terça-feira, 13 de julho de 2010

O Ministério Público Eleitoral precisa investigar

As declarações de bens dos candidatos a deputado estadual e federal do Maranhão, entregues ao Tribunal Regional Eleitoral local possuem algumas surpresas e alguns dados, no mínimo, duvidosos, que deveriam ser analisados e investigados pelo Ministério Público Eleitoral.

Alguns exemplos:

1) Como a evolução patrimonial do candidato a deputado federal Chiquinho Escórcio, do PMDB, variou positivamente em mais de 1.100%, passando de R$ 2,4 milhões em 2006 para R$ 26,8 milhões em 2010? Ele não ganhou na megasena, não herdou nenhuma fortuna e ninguém, que eu saiba, nos últimos quatro anos colocou bens em nome dele.

2) O deputado estadual Ricardo Murad declarou bens em 2006 no valor de R$ 2 milhões, que em 2010 evaporaram. Só a mansão dele numa das principais avenidas do Olho D’Água vale mais de R$ 2 milhões, sem falar no prédio comercial que ele tem na Rua do Egito, no Centro de São Luís, galpões na Jordoa e nos mais de cinco carros estacionados em sua garagem. Sem falar da mansão em Coroatá, terrenos e aplicações em bancos. E aí Ministério Público Eleitoral, vai ficar por isso mesmo?

3) E os deputados estaduais candidatos à reeleição o médico Antônio Pereira (DEM), o ex-genro de Roseana Sarney, Carlos Filho (PV); Marcos Caldas (PRB) e o também ex-prefeito Fufuca Dantas (PMDB) possuem patrimônio inferior a R$ 300 mil?

Já os candidatos a deputado federal Domingos Dutra, do PT, (R$ 69,2 mil); Carlos Brandão, do PSDB, (R$ 291,9 mil); Sétimo Waquim, do PMDB (R$ 262,4 mil); e Ribamar Alves, do PSB, (R$ 61,7 mil), declararam bens abaixo de R$ 300 mil.

O candidato à reeleição Davi Alves Silva, ex-PDT e hoje no PR, declarou ter apenas R$ 35,00 em bens. Acredite se quiser: apenas trinta e cinco reais, ganhando mais de R$ 16 mil por mês só de salários, sem contar a ajuda de custo para viagens, combustíveis, telefone, celular, passagens aéreas e as verbas de gabinete. Até eu estou com pena de Davizinho! Pobre coitado ele está abaixo da linha da miséria no Brasil.

Essas verdadeiras aberrações nas declarações de bens de candidatos como Ricardo Murad, Chiquinho Escórcio e Davi Alves Silva não deveriam ser investigadas pelo Ministério Público Eleitoral?

A palavra está com a procuradora eleitoral, Carolina da Hora Mesquita!

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