sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vidigal denuncia discriminação e diz que será o advogado das mulheres no Senado

 
O candidato ao Senado, Edson Vidigal (PSDB), defendeu ontem durante a passagem da comitiva de Jackson Lago por Vitorino Freire, São Luís Gonzaga e Bacabal, o direito das mulheres. O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça lembrou que o Brasil é signatário de um tratado internacional, que o obriga a garantir esses direitos e a incrementar políticas de inclusão do sexo feminino no mercado de trabalho.



Edson Vidigal e Jackson Lago participaram de carreata ontem em Vitorino Freire

 
“Na administração pública, por exemplo, 43% dos cargos são ocupados por mulheres; e desses, apenas 15% ocupam cargos de confiança, cargos de chefia, o que é uma discrepância e discriminação com a capacidade profissional das mulheres”, observou o ministro.
 
Vidigal também observou que 40% das mulheres que estão no mercado de trabalho, ocupam posições precárias na escala funcional, o que resulta em piores salários. De acordo com o ex-presidente do STJ, essa situação só poderá ser modificada através do Senado, obrigando o cumprimento do tratado.
 
“O Brasil é obrigado a prestar contas de quatro em quatro anos, sobre o que está fazendo pelas mulheres, mas não o faz, exatamente pela omissão do Senado. Vamos fazê-lo cumprir, e assim corrigir essa injustiça com as mulheres brasileira", disse Vidigal.
 
Além da discriminação no mercado de trabalho, Vidigal apontou outros problemas enfrentados pelas mulheres, como a violência. No Brasil, segundo o ministro, a cada 15 minutos uma mulher é vítima de violência, ao mesmo tempo em que nos 5.560 municípios brasileiros existem apenas 339 delegacias especializadas no combate à violência contra a mulher.
 
“Isso é um absurdo, que deixa a mulher desprotegida e exposta às delegacias comuns quando procuram a Lei para denunciar esses canalhas que batem em mulher”, afirmou Vidigal.
 
Na mesma desproporção, o País possui apenas 70 abrigos para mulheres vítimas de violência.
 
O ministro ainda apontou uma outra injustiça com a mulheres que é a falta de creches, para que as mães possam deixar seus filhos enquanto trabalham. Segundo o seu levantamento, somente 10% das mães que trabalham tem uma creche para deixar seus filhos.
 
“A grande maioria ou os deixa na casa do vizinho ou os deixa trancados sozinhos em casa, enquanto saem para ganhar o pão do dia-a-dia”,
comentou o candidato ao Senado.
 
Todo esse problema é gerado exatamente pelo falta de um senador que lhes defenda e garanta os seus direitos, por isso, avisou o ministro, ele será o advogado das mulheres no Senado.

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