segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Elio Gaspari cita José Sarney, Silas Rondeau, Fernando Sarney e Erenice Guerra para questionar a real capacidade da "executiva" Dilma Roussef

A coluna dominical do jornalista Élio Gaspari foi publicada alguns anos pelo jornal “O Estado do Maranhão”.

Quando o veterano e experiente jornalista começou a fazer críticas ao senador José Sarney e aos interesses econômicos/empresariais de Fernando Sarney a coluna sumiu algumas vezes das edições dominicais do EMA até que, sem aviso prévio nenhum, sumiu do jornal da família Sarney.

A coluna de Gaspari de hoje, publicada pelo jornal “Folha de São Paulo” cita novamente tanto Sarney, como seu apadrinhado Silas Rondeau, como o filho Fernando.

Leia a íntegra da matéria principal da coluna de Élio Gaspari de hoje intitulada: “Companheira Dilma, comissária Roussef”:


Que acontece com um executivo que se deixa substituir por dois fracassos, um deles por escolha pessoal?

Segundo a superstição petista, Dilma Roussef é uma executiva altamente qualificada. Que seja. Ela teve uma loja de cacarecos panamenhos chamada “Pão e Circo” no centro comercial Olaria, em Porto Alegre, mas a aventura durou 17 meses. Fora daí, seu currículo ficou na barra da saia da Viúva. Nele, embutiu um doutorado pela Unicamp que nunca foi concluído, mas deixou de mencionar sua única, banal e pitoresca passagem pela atividade privada.

Nomeada Ministra de Minas e Energia por Nosso Guia assistiu ao loteamento de sua pasta e à ida do engenheiro Silas Rondeau para a presidência da Eletronorte. Qualificava-se com títulos da Universidade Sarney, onde teve como orientador o eletrizante empresário Fernando, filho do ex-presidente. Em 2004, a ministra fritou o presidente da Eletrobrás, Luís Pinguelli Rosa, engenheiro nuclear, doutor pela UFRJ, com passagens por sete universidades estrangeiras. Para seu lugar turbinou Rondeau, que acabou substituindo-a no ministério. Em Maio de 2007, um assistente do doutor foi preso pela Operação Navalha. Acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil de uma empreiteira, Rondeau deixou o cargo. Denunciado por gestão fraudulenta e corrupção passiva, ele se tornou o sétimo ministro de Nosso Guia apanhado pelo Ministério Público.

Rondeau subiu na vida por conta da aliança política com José Sarney. Erenice foi para a Casa Civil com credenciais típicas do comissariado: a fidelidade do parelho petista e à comissária Roussef. Juntas, deixaram as impressões digitais no episódio da montagem de um dossiê com as despesas de Fernando Henrique Cardoso no Alvorada.

(Há dias, um cálculo da Rede Guerra de Trabalho e Emprego informava que, em 15 anos, Erenice, seus três irmãos e dois filhos passaram por pelo menos 14 cargos. Há mais: foram pelo menos 17, distribuídos pelos setores de urbanismo, saúde, educação, transportes, segurança, energia, planejamento e pela burocracia legislativa. Israel, filho da doutora, tinha uma boquinha na Terracap, e José Euricélio, irmão dela, bicou na editora da Universidade de Brasília e estava na teta da Novacap.)

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