domingo, 15 de novembro de 2009

FHC leva 18 anos para reconhecer filho e Folha faz dele um bom caráter

Recebi uma mensagem hoje de manhã do amigo Palmério Dória falando sobre a notícia que a Folha de São Paulo deu sobre o reconhecimento do filho de FHC, Thomas, de 18 anos, pelo pai.


FHC leva 18 anos para reconhecer filho e Folha faz dele um bom caráter

15/novembro/2009 11:40

A Caros Amigos contou o que a Bergamo sabia

Saiu na primeira página da Folha, em furo de reportagem da colonista (**) Mônica Bergamo.

Depois de dezoito anos, o ex-presidente da República e varão de Plutarco vai reconhecer oficialmente Thomas, filho que teve com jornalista da Globo que cobria o Senado.

A relação amorosa do Senador Fernando Henrique Cardoso com a jornalista da Globo Miriam Dutra era pública e sem recato.Sempre se soube que tiveram um filho.

Nenhum órgão do PiG (***) tratou de Thomas, em dezoito anos.

O argumento – inclusive o da Folha (*) – era comovente: como nenhum dos dois confessa, não é verdade.

O PiG (***) blindou o campeão da Moral e dos Bons Costumes.

Quem tratou disso foi a revista Caros Amigos.

E o Juca de Oliveira que, numa de suas peças, diz abertamente que Fernando Henrique tinha um filho fora do casamento.

Na noite a que assisti, a platéia tucana de um teatro que se incendiou suspirou com irritação maior que o ceticismo.

O furo de reportagem Bergamo é de levar o leitor às lagrimas.

Fernando Henrique aparece como um pai pródigo e generoso, que deu ao filho uma educação exemplar (no exterior).

A jornalista, agora, virtuosa, toma a iniciativa de pedir à Globo para se afastar do pai de seu filho e ir trabalhar fora do país.

A Globo, também altruísta, entende o drama por que passava a memorável repórter e a transfere para um posto de sacrifício: Barcelona.

Coincidentemente, por essa mesma época, o ex-senador resolve se candidatar à Presidência e lá fica por oito anos.

Quando, tomado pela afanosa tarefa de governar o país, não tinha tempo de reconhecer o Thomas.

Passaram-se os anos, a Globo reconheceu o trabalho profícuo da infatigável jornalista e a deslocou para Londres e, agora, Madrid.

Por vinte anos ela ocupa a tela da Globo com reportagens que o amigo navegante não será capaz de olvidar.

Agora que o Farol de Alexandria começa a apagar, quando diminui a possibilidade de voltar ao poder, por conta própria, ou pela mão de pseudo-aliados, o pai reconhece o filho.

É comovente.

A mãe e o pai saem da história da Bergamo como se fossem a Maria e José numa versão pós-moderna.

Os que saem mal da história da Bergamo são o Thomas e a D Ruth.

A D Ruth, porque deveria saber o que todo mundo sabia, e dançou o minueto da dissimulação.

E Thomas, porque teve a ousadia de nascer.

Paulo Henrique Amorim

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