sábado, 21 de agosto de 2010

Roseana Sarney só promete, promete, promete...

Roseana Sarney tem o costume de prometer mundos e fundos para os maranhenses em todas as campanhas eleitorais para governador que participou.

A estória é sempre a mesma. Vou construir escolas...vou gerar milhares de empregos ...vou trazer empresas de grande porte para o Maranhão...vou fazer e acontecer, etc. e tal.

Em 1994 ela prometeu implantar uma moderna indústria pesqueira para beneficiar o pescado do imenso litoral maranhense; prometeu transformar o Centro de Lançamentos de Alcântara no mais moderno centro espacial do mundo para lançar foguetes russos, chineses, japoneses e ingleses; prometeu construir e instalar milhares de kits sanitários pelo interior do Maranhão, mostrando na telinha da sua TV Mirante até uma maquete do projeto que iria resolver de vez o grave déficit sanitário do Estado; prometeu gerar milhares de empregos e atrair centenas de empresas para os Distritos Industriais de São Luís e de Imperatriz; e muito mais.

E o que aconteceu no de fato nos seus dois primeiros mandatos de governadora do Maranhão (1995/1998 e 1999/2002):

1) Os prometidos navios-indústria de pescado do Japão e da Coréia do Sul não vieram para explorar o litoral maranhense;

2) O Centro Espacial de Alcântara, passados 16 anos da campanha eleitoral de 1994, ainda não vingou;

3) Roseana implantou pouquíssimos kits sanitários e o saneamento (distribuição de água potável e rede coletora de esgotos) ainda é uma tragédia no Maranhão, apesar dos avanços no setor nos governos de Zé Reinaldo e Jackson Lago. Leia o que o site de comunicação social do IBGE, alguns sites e jornais publicaram ontem e hoje sobre o Maranhão e o saneamento básico:

Portal da Comunicação Social do IBGE de 20 de Agosto de 2010;

“...Apenas 28,5% dos municípios brasileiros com esgotamento por rede geral fazia tratamento de esgoto (pelo menos um distrito do município tratava o esgoto coletado, mesmo que parte dele). Entre as regiões, o Sudeste liderava (48,4%), seguido do Centro-Oeste (25,3%), Sul (24,1%), Nordeste (19%) e Norte (7,6%). Com exceção do Distrito Federal, em apenas três unidades da federação mais da metade dos municípios tratavam seu esgoto: São Paulo (78,4%), Espírito Santo (69,2%) e Rio de Janeiro (58,7%). Os menores percentuais foram registrados em Sergipe (9,3%); Amazonas (4,8%); Pará (4,2%); Rondônia (3,8%); Piauí (2,2%) e Maranhão (1,4%)...”


Portal IG de 20 de Agosto de 2010:

"...De acordo com os dados do IBGE, há uma desigualdade também em relação aos lixões. A pesquisa revelou que 89,3% dos municípios do Nordeste e 85,5% do Norte destinam seus resíduos sólidos para estes lixões, onde não ocorre nenhum tipo de tratamento. No Pará isto ocorre em 94,4% das cidades.
Na região Nordeste, os Estados mais atrasados neste sentido são Piauí (97,8%), Maranhão (96,3%) e Alagoas (96,1%)..."


Portal Terra de 20 de Agosto de 2010:

“...Nos municípios em que o serviço existia, porém, houve um aumento dos que registraram ampliação ou melhoria no sistema de esgotamento, de 58% para 79,9% do total, e dos domicílios atendidos, de 33,5% para 44%. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado era tratado - percentual bastante superior aos 35,3% de 2000, embora menos de um terço dos municípios (28,5%) fizessem o tratamento, com acentuadas diferenças regionais nesse percentual. Em São Paulo, por exemplo, o tratamento chegou a 78,4% das cidades. Já no Maranhão, o serviço estava disponível para apenas 1,4% dos municípios...”

Jornal Cruzeiro do Sul de 20 de Agosto de 2010:

“...O País tem hoje 32,2 milhões de casas sem acesso à rede. Apenas Distrito Federal (86,3%), São Paulo (82,1%) e Minas Gerais (68,9%) têm mais da metade dos domicílios atendidos por rede geral de esgoto. Rio de Janeiro, com 49,2%, e Paraná, com 46,3%, ficaram acima da média nacional (44%). Os outros Estados apresentaram menos de 35% de cobertura. A pior situação está em Rondônia, com apenas 1,6% dos domicílios No Nordeste, os piores são Piauí (4,9%), Maranhão (7,6%) e Alagoas (9,6%). O maior avanço em quantidade de domicílios atendidos nesses oito anos foi na região Norte (89,9%) e no Sudeste (69,8%)...”

Jornal do Comércio on line de 20 de Agosto de 2010:

“...O Distrito Federal, com 86,3%, tem a maior proporção de domicílios ligados à rede de esgoto. Entre os Estados, São Paulo é o destaque, com 82,1% dos domicílios. São Paulo também é o Estado com maior proporção (78,4%) de municípios com tratamento adequado do esgoto. Já Rondônia, Pará, Amapá e Amazonas têm os menores índices de domicílios com acesso à rede de esgoto. No Nordeste, os piores resultados aparecem no Piauí, no Maranhão e em Alagoas. Em Mato Grosso, o índice também é muito baixo, de apenas 5,4%...”

Jornal O Imparcial de 20 de Agosto de 2010:

...Apenas 28,5% dos municípios brasileiros com esgotamento por rede geral fazia tratamento de esgoto (pelo menos um distrito do município tratava o esgoto coletado, mesmo que parte dele). Entre as regiões, o Sudeste liderava (48,4%), seguido do Centro-Oeste (25,3%), Sul (24,1%), Nordeste (19%) e Norte (7,6%). Os menores percentuais foram registrados em Sergipe (9,3%); Amazonas (4,8%); Pará (4,2%); Rondônia (3,8%); Piauí (2,2%) e Maranhão (1,4%)....”

4) Os milhares de empregos prometidos não saíram do papel e o exemplo maior desta total irresponsabilidade de Roseana Sarney com o povo maranhense foram os pólos têxteis de Rosário e da Grande São Luís, onde milhares de maranhense humildes foram iludidos com promessas de emprego e renda e acabaram com os nomes sujos no SPC, no Serasa e inadimplentes do BNB, depois que caíram no conto do vigário de U$ 60 milhões patrocinado pelo empresário chinês Chhai Kwo Chheng, trazido do Ceará pelo marido de Roseana, o secretário de Planejamento de seus dois primeiros governos, Jorge Murad;

5) E as empresas que Roseana prometeu instalar nos distritos industriais de São Luís e de Imperatriz. De fato ela trouxe a USIMAR, fábrica de autopeças com projeto aprovado de R$ 1,38 bilhão, projeto que só foi aprovado na reunião do Conselho Deliberativo da SUDAM, presidida por Roseana Sarney em São Luís, em dezembro de 1999, graças à enorme pressão exercida por Jorge Murad.

O projeto foi aprovado e a construtora Pleno, do empreiteiro Severino Cabral, chegou a construir um galpão no distrito industrial de São Luís. A USIMAR recebeu as duas primeiras parcelas, no total de R$ 44 milhões e o empresário paranaense Teodoro Hubner sumiu depois de receber o dinheiro. Tempos depois o advogado de Hubner disse à imprensa nacional que seu cliente não ficou com centavo de real sequer dos R$ 44 milhões, que tomaram Doril e sumiram.

Da USIMAR só restou o galpão abandonado no DI de São Luís construído por um engenheiro que chegou a ser sócio de Jorge Murad num hotel em Balsas, no Sul do Maranhão.

E ficam duas perguntas: 1- Por que o empresário do ramo têxtil, Paulo Skaff, ex-presidente da FIESP, desistiu de assumir o pólo têxtil de Rosário? Estava tudo acertado com a governadora Roseana Sarney e Skaff estava no palácio esperando para ser recebido por Roseana e fechar o acordo para retomar as atividades do pólo têxtil de Rosário. Aí ele foi chamado para falar com outra pessoa importante no Palácio. Ela saiu deste encontro com o semblante fechado e quando foi recebido por Roseana a surpreendeu dizendo que tinha desistido do negócio. Quando Roseana perguntou o motivo da desistência, Skaff disse que aprendeu com seu pai na infância que deve-se tocar os negócios na vida, sem se associar com quem não gosta de trabalhar!;

2- Porque uma grande empresa multinacional argentina que atua no ramo de alimentos desistiu de beneficiar a soja maranhense em Benedito Leite? A empresa cruzou o rio Parnaíba e se instalou na cidade piauiense de Uruçui, onde gera 500 empregos diretos beneficiando soja produzida no Sul do Piauí e principalmente no Sul do Maranhão.

Para encerrar esta matéria e desopilar um pouco nossos fígados vejam este vídeo divertidíssimo feito na campanha eleitoral de 2006, sobre as promessas de Roseana Sarney na telinha da Mirante/Globo do Maranhão:

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