terça-feira, 29 de setembro de 2009

Narciso ludovicense

O secretário estadual mais inexpressivo e sem prestígio do governo biônico de Roseana Sarney é, sem dúvida nenhuma, o ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio.

Ele reapareceu anteontem no cenário político durante a convenção regional do PHS, Partido Humanista da Solidariedade, em São Luís.

Tadeu disse que vai se candidatar a deputado estadual em 2010, mas até domingo, dia 27-09, continuava sem partido.

Ele aproveitou a presença de jornalistas na convenção regional do PHS/MA e disparou: “Quando chegar a hora vou fazer a prova dos nove para comparar a minha administração municipal em São Luís com a de todos os outros que passaram nesta prefeitura”.

Vaidoso e egocêntrico, Palácio até hoje não percebeu que não possui votos em São Luís. Nas eleições de 2000 só se salvou porque foi candidato a vice-prefeito de Jackson. Se disputasse a reeleição na Câmara de Vereadores com certeza não se elegeria porque tinha perdido vários cabos eleitorais.

Em 2004 foi literalmente carregado nas costas por Jackson Lago quando derrotou João Castelo do PSDB às duras penas. Em 2006 apostou alto e investiu muito na candidatura do irmão Fernando à Câmara Federal e se deu mal.

Ainda em 2006 apostou o restante de suas fichas na candidatura de João Castelo a senador, apresentando a primeira-dama municipal, Tati Palácio, como primeira suplente de Castelo. Não acreditava na passagem de Jackson Lago para o segundo turno das eleições estaduais e achava que Roseana Sarney ganharia logo no 1.° turno.

Depois que Castelo perdeu a vaga no Senado para Epitácio Cafeteira e Jackson foi para o 2.° turno das eleições para Governador do Maranhão, Palácio fez uma operação simples de adição e percebeu que a soma dos votos de Jackson, de Edson Vidigal (PSB) e de Aderson Lago (PSDB), poderia garantir a vitória do PDT no 2.° turno.

Tadeu Palácio então se transformou e tentou bancar o dono da candidatura de Jackson no 2.° turno. A indiferença e o distanciamento em relação a Jackson no 1.° turno transformou-se, como por encanto, numa rígida marcação corpo a corpo durante o desenrolar da campanha em outubro de 2006.

Depois da proclamação do resultado das urnas então Tadeu se grudou a Jackson tal como um chiclete pegajoso que quase não dava uma brecha para Lago respirar. Na formação do secretariado, Tadeu conseguiu emplacar alguns nomes, principalmente na cobiçada Secretaria de Comunicações e no DETRAN/MA.

O tempo passou e chegaram as eleições municipais de 2008. Pensando que os votos que o elegeram em 2004 eram dele, Tadeu peitou Jackson e o PDT e indicou seu secretário Clodomir Paz para ser candidato a prefeito contra João Castelo, do PSDB, que foi apoiado pelo governador Jackson Lago.

Clodomir teve pouco mais de 10% dos votos no 1.° turno e Castelo e Flávio Dino, do PC do B, passaram para o 2.° turno. Mais uma vez Jackson e Tadeu ficaram em campos opostos: Jackson continuou apoiando Castelo e Tadeu apoiou Dino.

Deu Castelo com mais de 10% de vantagem sobre o candidato do PC do B. Depois de sair da prefeitura da capital em janeiro de 2009, Tadeu se afastou de vez de Jackson e saiu do PDT. Não prestou solidariedade ao governador durante todo o processo que levou à cassação de Jackson e depois da posse da governadora biônica Roseana Sarney, Tadeu, como uma espécie de prêmio de consolação pelo conjunto de sua obra no PDT, foi agraciado com o cargo de secretário estadual de Turismo.

Agora Tadeu anunciou que será candidato a deputado estadual. Com a concorrência de outros secretários deputados como Ricardo Murad, Raimundo Cutrim, Max Barros, César Pires e dos deputados da bancada sarneysista na AL (composta por sarneysistas históricos, ex-sarneysistas que voltaram ao ninho e novos sarneysistas – ex-tucanos e ex-pedetistas) duvido que Palácio se eleja deputado estadual.

Só se ele inflacionar o mercado eleitoral e estourar seu cofre. Mesmo assim é difícil, eu diria quase impossível, porque voto que é bom Tadeu não tem e nunca teve.

Quem viver verá!!

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