Quando chegou ao governo por decisão do TSE, Roseana Sarney reduziu a área da Referia Premium da Petrobras que seria destinada à instalação de um pólo petroquímico. A informação foi repassada na noite de quarta-feira, 1º de setembro, pelo candidato ao governo do Estado, Jackson Lago, aos líderes empresariais durante encontro na Associação Comercial do Maranhão.
O candidato da coligação “O Povo é Maior” ratificou sua concordância sobre a instalação de grandes projetos no Estado, desde que tenham compromisso de melhorar a qualidade de vida da população. Em sua explanação aos empresários, Jackson Lago foi contundente: “É importante que tenhamos os grandes projetos. Fiz o que tinha de fazer como governador: desapropriei a área para a refinaria, pensando em um pólo petroquímico. Veio, então, a interventora e reduziu a área”.
Estado Pobre
Jackson relembrou a redenção anunciada pelo projeto Carajás traduzida tão bem em uma declaração do governador à época, Pedro Neiva de Santana. “Serei o último governo de um Estado pobre”, teria afirmado o chefe do executivo, inflado pelas promessas de prosperidade.
O encontro integra o calendário das comemorações de 156 anos de fundação da entidade. Jackson Lago foi o segundo candidatos ao governo a ser ouvido pelos representantes da classe empresarial do estado. O encontro durou mais de duas horas.
Jackson Lago falou a empresários maranhenses ontem à noite na Associação Comercial do Maranhão em São Luís
Logo na abertura, o pedetista que é sócio benemérito da ACM, falou sobre as indicações de nomes pela classe empresarial para integrar sua equipe de governo, interrompido pela metade. Os indicados foram: Júlio Noronha, para a Secretaria de Indústria e Comércio, e João Martins, para a Secretaria de Turismo.
“Venho aqui para ouvir e trocar impressões sobre os caminhos para que o Estado dê passos concretos em direção ao desenvolvimento”, frisou Jackson Lago.O candidato afirmou que seu programa de governo para um próximo mandato, caso seja eleito em outubro, está assentado na continuidade da gestão interrompida pela metade.
Desenvolvimento
Jackson destacou a criação em seu governo do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado se constitui como espaço de diálogo permanente entre a classe produtiva e o poder público estadual. Explicou que o citado conselho contava com diversos segmentos e se estendia à comunidade acadêmica.
Aos empresários, Jackson Lago esclareceu ainda que durante seu governo desenvolveu políticas consistentes para atrair investimentos. Mencionou, por exemplo, a fábrica da Suzano, para a qual intermediou as negociações entre a Vale e a fábrica de celulosa para obtenção de uma área de 85 mil hectares na região Sul do Estado. Citou, ainda, a aciaria em Açailândia e projetos de avicultura, além da vinda do estaleiro Mauá para o Maranhão.
Em relação à agricultura, Jackson Lago insistiu na importância do apoio aos pequenos e médios agricultores. Ressaltou a necessidade de capacitação técnicas. Para isso, pretendia contratar 400 técnicos agrícolas, quando foi interrompido seu governo. O candidato apontou ainda a criação do Fumacop, com orçamento previsto de quase R$ 140 milhões, como saída para incrementar a produção da agricultura familiar.
Jackson fez críticas às privatizações de setores imprescindíveis para o crescimento econômico como a CEMAR. Disse que a forma de o Estado apoiar a grande produção é fornecendo infra-estrutura como estradas. Por fim, afirmou que o grupo dominante está tentando mais uma vez hipnotizar a população com projetos ancorados em fantasias.
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