sábado, 17 de outubro de 2009

Série Perseguição Implacável 1: Porto Franco

Aos poucos vai ficando transparente a ação nefasta da Governadora Sarney e de seu supersecretário e cunhado, Ricardo Murad, contra os verdadeiros interesses do povo maranhense.




A vítima agora e a população de seis municípios da região Sul do Maranhão: Porto Franco, Lageado Novo, Campestre do Maranhão, Ribamar Fiquene, São João do Paraíso e São Pedro dos Crentes, além de um contingente de oito a dez mil pessoas envolvidas direta e indiretamente na construção da Hidroelétrica de Estreito.

Numa decisão amparada por uma medida judicial equivocada, gerada por informações falsas enviadas a Brasília pelo secretário de saúde, Ricardo Murad, a governadora Sarney resolveu cortar 62,23% dos recursos do Pólo de saúde de Porto Franco, cujo prefeito, Deoclides Macedo, não se curvou à pressão da oligarquia Sarney e permaneceu filiado ao PDT de Jackson Lago.


Ricardo disse à Justiça Federal que o repasse de recursos a Porto Franco ia aumentar e não diminuir



Segundo notícia postada hoje no blog do jornalista Manoel Santos, do Jornal Pequeno, o Estado cortou R$ 366.663,82, sendo R$ 100 mil do Fundo Estadual de Saúde, e R$ 266.663,82 do Fundo Nacional de Saúde. O valor mensal repassado à saúde pública de Porto Franco diminuiu de R$ 589.191,30 para R$ 222.527,48.

Segundo contagens populacionais feitas pelo IBGE em 2007 cerca de 70 mil pessoas dependem do atendimento de saúde oferecido pelo Pólo de Porto Franco, sendo 18.692 moradores de Porto Franco; 12.246 moradores de Campestre do Maranhão; 11.627 em São João do Paraíso; 7.170 em Ribamar Fiquene; 6.620 em Lageado Novo; 4.020 em São Pedro dos Crentes ; além de 8 a 11 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente com a construção da Hidroelétrica de Estreito.

O prefeito pedetista de Porto Franco disse que com o corte na verba da saúde da cidade, recursos financeiros suficientes para manter serviços de média complexidade pelos parâmetros do SUS – Sistema Único de Saúde, ele será obrigado a diminuir consideravelmente a oferta de serviços públicos de saúde.



Prefeito de Porto Franco. Deoclides Macedo (PDT) (à esquerda) cumprimenta o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB)(à esquerda)


“Terei que diminuir a oferta de exames especializados, procedimentos cirúrgicos e serviços ambulatoriais de média complexidade; terei que cortar na compra de materiais médicos e hospitalares na ordem de 62%; médicos e enfermeiras serão demitidos e a oferta de serviços na área de cardiologia, oftalmologia, urologia, cirurgia vascular e ortopedia será reduzida; não terei mais condições de manter um cirurgião 24 horas por dia para atendimento de urgência e emergência, como era até pouco tempo”, disse Macedo.

O prefeito de Porto Franco, que se manteve leal aos seus ideais, questionou ainda que até “que os 65 hospitais sejam efetivamente construídos, equipados e que entrem em funcionamento, o que poderá durar um ano, onde é que essa população será atendida?”.

Essa atitude da dupla Roseana & Ricardo Murad é verdadeiramente criminosa e mostra o total descompromisso deste governo biônico com a população pobre do Estado.




Com esta atitude mesquinha e injusta, Ricardo só reafirmou o que o padre Jean Marie, suplente do Conselho Estadual de Saúde, representante da Pastoral da Criança, disse em entrevista a esse blog postada em 09-10-2009: “Ricardo não entende nada de saúde”.

Murad só está preocupado em destruir todos os avanços conquistados no governo democrático de Jackson Lago no tocante à implantação correta do Sistema Único de Saúde, realizada no Maranhão e beneficiar empreiteiras e empresas privadas do setor de saúde.

Até agora seus principais feitos na secretaria que dirige foram;

1) Terceirizar em favor de empresas privadas como o Inlab (que tem como um dos sócios o secretário-adjunto de Ricardo, Dr. Fernando Neves), Cedro e Gemma, os serviços laboratoriais dos hospitais públicos estaduais;

2) Colocar em prática um plano megalomaníaco de construir 65 novos hospitais de 50 e 20 leitos cada no interior do Maranhão, garantindo obras por um ano para um número grande de empreiteiras;

3) Passar a administração dos hospitais públicos do Estado (Hospital do Ipem, Maternidade Marli Sarney, Hospital Geral, Hospital da Criança, entre outros), para empresas privadas de fora do estado (exemplo – a Cruz Vermelha do Brasil com sede em Curitiba, no Paraná);

4) Cortar a distribuição gratuita de remédios caros e essenciais para pessoas carentes com doenças graves que agora estão sem tomar os medicamentos;

5) Atrasar a entrega de remédios fundamentais para a manutenção da saúde de pessoas transplantadas, que em sua maioria, não possui recursos financeiros para adquirir remédios caros; e

6) Para fechar com chave de ouro esta série inicial de desatinos cometidos por Ricardo Murad, mais de 200 funcionários da Maternidade Marli Sarney, sob a nova administração de uma empresa privada do Paraná, foram demitidos.

Murad precisava entender que o problema da saúde no Maranhão não será resolvido com a construção de mais 65 hospitais. O nosso estado precisa é acabar de implementar corretamente o SUS, equipar e contratar pessoal qualificado para o funcionamento pleno das unidades já existentes.

Não será perseguindo prefeitos como no caso de Porto Franco e seqüestrando verbas destinadas em convênio para a Prefeitura de Pinheiro construir um hospital de urgência e emergência para atender a população pobre de 43 muncípios da Baixada Maranhense, nos moldes do Socorrão de Presidente Dutra, é que Roseana e Ricardo resolverão os graves problemas que afligem a saúde pública no Maranhão.

Certamente as populações dos seis municípios da região de Porto Franco e da Baixada Maranhense não esquecerão estas decisões equivocadas e mal intecionadas tomadas pela dupla Roseana&Ricardo e saberão dar a merecida resposta para os dois nas urnas em 2010, com juros e correção monetária.

Ninguém esquecerá esse rosário de iniqüidades e malvadezas, que está sendo praticado pela Governadora Sarney e seu cunhado, o supersecretário Ricardo Murad.


Governadora Sarney pensando no troco do povo maranhense nas urnas em 2010

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