sexta-feira, 25 de junho de 2010

O exemplo de Alexandra não pode ser esquecido

Depois de uma semana com alguns problemas de saúde, pelos quais fui obrigado a fazer uma pausa para repor as baterias, volto ao batente reproduzindo uma postagem do blog do amigo Márcio Santos, sobre a Parada Gay que acontece depois de amanhã, na Avenida Litorânea, em São Luís.

Como não poderia deixar de ser a madrinha da parada, a ex-primeira-dama Alexandra Tavares, será um dos principais destaques do evento.

O momento político em que vivemos é marcado pela luta desesperada do clã Sarney para se perpetuar no poder.

Para tal utilizam todo seu repertório de rabos de arraia, rasteiras e golpes baixos contra os dois principais candidatos de oposição, Jackson Lago e Flávio Dino.

E é nesse exato momento que nós não podemos e não devemos esquecer o exemplo de coragem e a determinação de uma jovem nascida na periferia do Distrito Federal.

Ela e José se apaixonaram, tiveram três lindas filhas. Ele virou governador do Maranhão e ela a primeira-dama de um estado politicamente dominado por uma família que sempre viveu e sobreviveu às expensas do dinheiro público.

A filha mimada do patriarca desta família quis continuar mandando no governo que não era mais seu e começou a tentar transformar o governador eleito que a sucedeu em sua marionete.

O governador reagiu com a ajuda providencial de sua mulher Alexandra.

Ágil, dinâmica e defensora radical da administração do marido, Alexandra primeiro derrubou um Murad arrogante e prepotente que achava que dirigia o Maranhão desde uma gerência regional.

Depois cortou as regalias da grande mídia da família imperial na raiz ao deter um verdadeiro sorvedouro de dinheiro público que todos os meses era religiosamente transferido para o Sistema Mirante.

Em seguida enfrentou de forma resoluta e enérgica a senadora maranhense, que mais parecia um coronel de saias, uma verdadeira sinhazinha que queria tratar o governador como lacaio.

Com o dedo em riste a mandou voltar para Brasília para trabalhar um pouco na vida e colocou-a porta afora do Palácio dos Leões.

Por fim foi a Brasília com o marido para avisar pessoalmente, olho no olho, o honorável chefe do clã que o casal, não agüentando mais as seguidas humilhações do Sistema Mirante/Mentira de Comunicação, estava rompendo os vínculos com o grupo Sarney.

Essa é a verdadeira história da qual fui testemunha ocular.

O que aconteceu dali em diante todo o Maranhão já sabe.

Fiquem agora com a postagem do blog de Márcio Santos sobre a Parada Gay de São Luís:

“Ninguém precisa ser um Sherlock Holmes para perceber a diferença entre uma filhinha de papai, que sempre recorreu aos préstimos do genitor incrustado no poder há mais de quatro décadas, fazendo birra por um cargo ou outro e batendo o pé quando queria por queria um Governo só para ela e a outra: Alexandra, a Grande, tachada de “suburbana” pela mídia da caquética família Sarney, de “deslumbrada” e de outros adjetivos que só revelavam o preconceito dos ricos e superfaturados a custa do erário.





Alexandra Tavares ao lado de organizadores da Parada Gay de São Luís



Preconceituosos, sim, a ponto de jamais “permitirem” que uma menina, nascida na periferia de Brasília, capital do poder, pudesse apontar o dedo na cara das mazelas e dos podres poderes do Maranhão.

A autenticidade daquela que teve coragem de peitar a sarneyzada e os que sobrevivem de seus esquemas cobrou um preço alto.

Mas ela não recuou e, como se não bastasse os ataques diários que recebia da oligarquia comandada pelo Patriarca de Bigodes, ainda ousou liderar um movimento que chegou a reunir mais de 100 mil pessoas na Primeira Parada pela Diversidade Sexual de São Luís.

Alexandra Tavares transgrediu e chocou a conservadora classe política maranhense que, com raríssimas exceções, jamais teve a coragem de subir em um trio elétrico e defender os direitos dos homossexuais e transgêneros - inclusive muitos dos que partilham dos mesmos desejos homoeróticos, escondidos debaixo dos paletós e terninhos.

Roseana Sarney? Essa nunca teve a coragem de posar ao lado de adeptos do amor entre iguais, excetuando-se algumas espécies de serviçais mais “finas”, que provam de seu caviar, nas viagens internacionais, mas que jamais se atreveram a defender a classe em seus escritos.

Acorda Alice, pois bem!

Neste domingo, dia 27, na Avenida Litorânea, Alexandra vai mostrar que continua sendo a insubstituível madrinha da Parada Gay de São Luís. Integrantes do clã fascista vão tentar apagar o brilho da festa.

Mas, assim como não conseguem disfarçar o desconforto diante da presença de gays em suas famílias, nada poderão fazer para convencer a população de que a festa não tem a cara da única que ousou, como diriam algumas, “abalar” as estruturas, agora frágeis do grupo Sarney.”

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