quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Recordar é Viver" - capítulo 19 - Banco do Estado do Maranhão (BEM): instrumento de geração de novos empregos de Roseana Sarney em 1994

No décimo nono capítulo da série “Recordar é Viver” vamos relembrar hoje uma das mais importantes promessas de Roseana Sarney na campanha eleitoral de 1994, quando ela buscava seu primeiro mandato de governadora do Maranhão.

Em um dos seus primeiros programas de TV da campanha eleitoral do segundo turno de 1994, Roseana , que na época se orgulhava de assinar o sobrenome Sarney, disse textualmente:

“... o maior compromisso do meu governo será a criação de novos empregos no Maranhão...as pequenas e micro empresas oferecem a maioria dos empregos do estado e por isso mesmo terão linhas especiais de financiamento do Banco do Estado do Maranhão para que possam crescer, progredir e dar trabalho a ainda mais gente...”.

Naquele ano o BEM já atravessava uma grave crise devido aos altos índices de inadimplência nas carteiras de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas.

Tomadores de empréstimos para pessoa física e ou jurídica, normalmente para políticos e parentes ou para empresas pertencentes ou ligadas a políticos da antiga ARENA, depois PDS e por fim ao PFL, tinham o péssimo costume de não quitar seus débitos com o BEM, que por sua vez não cobrava e nem executava a dívida de nenhuma pessoa física ou jurídica ligada a qualquer prefeito, deputado estadual, federal ou senador eleito no Maranhão.

O BEM era uma verdadeira casa da mãe Joana e a lista dos inadimplentes era guardada a sete chaves!

Em Maio deste ano escrevi uma matéria neste blog onde listei os grandes escândalos financeiros e administrativos dos dois primeiros mandatos de Roseana Sarney, de janeiro de 1995 a Abril de 2002. Leiam com atenção o que escrevi sobre o BEM:

...entre os anos de 1999 a 2001 o governo Roseana tomou um empréstimo de U$ 275 milhões junto ao Banco Central com o objetivo de sanear as contas do BEM. O Estado depois ainda fez um aporte de R$ 58 milhões no BEM. Mas não adiantou, pois o BEM com problemas praticamente insolúveis de alta inadimplência nas carteiras de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas e com problemas sérios de liquidez acabou falindo em seguida. Depois foi privatizado e vendido ao Bradesco por menos de R$ 80 milhões.Um verdadeiro negócio de pai para filho. A grosso modo foi como se você pegasse emprestado R$ 10.000,00 (dez mil reais) num banco qualquer para reformar um fusca e o vendesse depois por meros R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais)...”

Veja agora o vídeo com Roseana Sarney prometendo em 1994 impulsionar os negócios dos pequenos e micro empresários através da concessão de linhas especiais de crédito e financiamento do BEM:


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