoios na região tocantina

O ex-governador Zé Reinaldo (PSB) recebeu apoios importantes na região tocantina.

A candidata a deputada federal, Terezinha Fernandes (PT), o caracterizou como peça fundamental para mudança política no estado. “Zé Reinaldo é um símbolo que representa um marco na política do Maranhão por ter rompido com aqueles que atrasaram o estado. Ele teve coragem, força e discernimento, motivo pelo qual levantamos sua bandeira de luta. Foi ele que nos renovou as esperanças e é fundamental que seja eleito senador”, opinou.

Terezinha acrescentou ainda a grande aceitação de Tavares pelo Maranhão. “Por isso convido a todos para vestirem a camisa, pois será um senador do povo maranhense que lutará por nós no Senado”, disse concluindo a fala.

Em Montes Altos, Zé Reinaldo foi lembrado por sua coragem de romper com o atraso e desejo de mudança na história do estado. A reunião foi organizada pelo ex-candidato a prefeito do município, Edilson Brito (PSB).

Brito lembrou ser este um momento essencial para mudança e esperança dos maranhenses. “É o momento que os candidatos estão se apresentando para a base da campanha, que é a população. Com certeza Montes Altos estará engajada na campanha de Zé Reinaldo e Flávio Dino”, comentou.

Ele alertou ainda a população para não se impressionar com pesquisas de intenção de votos divulgadas nesse início de campanha. “São fictícias, pois se realmente fosse feita uma consulta popular, no corpo a corpo, Flávio Dino estaria ainda mais destacado, contradizendo o que já foi divulgado”, disse.


O ex-governador do estado, Zé Reinaldo, disse estar feliz pelo retorno a Montes Altos, agradecendo também pelo apoio de Edilson Brito. “O Maranhão está no momento de romper com o passado que tanto atrasa o estado”, disse.

Além desses, estavam presentes o candidato a governador, Flávio Dino, e sua vice Miosótis Lúcio, bem como Rose Barros, candidata a deputada estadual (PCdoB), Adonilson Lima e Miramar Fernandes, candidato a deputado federal (PCdoB), além do ex-vereador e líder comunitário Corimã, Nice, vice-presidente do PT local, o vice-prefeito Nil Gomes e o candidato a deputado estadual Aníbal Lins.


Várias lideranças políticas destacaram a importância da eleição de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Estado. O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Tavares, disse sentir-se honrado por fazer parte do movimento de mudança no estado. “Todos vamos fazer Flávio Dino o próximo governador por um processo que vem do povo, da base, e demonstra um caráter legítimo e transformador. É nesse momento de mudança que elegeremos Flávio governador e os nossos senadores, Zé Reinaldo e professor Adonilson”, sentenciou.

A candidata a deputado federal pelo PSB, Alexandra Tavares, lembrou a luta de Zé Reinaldo contra a oligarquia, bem como por sua determinação em mostrar que outro candidato, além de Roseana, poderá ser eleito governador. “O povo está contra a família Sarney, por retirarem a liberdade de votação. O grupo vai perder seu posto e teremos uma eleição vitoriosa”, acredita.

Toda solidariedade ao jornalista Itevaldo Júnior

Sobre todos os aspectos a censura ao blog d0 jornalista Itevaldo Junior, 37, remete o Maranhão aos tempos da Idade Média onde só as idéias aceitas pela Igreja Católica escapavam da sanha da Santa Inquisição.

É certo que hoje não temos mais mortes na fogueira ou torturas bárbaras para se confessar os delitos, mas a decisão do juiz Alexandre Lopes de Abreu, diretor do Fórum José Sarney e titular da 6.ª Vara Cível de censurar o blog de Itevaldo, nivela o Maranhão ao Haiti e Serra Leoa, republiquetas da América Latina e da África onde os direitos humanos e a liberdade de imprensa são desconhecidas.

O juiz Nemias Carvalho em 31 de Julho de 1995 mandou revogar o pedido de prisão contra Leir Coelho do Vale, acusada de homicídio e estava foragida.

No ano seguinte, em 1996, o juiz e Leir fecharam um negócio excelente para Carvalho. Ele adquiriu de Leir uma fazenda com 101,19 hectares pelo preço de R$ 5.000,00, numa área disputada por criadores de gado.

Segundo corretores imobiliários da região um hectare de terra custa entre R$ 2 a R$ 4 mil. Itevaldo apenas descreveu em seu blog a estranhíssima negociação de pai para filha, ou melhor, de ré para juiz.

Detalhe final da corajosa matéria de Itevaldo: o processo contra Leir continua paralisado até hoje hibernando em alguma gaveta empoeirada da justiça maranhense.

Minha total solidariedade ao jornalista Itevaldo Júnior e só não publiquei antes esta matéria porque não me senti muito bem ontem à noite depois de uma sessão de hemodiálise.

Jackson faz grande carreata em Pedreiras e no Médio Mearin

O candidato Jackson Lago (PDT), foi recebido com grande entusiasmo na região do Médio Mearim. Por onde passou recebeu apoio da população e de lideranças políticas. A visita a cinco municípios da região teve início ontem pela manhã na cidade de Pedreiras, terra onde Jackson nasceu no bairro dos Engenhos.

A programação se estendeu por quatro outros municípios: Trizidela do Vale, Bernardo do Mearim, Igarapé do Meio e Lima Campos.

Ficou clara a diferença entre o governo de Jackson Lago e o do grupo Sarney que há anos manda no Maranhão e durante seis anos mandou no Brasil”, desabafou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Joselândia, João Firmino da Silva, o João Mundoca.

Mundoca participou do grupo de pessoas que recepcionou o candidato em São Raimundo, no povoado Pacas, exatamente onde foi interrompida a construção da estrada ligando Pedreiras a Joselândia.

Jackson chegou a São Raimundo acompanhado pelos candidatos ao Senado, Edison Vidigal e Roberto Rocha, ambos do PSDB; da deputada estadual Graça Paz (PDT), do deputado federal Carlos Brandão (PSDB) e do candidato a deputado federal Simplício Araújo (PPS), além de dezenas de lideranças políticas regionais como Paulo Maratá, Marcílio Lira, Tavinho, Kariadne, entre outros.

Jackson Lago falou sobre a interrupção das obras de pavimentação da estrada de Pedreiras a Joselândia. Iniciada na sua gestão e suspensa desde que foi afastado do governo, a rodovia estadual com 56 KM de extensão foi anunciada como parte do plano rodoviário do atual governo.

Prometida para ser entregue em novembro do ano passado, somente esta semana máquinas iniciaram os trabalhos de raspagem no local.

“As coisas começavam a se organizar no Estado quando veio o golpe que desrespeitou a vontade da população. Estávamos reorganizando economicamente o Estado a partir da sua divisão em 32 regiões de desenvolvimento”
, assinalou Jackson ao grupo presente em São Raimundo, sob a sombra de uma amendoeira empoeirada, à margem da estrada de barro.

Entre as prioridades para o Médio Mearim do governo Jackson estava e ainda permanece como plano de governo a construção de um Hospital Socorrão em Pedreiras para atender a população da região. Fazia parte dos cinco Socorrões que seriam instalados em pontos estratégicos para atender todo o Estado.

Na gestão do pedetista foram repassados ao município de Pedreiras mais de R$ 15 milhões para serem aplicados exclusivamente na área da saúde, entre os anos de 2007 e 2008.

Minha Casa

No Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Trizidela do Vale, Jackson ratificou seu comprometimento na valorização da agricultura familiar. O presidente do sindicato, João Ferreira, observou que a representação dos trabalhadores teve espaço no governo do pedetista a partir da indicação do secretário de Agricultura: o líder sindical e deputado estadual Domingos Paz (PSB).

Com mais de 4 mil filiados, o sindicato foi o principal apoio aos moradores do município que tiveram suas casas destruídas pelas enchentes em 2009. Cerca de mil casas dos bairros Baixada, Jerusalém e Centro desabaram com a enchente do Mearim. Até hoje eles aguardam a ajuda prometida do governo federal.

Em Pedreiras, Jackson iniciou a segunda etapa do seu itinerário de campanha eleitoral. Moradores como Maria da Conceição Costa, do bairro Aeroporto, alimentam esperança de participar do programa Minha Casa, Minha Vida. “Eles estão construindo umas casas que prometem entregar até outubro. Mas a prefeitura inscreveu somente aqueles que ela mesma escolheu”, reclama Conceição Costa.

Há dois meses sem luz em casa, a lavradora disse que outros moradores de Trizidela do Vale reclamam da CEMAR. “Eles dizem que meu consumo é alto. Só tenho uma geladeira e uma televisão. Nem aparelho de som eu tenho”, relata. Segundo ela a média da conta tem sido em torno de R$ 60,00. “Esses programas de ajuda aos pobres só existem na televisão. Lá em casa nem água tem. Estão prometendo agora, no tempo das eleições”, conclui.

Carreata recorde

A visita ao Médio Mearim culminou com a maior carreata já realizada até o momento na região. Mais de cem veículos, entre motos e carros, iniciaram a passeata em Igarapé Grande no meio da tarde de sexta-feira, num percurso de cerca de 30 quilômetros. O ex-prefeito do município, Breado, e várias lideranças igarapegrandenses recepcionaram na entrada da cidade o candidato Jackson Lago e comitiva. Em frente ao mercado público municipal, Jackson discursou para o público formado na maioria por jovens.


“Eles cassaram meu mandato porque não aceitaram um governo que tivesse participação popular. Mas, se vocês desejarem retornarei ao comando do Estado para promovermos as transformações que iniciamos no curto período que estivemos no governo”
, destacou Jackson.



Acima o carro que liderou a carreata com a deputada Graça Paz, o candidato a deputado federal Simplício Araújo, Jackson Lago, Edson Vidigal e Roberto Rocha. Abaixo centenas de motos participaram da carreata de Jackson.




A carreata passou por dois outros municípios antes de chegar a Pedreiras. Em Bernardo do Mearim ganhou a adesão do ex-candidato a prefeito Wanderson Castro, e dos vereadores Nilza, Isaac Pereira, Flávio, além de várias lideranças comunitárias. Na medida em que trafegava pelas estradas e cidades do Médio Mearim a carreata de Jackson foi crescendo e quando chegou a Pedreiras já eram mais de 500 carros e motocicletas, além de centenas de bicicletas.



No retorno a Pedreiras outros candidatos se integraram à comitiva. No clube W10, no centro da cidade, Jackson Lago participou do lançamento da candidatura de Simplício Araújo (foto acima), empresário pedreirense defensor da renovação política no Estado.

O último compromisso do candidato foi em Lima Campos. Já ontem à noite Jackson foi recebido por um grande número de jovens que o aguardavam no Clube Forró do Dó. Superando desavenças e ranços políticos, o candidato ao governo pela coligação “O Povo é Maior”, ressaltou a parceria com as prefeituras que pretendeu estabelecer em seu governo. O deputado federal Julião Amim (PDT) esteve na reunião que teve grande participação popular.




Jackson encerrou a programação de ontem participando de uma reunião à noite em Lima Campos


“Não enxerguei cores partidárias naqueles que me buscaram para contribuir, para ajudar a retirar a população do atraso a que estão condenadas há quase meio século. Essa é minha proposta de governo, uma proposta de Estado democrático e de direito dos todos os cidadãos”, resumiu Jackson Lago.

Gallup e Datafolha publicam números díspares para as eleições presidenciais

Os institutos Gallup e Datafolha publicaram duas pesquisas de intenção de votos para presidente do Brasil num intervalo não superior a 48 horas.

Os resultados foram muito diferentes: enquanto no Gallup a candidata do PT abriu uma vantagem de oito pontos percenruais (41% a 33%)sobre o tucano, a pesquisa Datafolha indica empate técnico (37% a 36%) com Dilma na frente com 1% de vantagem sobre Serra.

O blog publica a seguir duas análises distintas sobre as pesquisas. Uma foi escrita hoje pelo jornalista Ricardo Kotscho em seu blog "Balaio do Kotscho". Ele tem mais de 46 anos de jornalismo, passou por todos grandes jornais, revistas e redes de tv brasileiras e durante algum tempo (2003/2004) foi assessor de imprensa do presidente Lula.

O segundo texto é do professor de História Marco Antônio Villa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSC/SP) e foi publicado hoje em seu blog.

Leia agora a matéria de Ricardo Kotscho:

"Datafolha X Vox: que se passa?

É normal que dois institutos de pesquisa apresentem resultados diferentes, mesmo que os levantamentos tenham sido feitos na mesma semana. Estranho é quando apresentam resultados absolutamente iguais, tanto no primeiro como no segundo turno, como aconteceu recentemente com os empates apontados por Datafolha e Ibope.

Mas os mais recentes levantamentos divulgados na sexta-feira pelo Vox Populi (pesquisa encomendada por TV Bandeirantes e iG), e neste sábado pelo Datafolha, nos mostram números tão díspares que a gente começa a se perguntar o que estará acontecendo com os institutos na campanha presidencial deste ano. Tem alguma coisa errada.

Fora de qualquer margem de erro nas duas pesquisas, a diferença somada chega a 9 pontos, como podemos observar nos números apresentados:

Vox Populi: Dilma 41 X Serra 33 (margem de errro de 1,8 ponto)

Datafolha: Serra 37 X Dilma 36 (margem de erro de 2 pontos)

Ou seja: no Vox Populi, a diferença é de 8 pontos a favor de Dilma; no Datafolha, Serra aparece um ponto à frente, o chamado empate técnico. Pelos números do Vox, Dilma estaria a um passo de levar a eleição no primeiro turno.



Que se passa? (foto de Ricardo Koscho à esquerda) O principal motivo sempre apontado quando aparecem números tão conflitantes é a diferença na metodologia utilizada pelos dois institutos. Acontece que, tanto Vox Populi como Datafolha, não mudaram suas metodologias, são as mesmas de sempre.

Enquanto o Datafolha faz seus levantamentos em lugares públicos de grande movimento, entrevistando aleatoriamente os transeuntes, o Vox vai às casas das pessoas, tanto nas áreas urbanas como nas rurais.

Pode residir aí o diferencial: ninguém vai mandar um pesquisador para o meio do mato onde não há circulação de pessoas. Nos pequenos municípios, que eu conheço bem, só há maior movimento nas áreas urbanas nos finais de semana, em dias de feira _ e os dois levantamentos foram feitos em dias úteis.

Mesmo assim, desta vez ficou muito grande o abismo que separa os dois institutos. Descarto a conclusão simplista feita por muitas pessoas de que um é pró-Serra e o outro pró-Dilma, até porque o faturamento destas empresas e a sua sobrevivência dependem basicamente da sua credibilidade.

Minha mulher, a pesquisadora Mara Kotscho, foi uma das fundadoras do Datafolha e eu fui testemunha da seriedade dos profissionais deste instituto nos muitos anos em que trabalhei no jornal. De outro lado, tenho o maior respeito por Marcos Coimbra, o responsável pelo Vox Populi. Daí a minha estranheza com estes últimos resultados.

Fora estes levantamentos que vêm a público, as campanhas dos principais candidatos dispõem de pesquisas constantes, o chamado “trakking”, com um acompanhamento quase diário das oscilações dos números. Os candidatos e seus marqueteiros sempre sabem antes do que nós o que está mudando nos gráficos de intenções de voto. Por isso, eles mudam suas estratégias de acordo com o humor dos eleitores.

Foi o que aconteceu nos últimos dias, quando o candidato da oposição demo-tucana abandonou sua versão ”Serrinha Paz e Amor”, enaltecendo Lula quando vai ao Nordeste, onde ele é mais fraco, e batendo de leve no governo e na sua candidata quando vai ao Sul, seu principal reduto eleitoral.

A partir da desastrada entrevista do vice Indio da Costa no último final de semana, em que associou o governo e o PT às Farc e ao narcotráfico, Serra se viu na obrigação de defendê-lo e também partir para o ataque, saindo dos cuidados recomendados por seus marqueteiros para não bater de frente com a popularidade do presidente Lula.

Neste ponto, pelo menos, o Vox Populi e o Datafolha estão de acordo. Lula mantém 78% de aprovação no Vox, com apenas 3% de ruim e péssimo, e 77% no Datafolha, que dá 4% de ruim e péssimo. Na pesquisa espontânea do Datafolha, Lula ainda aparece com 4% das intenções de voto, “candidato do Lula” com 3 e “candidato do PT com 1 _ números que tendem a ser incorporados aos 21% de Dilma (contra 16% de Serra).

Também com seus números nas mãos, Dilma Roussef fez o caminho inverso: baixou a bola, viajou menos e colocou a campanha em banho maria, preparando-se para os próximos embates na televisão. Para ela, ao que parece, quanto menos marola, a esta altura da disputa, melhor.

Nos dois institutos, Dilma aparece na frente tanto na pesquisa espontânea como na projeção para o segundo turno, e com a menor rejeição (Serra tem 26% e, Dilma, 19%) _ três importantes fatores que pesam na balança a seu favor. Marina Silva, a terceira via, continua praticamente no mesmo lugar, desde que lançou a sua candidatura no ano passado: tem 8% no Vox e 10% no Datafolha. Os nanicos não passam de 2%.

Agora, só nos resta esperar pelo próximo Ibope para, quem sabe, desempatar esta guerra de números, a apenas nove semanas das eleições. Na opinião dos caros leitores, quem está certo: o Vox Populi ou o Datafolha?"

Leia agora o comentário de Marco Antônio Villa publicado hoje em seu blog:

"Pesquisa de Hoje

O Datafolha divulgou mais uma pesquisa. Serra ganha no primeiro turno mas perde no segundo. Todos os resultados por uma margem exígua. Isto reforça a tese de que teremos a eleição presidencial mais disputada da nossa história (e a mais violenta). Serra vence em SP e MG (em SP por 14 pontos - 44 a 30; em Minas por 3 pontos - 38 a 35). Perde no Rio por 6 pontos (31 a 37). No Rio Grande, parecido com São Paulo, vence por 12 pontos (46 a 34). Na Bahia perde por 11 pontos (43 a 32). O resultado em Pernambuco é muito ruim: perde de 46 a 27.




O candidato de Aécio vai muito mal em Minas: perde para Hélio Costa de 44 a 18 (diversamente de Alckim que ganha fácil de Mercadante: 47 a 16). (foto de Marco Antônio Villa à esquerda) O sinal está amarelo para Aécio. Vai precisar arregaçar as mangas para levar, primeiro, o seu candidato ao segundo turno. Ou seja, até o momento fracassou a política que desenvolveu durante 7 anos de aproximação com Lula.

O presidente chegou até a insinuar que Aécio poderia ser o seu candidato. Ainda está em tempo de Aécio não fazer o papel de Ciro Gomes, que tomou o maior passa-moleque da história republicana brasileira. Seria muito ruim para Aécio ser o Ciro Gomes do dia seguinte.

Jackson recebe consagração popular em carreata em Pedreiras.

Leiam postagem do blog do Elcinho, de Pedreiras, sobre a visita de Jackson Lago a sua cidade natal ontem.

Acompanhem o texto do blog do Elcinho:

"FOI UMA GRANDE FESTA POPULAR A VISITA DE JACKSON LAGO A SUA TERRA NATAL. O QUE SE VIA POR TODO O PERCURSO DA CARREATA ERAM PESSOAS APLAUDINDO E ACENANDO CALOROSAMENTE O CANDIDATO DO PDT. ALIADOS DE JACKSON QUE VIERAM DE SÃO LUIS E DE OUTRAS CIDADES, FICARAM IMPRESSIONADOS COM A MANIFESTAÇÃO DO POVO.



A carreata de Jackson ontem começou em Igarapé Grande e terminou em Pedreiras com mais de 500 automóveis, motos e bicicletas

"O QUE FIZERAM COM O VELHINHO FOI UMA TREMENDA COVARDIA, ESTOU ESPERANDO ESSA CAMPANHA A MESES E VOU LAVAR A ALMA", DISSE UM ENTUSIASMADO TRIZIDELENSE CHAMADO ODAIAS.

ALÉM DE PEDREIRAS E TRIZIDELA DO VALE, O PEDETISTA TAMBÉM ESTEVE NOS MUNICÍPIOS DE BERNARDO DO MEARIM E IGARAPÉ GRANDE E EM AMBAS CIDADES JACKSON FOI RECEBIDO COM MUITA EUFORIA."

A eleição para governador do Maranhão irá para o segundo turno

O jornalista Luís Cardoso publicou ontem em seu blog uma matéria de opinião sobre a atual conjuntura eleitoral do Maranhão.

Intitulada de “Roseana pode vencer no 1.° turno”, a matéria citou vários aspectos positivos da campanha de Roseana e negativos das campanhas de Jackson Lago e de Flávio Dino.

Ninguém pode discordar da importância de Roseana estar ocupando o governo estadual e ter uma estrutura administrativa de porte, como é a máquina do estado, apoiando sua candidatura.

O exemplo de 2006 foi pedagógico. A presença de Zé Reinaldo nos Leões até o final do mandato foi determinante para que o candidato que ele apoiava, Edson Vidigal, do PSB, obtivesse quase 15% dos votos no 1.° turno. A votação de Vidigal (14,26%) e de Aderson Lago (3,95%), pelo PSDB, somados aos 34, 36% de Jackson garantiram a realização do 2.°turno.

Roseana teve 47,215% dos votos no primeiro turno e 48, 18% no segundo turno, perdendo para Jackson que obteve 51,82%.

Passados quatro anos podemos analisar dois períodos bem distintos.

Tivemos Jackson no poder por dois anos e três meses realizando muitas obras importantes, equilibrando de vez as finanças estaduais e descentralizando recursos através do fortalecimento de prefeitos e municípios.

Depois já se passaram 15 meses do velho “novo governo” de Roseana com centralização administrativa exarcebada, desequilíbrio financeiro com a tomada de quase R$ 1 bilhão de empréstimos, do confisco de recursos de convênios nas contas correntes de municípios e desmonte do sistema de saúde pública do estado.

Soma-se a isso o desgaste do nome Roseana e, sobretudo, do sobrenome Sarney devido à exposição negativa na mídia nacional (crise no Senado, processo contra Fernando Sarney e superpoderes dados a Ricardo Murad).

Concordo com Cardoso quando ele afirma que as duas candidaturas de oposição carecem de recursos financeiros para tocarem suas campanhas.

No caso de Jackson sua candidatura sub judice dificulta em muito a arrecadação de recursos financeiro de possíveis doadores.

No caso de Flávio o fato do PT não estar oficialmente apoiando sua candidatura dificulta a captação de recursos financeiros e o fato de Flávio Dino ainda ser desconhecido da maioria dos eleitores maranhenses também dificulta sua campanha.

O grupo Sarney tem interesse de que o julgamento do pedido de impugnação de Jackson seja o mais demorado possível para afastar possíveis doadores e dificultar o deslanchamento da campanha eleitoral do PDT.

Só que com o pedido de impugnação da candidatura de Roseana apresentado pelo ex-chefe da Casa Civil de Jackson, Aderson Lago, que incorporou uma parecer da procuradora regional eleitoral Carolina da Hora que afirma que a conduta de Roseana em seu governo tipifica propaganda antecipada, a situação da Jackson pode mudar.

Ou a Justiça Eleitoral no Maranhão e em Brasília julga com rigor os processos de Jackson e de Roseana ou julga os dois casos de forma mais branda. Dois pesos e duas medidas no julgamento dos dois casos seriam inadmissíveis e a mídia nacional faria um verdadeiro carnaval na cobertura dos dois casos.

Essa história de Roseana ter o apoio de mais de mil vereadores e 179 dos 217 prefeitos é muito relativa. Já soube de muitos prefeitos que ficarão de braços cruzados.

Muitos são agradecidos a Jackson pelo apoio que receberam em 2008 para ganhar as eleições municipais, derrotando candidatos da base aliada de Roseana e fingem estar apoiando Roseana agora, mas estão doidos para retribuírem o apoio recebido em 2008, dando votos agora para Jackson.

Isto tudo sem contar o imenso desgaste popular de muitos prefeitos que dizem apoiar Roseana, mas seria até melhor para ela se pedissem votos para Jackson ou Flávio.

O jornal O Estado do Maranhão deste domingo poderá vir com a pesquisa Escutec onde Roseana apareça com índices de 53% a 58%, mas na realidade Jackson não tem menos de 27% e Flávio Dino se aproxima rapidamente dos 20%.

Em 1990 Conceição Andrade, do PSB, com o apoio do então prefeito da capital, Jackson Lago, do PDT, e coligada com o PT, era uma candidata quase totalmente desconhecida do povo maranhense e obteve 17,2% dos votos no primeiro turno.

Em 1994 Roseana obteve 42,9% dos votos no 1.° turno, contra 28,4% de Cafeteira e 18,4% de Jackson.

Em 2002, Zé Reinaldo, do PFL, ganhou a eleição no 1.° turno com 51,06% dos votos, contra 42,25% de Jackson, 6,025 de Raimundo Monteiro, do PT e 0,4% do PSTU.

Levando em conta o resultado eleitoral do 1.° turno de 2006, acho muito difícil que Roseana vença a eleição agora no 1.° turno. Boa parte do eleitorado maranhense está cansada da continuidade sarneysista no poder e muitos consideram que Jackson foi injustiçado pelos quatro ministros do TSE que cassaram seu mandato em abril de 2009.

Soma-se a estes dois sentimentos populares, o fato de Flávio Dino estar fazendo uma campanha de mudança do Maranhão com uma forte mensagem de renovação para todo o Maranhão.

Essa mensagem tem grande apelo popular e atinge mais a candidatura de Roseana do que a de Jackson, pelo fato do sarneysismo estar no poder desde 1966 no Maranhão, com um breve intervalo de Maio de 2004, quando Zé Reinaldo e Alexandra Tavares romperam com o grupo do senador amapaense, até Abril de 2009 quando Jackson foi cassado.

A programação de Jackson e de Dino na semana passada no interior do Estado foi consagradora para os dois. Jackson visitou 18 municípios em cinco dias e foi muito bem recebido tanto na região tocantina, sobretudo em Imperatriz (2.° maior colégio eleitoral do Estado), como no Sul do Maranhão, na região de Balsas.

Flávio e Zé Reinaldo participaram de uma das maiores carreatas da história política do Maranhão. Foi em Caxias e juntou dois mil carros e quatrocentas motos e centenas e centenas de bicicletas. Zé Reinaldo esteve em Timon com Flávio Dino e recebeu a apoio do grupo político do ex-prefeito Chico Leitoa na cidade. Chico está fortalecendo a unidade oposicionista no Maranhão ao apoiar a dobradinha Jackson e Zé Reinaldo.

Muita água vai correr embaixo da ponte até Outubro deste ano, mas algo me diz que esta eleição também vai para o segundo turno como aconteceu em 1990, 1994 e 2006.

Quem viver verá!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Zé Reinaldo responsabiliza Roseana pelos péssimos resultado do Maranhão no ENEM 2009

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) responsabilizou a governadora e candidata Roseana Sarney (PMDB) pelo resultado "desastroso" das escolas do Maranhão nas provas do Enem (Exame nacional do Ensino Médio), durante reunião com lideranças na cidade de Nina Rodrigues na noite de ontem. .





Zé Reinado fala durante encontro com lideranças políticas e comunitárias em Nina Rodrigues


Entre as 20 piores escolas do Brasil, cinco são do estado. E Roseana ainda disse que a culpa era de governos anteriores. Ela, certamente, está se referindo ao dela. Quando assumi em Abril de 2002, não tinha ensino médio em 159 municípios e coloquei em todos”
, afirmou.

Flávio Dino (PCdoB) também refletiu sobre essa situação. Ele criticou a irregularidade do calendário escolar, quando os estudantes desconhecem quando inicia e quando terminam as aulas. ”É uma série de problemas gerenciais. O ensino tem que seguir um calendário e as crianças e jovens saibam que será cumprido. Temos que suprir essa carência de professores e valorizar os profissionais da educação”, assumiu o compromisso.

Dino citou ainda a implantação, no governo Zé Reinaldo, de unidades educacionais de ensino médio em todos os municípios maranhenses. “Com apenas 59 municípios com ensino médio era um cenário que refletia uma condenação antecipada. Por isso que a média de estudo do maranhense é de apenas cinco anos”, refletiu.

Em Vargem Grande o repórter José de Fátima disse que a Escola Raulina de Sousa Silva está fechada desde o dia 2 de março para reforma. O prazo de conclusão da reforma era 24 de abril e, ainda em julho, não possui previsão de entrega.

Estavam presentes na reunião os vereadores Erlan e Iratan Diamantina, o presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras rurais do município, Riba Espíndola, além do presidente municipal do PCdoB, Silvan Costa. Na platéia, também Samuel Vitermos,Pindaré, presidente municipal do PHS, Ramon Correia (PPS), Beta Coutinho (PSB), Aguinaldo Nunes (PDT), o delegado Jeferson Portela, bem como Antônio Teixeira, secretário municipal de agricultura, Moisés Martins, representante da Pastoral da Juventude, Milton Teles, coordenador de esporte de Nina Rodrigues, Chico da Cohab, representante do PT de Chapadinha.

O Maranhão caiu cinco posições entre os anos de 2008 e 2009 no ranking nacional de médias do ENEM, segundo levantamento divulgado esta semana pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Conforme os dados disponibilizados, em 2008, o estado ficou na 21ª posição, obtendo uma média de 46,80 pontos, entre questões objetivas e a redação. No ano passado, quando adotou-se um novo formato no exame, o Maranhão obteve média de 496,26, também entre questões objetivas e a redação. O cenário rendeu a 26ª posição, a penúltima entre os 27 estados da Federação, perdendo apenas para Roraima, com média de 494,06 pontos.

A queda do estado no ranking é notória. Na classificação de 2008, apenas uma escola maranhense estava entre as 20 piores do país, era a estadual Unidade Integrada Emésio Dário de Araújo. Em 2009, esse número aumentou. Cinco escolas maranhenses estão entre as piores do país, sendo que todas elas estão sob responsabilidade do Governo do Estado.

A pior de todas é o Centro de Ensino Médio Vicente Maia, uma escola de turno noturno que funciona do Centro de Ensino do Anjo da Guarda, e atende principalmente a alunos na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA)

Confira a posição e média dos estados no EBEM de 2008:

1º Rio Grande do Sul 53,81
2º Santa Catarina 52,3
3º São Paulo 52,28
4º Espírito Santo 52,18
5º Rio de Janeiro 52,17
6º Minas Gerais 52,08
7º Distrito Federal 51,86
8º Paraná 51,01
9º Goiás 49,60
10º Mato Grosso do Sul 49,19
11º Pernambuco 48,67
12º Ceará 48,64
13º Pará 48,05
14º Bahia 47,07
15º Mato Grosso 47,30
16º Rio Grande do Norte 47,25
17º Sergipe 47,25
18º Paraíba 47,08
19º Piauí 47,01
20º Rondônia 46,95
21º MARANHÃO 46,80
22º Amapá 46,60
23º Amazonas 46,53
24º Acre 46,38
25º Roraima 345,99
26º Tocantins 45,50
27º Alagoas 45,44

Resultado do ENEM 2009:

1º Rio Grande do Sul 553.96
2ª Santa Catarina 549.04
3º Rio de Janeiro 544.45
4º Distrito Federal 543.67
5º Minas Gerais 540.89
6º São Paulo 540.09
7º Goiás 530.86
8º Paraná 527.46
9º Mato Grosso do Sul 521.50
10º Bahia 516.98
11º Sergipe 514.87
12º Rio Grande do Norte 514.22
13º Alagoas 514.01
14º Paraíba 513.37
15º Pará 513.01
16º Espírito Santo 512.76
17º Ceará 511.05
18º Pernambuco 506.73
19º Piauí 506.69
20º Acre 503.56
21º Amapá 501.77
22º Tocantins 500.50
23º Rondônia 499.70
24º Amazonas 498.85
25º Mato Grosso 497.28
26º MARANHÃO 496.26
27º Roraima 494.06

Fonte: INEP/MEC

Zé Reinaldo é o candidato ao Senado de Flávio Dino e do PT antisarney do Maranhão

O vice-presidente estadual do PT/MA, Augusto Lobato, destacou a importância do ex-governador e candidato a senador José Reinaldo Tavares (PSB) no processo de mudança política no Maranhão.

“O Zé Reinaldo tem uma importância fundamental, pois com ele conseguimos vencer o grupo Sarney em 2006. Aqui não é uma aliança apenas ideológica, é uma aliança para a sociedade derrotar a oligarquia”, disse, em discurso durante lançamento do comitê do candidato a governador da coligação “Muda Maranhão” (PCdoB, PSB e PPS), Flávio Dino.


O candidato ao governador Flávio Dino frisou também o histórico do ex-governador do Maranhão. Conforme relembrou e parafraseou o slogan de campanha do candidato “Coragem para defender o Maranhão”. "Ele merece ser senador por essa postura", disse Dino.




Zé Rainaldo discursa durante o lançamento do comitê central de Flávio Dino em São Luís


Zé Reinaldo caracterizou o momento como definitivo para libertação do Maranhão. ”No meu governo foi quando o Maranhão mais erradicou a pobreza. Nós sabemos que o Maranhão pode mudar e ele está querendo mudar porque merece oportunidade, igualdade. Acreditamos que Flávio Dino vai conduzir o Maranhão nesses novos caminhos”, ressaltou.

Villa diz que político não pode ser profissão

O historiador Marco Antônio Villa defende em artigo publlicado em seu blog hoje o barateamento do proceeso eleitoral no Brasil para brecar a profissionalização dos políticos brasileiros.

Leia a interessante postagem de Villa:

"As informações do TSE reforçam uma tendência do sistema político brasileiro. Ter como profissão ser político causa estranheza. Uma coisa é o homem público, aquele que acaba se dedicando às grandes questões nacionais e que, mesmo assim, exerce o seu ofício. Outra muito distinta é o indivíduo que abandona qualquer trabalho para se dedicar única e exclusivamente à política.

Durante a Primeira República boa parte dos políticos desenvolviam outras atividades. Eram fazendeiros, comerciantes, advogados ou médicos. A política era um complemento. Evidentemente defendiam seus interesses de classe. Contudo não abandonavam seus afazeres para se dedicar só à política.

O surgimento da democracia de massas, em 1945, mudou o panorama político. Democratizou-se o processo eleitoral e a escolha dos candidatos. A velha elite política foi substituída, na maioria das vezes, por profissionais liberais -basta ver a origem profissional dos presidentes.

Contudo a consolidação do processo eleitoral -e não necessariamente da democracia- foi transformando a política em profissão. De um lado, devido à necessidade de se dedicar exclusivamente ao mandato. Argumenta-se que é impossível exercer a profissão original e, ao mesmo tempo, fazer política.

Por outro lado, é possível imaginar que a dedicação à política acabe criando vícios antirrepublicanos. É sabido que o salário acaba, muitas vezes, não sendo suficiente para manter os gastos do parlamentar. Muito menos para que possa preparar-se para a próxima eleição.

Assim, fica aberto o caminho para práticas que conduzam à corrupção. A intermediação de uma verba pública, a liberação de um gasto orçamentário pode significar um "ganho" muito superior a um ano de recebimento dos proventos de um deputado.

É essencial baratear o custo de se eleger e a criação de um sistema eleitoral que permita a efetiva participação, como candidato, de um cidadão sinceramente republicano. Caso contrário, a cada eleição aumentará o número de profissionais da política."