Roseana Sarney começou mentindo na horário eleitoral gratuíto na televisão

Muito interessante o primeiro programa do horário gratuito na TV da candidata do PMDB, Roseana Sarney, que almeja seu quarto mandato de governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

Como sempre ela mentiu e prometeu demais, igualzinho às campanhas de 1994 e de 2006.

Para começar o festival de lorotas 2010, ela disse que “quando assumi em Abril do ano passado, recebi a educação pública no Estado toda sucateada”.

Nos dois primeiros mandatos da filha dileta de Sarney, ela construiu três escolas de ensino médio em sete anos e três meses de mandato. Jackson Lago em dois anos e três meses construiu 173 novas escolas e reformou mais de 300 escolas.

Para que o leitor entenda melhor o que significam esses números: Roseana fez uma escola a cada 29 meses ou uma escola a cada dois anos e cinco meses de mandato.

Já Jackson Lago fez quase sete escolas por mês ou quase 77 (76,888) escolas por ano de mandato.

Depois ela disse que desde que assumiu o governo em Abril de 2009 ela cuidou da Saúde Pública e agora no novo governo vai cuidar da Educação e prometeu construir 292 escolas no próximo mandato.

Ela considera ‘cuidar da saúde” desorganizar tudo que o médico Jackson Lago conseguiu construir apenas em dois anos e três meses de mandato.

Jackson construiu em Presidente Dutra o único hospital público de urgência e emergência do interior do Maranhão em 398 anos de história do nosso estado, desde que os franceses aqui chegaram.

Jackson transformou cidades como Caxias, Porto Franco, Coroatá, Bacabal e Imperatriz em cidades pólo de saúde pública repassando recursos financeiros de custeio suficientes para contratar médicos, enfermeiras e técnicos especializados, e financiar serviços de média complexidade com qualidade e quantidade; deixou R$ 21 milhões na conta da prefeitura de Imperatriz para a construção do Socorrão da região tocantina e R$ 10 milhões na conta da prefeitura de Pinheiro para a construção do Socorrão da Baixada; e planejava construir mais três hospitais de urgência e emergência: um em Balsas, outro em Pedreiras e o terceiro em São Luís, que seria o 3.° Socorrão, muito mais moderno, equipado e bem maior que os Socorrões do Centro e da Cidade Operária.

Roseana e seu secretário de Saúde e cunhado, Ricardo Murad, confiscaram as verbas da construção dos Socorrões de Imperatriz e de Pinheiro, confiscaram R$ 157 milhões de convênios assinados por Jackson Lago e João Castelo para a realização de obras essenciais à capital e R$ 57 milhões de convênios assinados por Jackson e Sebastião Madeira para obras viárias em Imperatriz; além de cortar drasticamente o repasse de recursos para as cidades pólos de saúde pública, obrigando aqueles municípios a demitirem profissionais qualificados que prestavam excelentes serviços e diminuiu radicalmente a quantidade e qualidade dos serviços prestados.

Por esse motivo dezenas de bebês morreram em Imperatriz à espera de UTI’s neonatais. Uma ala com oito leitos para bebês estava pronta desde o primeiro semestre de 2009, mas com o corte dos repasses ela não estava equipada e desativada. Só agora em Agosto, depois das dezenas de mortes elas estão funcionando.

Todo esse dinheiro confiscado e os repasses cortados (cerca de R$ 350 milhões) foram utilizados para financiar o programa “Viva Saúde”, que consiste na construção de 72 hospitais (oito com 50 leitos e 64 com 20 leitos).

No lançamento do programa em 10 de Setembro de 2009. Roseana afirmou no ato da assinatura do programa que: "...são novos hospitais, mais de dez mil empregos diretos e indiretos. Também iniciaremos a construção de mais dois mil e quinhentos postos de saúde em todo o Maranhão. Uma infra-estrutura de saúde digna para o povo maranhense...”.

E Ricardo Murad ainda completou: "as obras de todos os hospitais estarão prontas em 300 dias”.

Passados exatos 342 dias na data de hoje só um hospital foi inaugurado em 21 de Junho passado, o de Lago de Rodrigues com 20 leitos, que até há poucos dias só tinha realizado um parto.

Depois de prontos os hospitais serão entregues com equipamentos básicos aos prefeitos da cada município, que terão que assumir os gastos com a contratação de médicos, enfermeiras e técnicos e com o custeio para compra regular de medicamentos e materiais hospitalares, segurança e conservação e pagamento de contas de água, luz, telefone da cada hospital.

Como um médico não sai da capital para trabalhar no interior por menos de R$ 12 a R$ 15 mil por mês e não trabalha 24 horas por dia e sete dias na semana, serão necessários contratar pelo menos quatro médicos para cada hospital, sem falar de enfermeiras, técnicos e pessoal administrativo.

Como a maioria esmagadora dos municípios depende dos recursos do FPM transferidos pela União, fica a pergunta: os prefeitos vão investir 20%, 30% e em alguns casos até 50% do FPM para sustentar estes hospitais funcionando?

Sem o apoio do governo estadual para pagar profissionais qualificados na quantidade adequada para o bom funcionamento e repasses de verbas para o custeio, estes 72 hospitais não passarão de elefantes brancos espalhados pelo interior do Maranhão.

Agora o mais interessante deste programa “Viva Saúde” foi o critério utilizado para escolher as cidades para sediar os 72 novos hospitais: o critério político eleitoral.

Isso mesmo. Sete dos oito hospitais maiores com 40 leitos estão sendo construídos em cidades onde Roseana Sarney ganhou as eleições de 2006 no 2.° turno.

A única cidade onde Jackson venceu, Barreirinhas, era governada por um prefeito do PT em 2006 que apoiou Edson Vidigal no 1.° turno e votou em Jackson no 2.° turno.

Mas como o Doutor Miltinho foi reeleito em 2008 e o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão acatou a decisão do juiz de Barreirinhas, Luís Carlos Nunes Freire (atualmente afastado da função pelo Conselho Nacional de Justiça) de cassá-lo, empossando o ex-deputado federal Albérico Filho, primo de José Sarney, a governadora mandou incluir Barreirinhas na lista de cidades beneficiadas com um dos hospitais de 50 leitos.

Dos 64 municípios que estão recebendo hospitais com 20 leitos, Jackson Lago venceu no segundo turno de 2006 em 17 cidades e Roseana Sarney em 47.

Chama a atenção o caso de Coroatá. Lá no governo Jackson funcionava o Hospital Regional Alexandre Trovão, pertencente à rede publica de saúde estadual. Ele funcionava muito bem com a ajuda da administração de Jackson que repassava verbas de custeio e prestava excelente assistência aos moradores da cidade e região.

Quando Roseana Sarney assumiu o governo e Ricardo Murad a secretária de Saúde, uma de suas primeiras ações foi fechar o hospital regional de Coroatá para uma reforma. Só que ele praticamente destruiu o hospital, colocando todas as paredes abaixo. (Veja a foto da “reforma” de Ricardo Murad)




Vejam como ficou o Hospital Alexandre Trovão depois que Ricardo Murad o fechou para reformar


Ricardo agiu assim por vingança e revanchismo contra o povo coroataense que em 2008
não elegeu sua esposa, Tereza Trovão Murad prefeita e reelegeu seu adversário Luis da Amovelar, então no PDT e hoje no PT, prefeito da cidade.

Dos oito maiores hospitais com 50 leitos, Murad construiu três em suas principais bases eleitorais; Alto Alegre do Maranhão, Timbiras e Peritoró. E se vingou de Coroatá colocando abaixo o único hospital público que funcionava em toda a região.